sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Asteroides podem mesmo colidir com a Terra? É possível evitar ?

Quase todos os dias a imprensa mundial lança notícias sobre asteroides que passarão próximos à Terra. Algumas delas dão conta de que o impacto será fulminante e acontecerá em breve.

Filmes de ficção e aventura, como "Impacto Profundo" colaboram para disseminar o pânico, fazendo parecer líquido e certo que de fato uma colisão está a caminho.

Afinal de contas, isso tudo é ficção ou existe mesmo essa possibilidade?

Para responder essa pergunta, é importante saber primeiro o que é um asteroide e onde eles estão. É isso o que veremos na primeira parte desta matéria.

Os asteroides

Asteroides são rochas irregulares cuja maioria orbita uma região do espaço entre Marte e Júpiter, conhecida como "Cinturão de Asteroides". Elas existem aos milhares e por serem muito pequenas, não são considerados planetas. 
Pelo menos dezesseis desses objetos têm um diâmetro maior que 240 km e um deles, o maior de todos e batizado de Ceres(foto), tem um diâmetro de aproximadamente 1000 km.

Atualmente é aceito pela maioria dos cientistas que essas rochas são fragmentos de um planeta que não chegou a se formar, mas seus pedaços permanecem orbitando o Sol.

Os asteroides não estão presentes apenas no "Cinturão de Asteroides", mas também orbitam outras regiões do sistema solar e já foram descobertos desde o interior da órbita da Terra até para além da órbita de Saturno.

A grande maioria no entanto, orbita entre Marte e Júpiter e se permanecessem no seu lugar, praticamente não representariam riscos. No entanto, diversos mecanismos podem fazê-los sair de suas órbitas.

Como exemplo, a colisão entre os próprios asteroides ou a forte atração gravitacional de Júpiter pode modificar a trajetória alguns deles, deslocando-os do Cinturão para uma nova órbita, capaz de cruzar a órbita terrestre.

Apolos, Amor e Atens

Outro grupo de asteroides, conhecidos por Apolos, Amor e Atens, circulam em regiões distintas do Sistema Solar. Estes objetos representam um risco muito mais imediato do que os do Cinturão, já que suas órbitas naturais cruzam a órbita da Terra. 
Por cruzarem nossa órbita, alguns desses objetos já atingiram nosso planeta em tempos passados. Um exemplo real dessa colisão com a Terra é a cratera formada pelo Meteoro Barringer, próximo a Winslow, no Arizona, EUA, visto abaixo.

Os asteroides Aten ficam na maior parte do tempo entre o Sol e a Terra, o que significa que vários deles cruzam a órbita do nosso planeta. 
Os astrofísicos acreditam que existam milhares de asteroides Aten, mas apenas 550 foram descobertos, já que é praticamente impossível observá-los a partir da Terra.

Os asteroides são objetos pequenos e de baixa reflexão, tornando impraticável sua detecção pelos telescópios em Terra. Em outras palavras, alguns desses corpos podem chegar muito próximo de nós sem que ningúem os veja.

Esse problema está sendo contornado pelas grandes agências espaciais, que estão usando satélites para fazer uma verdadeira varredura espacial, medindo posições com grande precisão. Além do mais, os satélites podem olhar regiões próximas ao Sol sem qualquer dificuldades, impossível daqui da Terra.

O maior problema é que ninguém, da NASA, a agência espacial americana, ou da ESA, a agência européia, sabe exatamente quantos asteroides existem. Nenhum astrofísico, em nenhum observatório, pode responder com certeza essa pergunta.

Recentemente, usando dados obtidos pelo satélite infravermelho ISO( Infrared Space Observatory),da ESA, os astrônomos concluíram que existe cerca de 2 milhões de asteroides com mais de 1 quilômetro de comprimento situados no Cinturão de Asteroides, mas o número exato é uma incógnita.

Parte 2: Os riscos de colisão e como fazer para evitá-los. 

Riscos de colisão

É extremamente difícil estimar o risco real que os asteroides representam para nosso planeta.

Diariamente, um grande número de desses objetos são observados e têm suas órbitas recalculadas, mas até mesmo os pesquisadores se surpreendem com alguns asteroides que se aproximam do nosso planeta sem que tenham sido observado anteriormente.

