Pesquisadores da Universidade de Tóquio, no Japão, recriaram o núcleo
de Marte em laboratório para poder estudar as suas propriedades e
composição, uma vez que juntar uma porção de equipamentos e zarpar com
destino ao Planeta Vermelho para conduzir levantamentos geofísicos não é
uma opção viável!
Microescala
Evidentemente, o núcleo de mentirinha consistiu em uma mini micro minúscula
versão do verdadeiro, mas nem por isso o projeto deixa de ser
interessante. Os cientistas suspeitam que o centro de Marte consista em
uma liga de ferro-enxofre e, para explorar sua composição e estudar a
sua possível origem, eles foram investigar como se daria a propagação de
ondas sísmicas em um ambiente contendo esses elementos e apresentando
as mesmas condições de pressão que existiriam no interior do Planeta
Vermelho – mas em uma escala muito menor.
Simulação em laboratório
Assim, para replicar a situação que encontraríamos em Marte, os
pesquisadores usaram uma amostra de liga de ferro-enxofre que foi
submetida a pouco mais de 1,5 mil graus Celsius – temperatura a partir
da qual o material se torna fluido – e a uma pressão de 13 GPa. Depois,
os cientistas empregaram feixes de raios-x de dois síncrotrons
diferentes para conseguir obter imagens das amostras, poder calcular com
qual velocidade as ondas sísmicas se propagam pela liga e observar o
seu comportamento.
Agora, com os resultados em mãos, os cientistas pretendem compará-los
com as informações de sondas e exploradores espaciais que estão – ou
serão lançados em breve – em órbita irão coletar sobre a atividade
geológica em Marte. E, a partir da análise detalhada, determinar a
composição do núcleo do planeta e desvendar segredos a respeito de sua
origem. Aliás, se o método se provar eficaz, ele inclusive pode ser
usado para explorar a formação de outros mundos.
https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114524-cientistas-recriam-nucleo-de-marte-em-laboratorio.htm
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