sexta-feira, 22 de maio de 2020

Mínimo solar profundo - O Sol está muito calmo e os cientistas em alerta !

Com um baixo número de manchas solares a surgir na superfície, o Sol entrou num período de calmaria incomum que colocou os cientistas em alerta.
O nível de atividade do Sol está tão baixo que alguns cientistas sugerem que podemos estar a aproximar-nos de um período profundo de atividade solar mínima e, potencialmente, de um grande mínimo. Segundo a Newsweek, o último episódio semelhante aconteceu no século XVII e coincidiu com uma curta era do gelo.
A nossa estrela tem um ciclo de 11 anos, causado pelo fortalecimento e enfraquecimento do campo magnético. Quando a atividade é mais alta – máximo solar – aparecem várias manchas na superfície do Sol. O último evento deste tipo aconteceu em 2014.
Por contraste, o mínimo solar é registado quando a atividade decai, fazendo com que apareçam menos manchas na superfície do Sol.
Em abril, uma equipa de investigadores da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos previu que a chegada do mínimo solar seria muito semelhante com o último ciclo. Em comunicado, Lisa Upton afirmou que o próximo ciclo solar seria muito parecido com o anterior, com um máximo fraco e um “longo e profundo mínimo“.
A cientista acrescentou, no entanto, que não existiam indicações de que nos estariamos a aproximar de um mínimo solar como o último grande mínimo registado – conhecido como Mínimo de Maunder.
O Mínimo de Maunder ocorreu entre 1650 e 1715, quando a atividade solar foi extremamente baixa. Este período de tempo é muitas vezes associado a um período de arrefecimento global, uma vez que as temperaturas eram cerca de um grau centígrado mais baixas em comparação com o começo da Revolução Industrial.
À Newsweek, Mathew Owens, professor de Física Espacial da Universidade de Reading, no Reino Unido, começou por explicar que entrar num mínimo solar não é algo incomum, mas o nível de atividade solar atual é fora do padrão.
“O Sol não tem apresentado manchas durante uma grande parte do ano, o que é mais calmo do que o comum”, descreveu o cientista.
O investigador espera que este período de “calmaria” do Sol termine em breve. “Com base nos ciclos solares anteriores, eu esperaria um aumento da atividade nos próximos meses. No entanto, o Sol pode sempre surpreender-nos.”

https://zap.aeiou.pt/minimo-solar-profundo-sol-calmo-325385

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