Uma equipa de astrónomos descobriu uma anã castanha distante –
um corpo celeste frio semelhante a uma estrela – coberta de riscas não
muito diferentes das nuvens que cobrem o gigante Júpiter.
Em comunicado,
os cientistas do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), nos
Estados Unidos, referem ter encontrado aquilo que parecem ser faixas de
nuvens a cruzar a superfície da anã castanha Luhman 16A, localizada a 6,5 anos luz do Sistema Solar.
Trata-se de uma descoberta bizarra contudo, nota o portal Science Alert, esta não é a primeira anã castanha às riscas já encontrada.
Ainda assim, sustentam os cientistas, esta descoberta pode ser importante, uma vez que a técnica utilizada pelos cientistas na análise da Luhman 16A, a polarimetria, pode fornecer uma nova ferramenta para os cientistas estudarem e entenderem o Cosmos.
A polarimetria é uma técnica que funciona da mesma forma do que os
óculos de sol polarizados que bloqueiam o brilho da sul solar, explica a
equipa na mesma nota.
“Costumo pensar em instrumentos polarimétricos como os óculos de sol
polarizados de um astrónomo (…) Mas em vez de tentar bloquear esse
brilho, estamos a tentar medi-lo“, explicou Maxwell Millar-Blanchaer, um dos cientistas envolvidos no estudo.
Quanto às nuvens encontradas, os cientistas acreditam que sejam compostas por silicatos ou amoníaco. “Na realidade, é um clima bastante horrível“,
completou Julien Girard, co-autor do estudo, cujos resultados foram
esta semana publicados na revista científica especializada The Astrophysical Journal.
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