Em dezemro de 2001, observações astronômicas mostraram que um desses objetos passaria muito próximo da Terra. No dia 7 de janeiro, esse asteroide, batizado de 2001 YB5, passou a apenas 600 mil quilômetros de distância do nosso planeta. Essa distância, duas vezes a distância entre a terra e a Lua, é considerada muito pequena em termos astronômicos.

O 2001 YB5 tinha um diâmetro estimado de 350 metros e se chocasse com a suerfície, a quantidade de energia liberada seria a mesma produzida por dezenas de bombas atômicas.

No dia 8 de marco de 2002, outro asteroide, batizado de 2002 EM7, passou a somente 461 mil quilômetros de distância. Como se deslocava da direção do Sol para a Terra, os observadores só conseguiram observá-lo 4 dias depois de ter alcançado a maior aproximação com nosso planeta.

O 2002 EM7 é um dos 10 objetos conhecidos que mais se aproximou da Terra. Caso tivesse se chocado com a superfície, produziria um estrago maior que aquele verificado em 1907, quando um asteroide destruiu uma grande extensão de floresta próximo à Tunguska, na Sibéria.

Colisão em 2027

Dias atrás foi alardeado que outro asteroide, conhecido por 1999 AN10, deverá se chocar com a Terra no dia 7 de agosto de 2027. É importante informar que não existe nada que comprove que este objeto, de aproximadamente 1.5 quilômetro de diâmetro, irá de fato, colidir com a Terra.

As últimas observações mostram que a menor distância que esse corpo poderia se aproximar do nosso planeta é de 37 mil quilômetros. Essa é a menor distância, considerando-se todos os extremos.
De acordo com o JPL, Laboratório de Propulsão a Jato, da NASA, a possibilidade de choque do 1999 AN10 com a Terra é zero, mesmo assim sua passagem será muito próxima.

Para 2039, quando ocorrerá nova aproximação do 1999 AN10, as chances de impacto aumentam, mas segundo os pesquisadores Andrea Milani, Steven Chesley e Giovanni Valsecchi, o cenário é incerto, com probabilidade de impacto de 1 em 10 milhões. 

O mais perigoso

Recentemente, os pesquisadores descobriram outro asteroide, batizado de 1950 DA, visto na imagem ao lado. Ao que tudo indica, até agora esse é o objeto que maiores chances tem de impactar diretamente com a Terra.

Segundo dados do JPL, as chances de colisão são da ordem de 1 em 300 e deverá acontecer no ano de 2880. Esse objeto, um esferóide assimétrico, tem um diâmetro de 1.1 km e gira ao rodor do próprio eixo em 2.1 horas, o mais rápido movimento rotacional observado em um asteroide desse tamanho.

Conclusão

Pelo que foi exposto, torna-se claro que, para os objetos conhecidos, e que têm sua dinâmica orbital estudada continuamente, os riscos de impacto são muito baixos. O problema surge com os asteroides desconhecidos, que se aproximam sem serem vistos,além de asteroides como 1999 AN10, que se aproximam muito da Terra.

Cientistas especializados em riscos planetários dizem que se um asteroide de grandes proporções rumasse de fato em direção à Terra, não haveria tempo suficiente para uma contra medida.

Todas as peripécias vistas em filmes, como bombas nucleares fragmentando os asteroides, são de fato ficção, já que a tecnologia necessária para isso não existe.
Estimativas mostram que seriam necessários pelo menos 20 anos, após a detecção de um asteroide em rota de colisão, para que uma tecnologia para desviá-lo ou destruí-lo fosse desenvolvida.

A dúvida atual é a de quantos asteroides ainda não descobertos poderão nos surpreender, já que surgem quase de repente à nossa frente.

Fonte: http://www.apolo11.com/asteroides_podem_colidir.php

Proxima Centauri pode ter vários planetas !

Proxima b Proxima Centauri
Ilustração da estrela Proxima Centauri (ao fundo), e o exoplaneta Proxima Centauri b, em primeiro plano

Os astrônomos detectaram milhares de mundos extrasolares nos últimos anos, mas, embora muitos deles tenham o potencial de ser habitáveis, eles estão muito longe para que possamos realmente visitar.

No entanto, tudo isso mudou no ano passado, quando Proxima b, um mundo potencialmente terrestre, foi descoberto a apenas 4,25 anos-luz de nós, em órbita da estrela Proxima Centauri – nosso vizinho mais próximo.

