Nesta terça-feira (12), a Organização Mundial da Saúde,
que tem liderado vários esforços na busca de soluções para a covid-19,
afirmou que alguns dos tratamentos pesquisados estão apresentando
relativo sucesso no que diz respeito à diminuição dos sinais da doença,
encurtando o período em que ela afeta o indivíduo infectado ou, ainda,
limitando os níveis de gravidade.
Estudos dão novas esperanças, mas vacinas ainda podem estar longe
De acordo com Margaret Harris, porta-voz da OMS, há “alguns
tratamentos que parecem estar em estudos muito iniciais, limitando a
gravidade ou a duração da doença, mas não temos nada que possa matar ou
parar o vírus”. A afirmação foi feita durante uma coletiva de imprensa
realizada virtualmente.
Tratamentos e perspectivas para o futuro
Apesar das notícias positivas, a representante da OMS não detalhou
sobre quais alternativas estava se referindo em seu comunicado.
Entretanto, Harris aproveitou a oportunidade para chamar atenção para o
que se tem esperado de uma possível vacina contra a covid-19.
A fala da porta-voz foi pontuada por uma referência, indireta e sem
citar nomes, à lideranças mundiais que têm prometido vacinas e
imunizações ainda para este ano. Margaret Harris, destacou que é muito
difícil produzir vacinas e deu ênfase ao comportamento do vírus, o qual
chamou de “traiçoeiro”.
Ao comentar os altos índices no Brasil e nos Estados Unidos, Harris
se limitou a dizer que: “Em todo o mundo, vimos que os avisos que
lançamos desde o início, muito, muito cedo, não eram vistos como alertas
sobre doença letal grave.”
Tratamentos experimentais
Há alguns dias, a revista médica especializada The Lancet
publicou um artigo sobre uma pesquisa conduzida em Hong Kong
demonstrando que os sintomas da covid-19 podiam ser amenizados por meio
da combinação de três antivirais: o interferon beta-1b, o
lopinavir-ritonavir e a ribavirina.
Porém, esse estudo, que envolveu 127 pessoas de seis hospitais
diferentes, não abrange os pacientes em estados mais graves da doença — a
melhora foi observada nos indivíduos infectados e classificados em
níveis leve ou moderado.
A hidroxicloroquina e a cloroquina, que se tornaram populares como uma possível forma de tratamento para a covid-19,
acabaram por se tornar um ponto sensível nas pesquisas, já que a
maioria dos estudos realizados aponta para os baixos níveis de eficácia
ou efeitos colaterais, que podem ser graves.
Por fim, as análises clínicas feitas com o remdesivir vêm despertando
a atenção e dado bom ânimo à comunidade médica de acordo com os últimos
estudos com resultados otimistas.
https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114466-oms-afirma-ter-tratamentos-otimistas-para-covid-19.htm
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