Agora, graças ao telescópio Atacama Large Millimeter Array (Alma), do Chile, uma equipe de astrônomos determinou que este sistema próximo também abriga uma nuvem de asteroides em órbita.

O astrônomo Enrique Macias disse:

Então, pensamos que, sempre que houver um planeta ao redor de uma estrela, também haverá algum tipo de cinturão de asteroides. São apenas detritos da formação do sistema.

A descoberta apontou fortemente a provável presença de planetas adicionais.

Se vier a ser o caso, dado o alcance de Proxima Centauri, isso pode oferecer à humanidade uma oportunidade única de estudar um sistema planetário inteiramente novo em um futuro não muito distante.

Fonte: http://ovnihoje.com/2017/11/09/proxima-centauri-pode-ter-varios-planetas/

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Mais uma indicação de que pode haver vida fora da Terra - Núcleo de lua de Saturno está aquecendo seu oceano !

vida fora da Terra
Vulcões de gelo de Encélado – Crédito da ilustração: Michael Carrol
A misteriosa lua Encélado de Saturno é um dos lugares mais fascinantes para procurar vida fora da Terra, em nosso sistema solar.

Durante sua missão, a sonda espacial internacional Cassini fez muitas observações próximas desta lua que tem 500 km de diâmetro, e é considerada um mundo alienígena potencialmente habitável.

Agora, um novo estudo baseado em dados da sonda Cassini, sugere que o núcleo de Encélado poderia ser uma enorme fonte de calor, cerca de 100 vezes mais do que aquilo que é gerado pelo decaimento natural de elementos radioativos em rochas no núcleo daquela lua. Cassini mediu os sais e pó de sílica durante seus voos próximos da lua gelada, e os dados retornados sugerem uma interação entre as rochas e a água quente, de pelo menos 90 graus Celsius.

Acredita-se que o efeito de maré de Saturno seja a origem das erupções deformantes da concha gelada, causando movimentos ‘empurra-puxa’, à medida que aquela lua segue uma trajetória elíptica ao redor do planeta gigante. No entanto, o calor produzido a partir das forças gravitacionais no gelo seria muito fraco para compensar pela perda de calor vista no oceano – aquele mundo congelaria dentro de 30 milhões de anos, dizem os pesquisadores.
Interior de Encélado

O auto líder do estudo, Gaël Choblet da Universidade de Nantes, escreveu em um comunicado:

[A questão] de onde Encélado recebe a energia sustentada para permanecer ativo sempre foi um pouco de mistério, mas agora temos considerado em maior detalhe como a estrutura e composição do núcleo rochoso daquela lua poderia desempenhar um papel fundamental na geração da energia necessária.

Os pesquisadores fizeram uma simulação do núcleo de Encélado, considerando que seja composto de rocha não consolidada, facilmente deformável e porosa – fácil para água para passar por ela. A água fria no estado líquido, vinda do oceano do oceano, pode infiltrar-se no núcleo e gradualmente aquecer através de fricção entre fragmentos de rocha, à medida que fica mais profunda. A água circula no núcleo e, em seguida, sobe porque é mais quente do que o ambiente.

As simulações explicam exatamente o que está acontecendo em Encélado hoje.

O co-autor do estudo, Gabriel Tobie, disse:

Nossas simulações podem explicar simultaneamente a existência de um oceano em escala global, devido ao transporte de calor em larga escala entre o interior profundo e a crosta de gelo, bem como a concentração da atividade em uma região relativamente estreita em torno do polo sul, explicando assim as principais características observadas pela Cassini.

Os cientistas dizem que as interações eficientes entre a rocha e a água em um núcleo poroso massageado por atrito de maré poderia gerar até 30 GW de calor ao longo de dezenas de milhões a bilhões de anos.

Nicolas Altobelli, cientista do projeto Cassini da ESA, disse:

Missões futuras capazes de analisar as moléculas orgânicas das ejeções de Encélado com uma precisão maior do que Cassini serão capazes de nos dizer se as condições hidrotermais sustentada poderiam ter permitido o surgimento da vida.

O trabalho “Powering prolonged hydrothermal activity inside Enceladus”, por G. Choblet et al., está publicado na Nature Astronomy, 6 de Novembro de 2017.

Fonte: http://ovnihoje.com/2017/11/08/pode-haver-vida-fora-da-terra-encelado/




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