terça-feira, 30 de junho de 2015

Quais os problemas de saúde são causados por smartphones ?

O mau e excessivo uso de telefones inteligentes pode causar problemas de saúde desagradáveis. Quais as complicações que podem nos causar nossos dispositivos e o que fazer para evitá-los?

Segundo os médicos, a má postura quando se olha para a tela de smartphones a cada ano causa mais casos de “Text Neck”. Esta condição é caracterizada por dores de cabeça relacionadas com a tensão no pescoço, um couro cabeludo muito sensível ou atrás de um desconforto ocular. O fisioterapeuta Priya Dasoju também adverte que o mau uso do telefone pode causar dor no braço e ombro, publica a BBC.

O especialista adverte que inclinar a cabeça para olhar para a tela cria uma pressão intensa na parte da frente e de trás do pescoço. No pior dos casos o “Text Neck” leva à nevralgia occipital: uma condição neurológica que ocorre quando os nervos occipitais são danificados.

"A pessoa tende a ter esse problema ao usar tablets, laptops ou smartphones. Ela começa a sentir a tensão na parte da frente do pescoço e fraqueza nas costas", disse Lola Phillips osteopata.

A dor pode ser grave, às vezes confundido com enxaquecas. Inicia-se na base da cabeça, e estende-se através do topo do couro cabeludo. A solução para esta condição dolorosa seria mudar a posição a cada hora e não abusar na utilização do telefone.

O tratamento de neuralgia occipital inclui correção da postura, massagens e drogas anti-inflamatórias. No entanto, os especialistas dizem que o melhor é a prevenção: a redução do uso de telefones inteligentes ou colocá-los nível dos olhos ajuda a evitar problemas de saúde.

Fonte: http://www.ultimosacontecimentos.com.br/pestes/que-problemas-de-saude-sao-causados-por-smartphones.html

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Impressionante tempestade elétrica cai na Rússia

Os habitantes da cidade de Saratov, no Volga, testemunharam esta semana uma tempestade espetacular que serviu como ponto culminante das chuvas que caíram esta semana na região central da Rússia, informou a imprensa regional.

Surfistas locais não têm poupado na publicação em redes sociais imagens de fortes raios que atingiram a cidade, aonde a temperatura chegou a 42 graus.

Fonte: http://www.ultimosacontecimentos.com.br/grandes-sinais-do-ceu1400518699/uma-impressionante-tempestade-eletrica-cai-na-russia.html

Metano encontrado em meteoritos fortalece teoria de existência de vida em Marte

A questão sobre a existência da vida em Marte ainda está longe de ser respondida, mas traços de metano encontrados em meteoritos do Planeta Vermelho sugerem que há vida por lá ou que houve algum dia. A descoberta foi relatada em um estudo liderado por Nigel Blamey, geoquímico da Universidade Brock, em St. Catharines, no Canadá, e publicada na revista Nature.
O estudo indica que alguns meteoritos marcianos liberaram um componente volátil, rico em metano. Sua ocorrência em amostras de rochas fortalece a hipótese de que a vida em Marte pode existir ou se desenvolver no subsolo, onde o metano poderia ser uma fonte de energia e carbono para a atividade microbiana.
Apesar de o metano ser a mais simples molécula orgânica, os cientistas envolvidos na pesquisa alertam que isso não significa uma prova de vida em Marte. Na Terra, o metano é produzido em reações que envolvem processos biológicos, como os do sistema digestivo de bovinos, ou por atividades que não envolvem a vida, como a vulcânica. O componente inodoro, incolor e inflamável foi descoberto pela primeira vez na atmosfera marciana pela sonda Mars Express da Agência Espacial Europeia, em 2003, e pelo robô Curiosity da NASA.
O ponto é que a atmosfera fina e o ar seco de Marte tornam sua superfície hostil à vida, mas os pesquisadores sugerem que o Planeta Vermelho é, provavelmente, mais habitável no subterrâneo. Eles acreditam que o metano disponível em Marte poderia dar suporte à vida de micróbios, assim como algumas bactérias são encontradas em ambientes extremos da Terra. Blamey ainda espera realizar análises mais profundas dos meteoritos marcianos.

Fonte: http://seuhistory.com/noticias/vida-em-marte-metano-encontrado-em-meteoritos-fortalece-teoria

Mistério da nuvem lunar resolvido

A poeira lunar foi analisada pela sona LADEE
A Lua está permanentemente rodeada por uma enorme camada de pó, de acordo com dados recolhidos por uma sonda enviada ao satélite natural terrestre em 2013 pela Agência Espacial Americana (Nasa). 
Batizada de LADEE, em inglês, a sonda estudou, por seis meses, rajadas de partículas que podiam chegar a uma altitude de até 100 km. A missão terminou em abril de 2014, quando a sonda se espatifou no solo lunar.
Os dados foram analisados recentemente por uma equipe de cientistas da Universidade do Colorado, nos EUA. E, em um artigo publicado na revista científica Nature, os especialistas afirmam que a nuvem seria uma “poluição” causada por cometas: partículas deixadas por corpos celestes passando pela Lua atingem o solo, pulverizando-se e elevando-se no céu lunar. 
Segundo a equipe de cientistas da Universidade do Colorado, a camada fica mais grossa todas as vezes em que a Lua e a Terra passam pelas partículas deixadas por cometas.
Partículas liberadas por cometas “castigam” a superfície lunar 
Segundo o coordenador do estudo, Mihaly Horanyi, a Terra é bombardeada diariamente por pelo menos 100 toneladas de detritos cósmicos, mas é protegida pela atmosfera, que desintegra grande parte deles. Na Lua, o volume diário é de cinco toneladas, mas porque o satélite não tem atmosfera as partículas se chocam diretamente com o solo, criando a nuvem. 
A camada de pó intrigou os cientistas por conta de seu formato irregular: ela é mais densa em um lado da Lua, mais atingido pelas partículas. 
Este tipo de formação tinha sido detectado pela Nasa nas luas de gelo de Júpiter, visitadas pela sonda Galileo na segunda metade da década de 90. Mas os cientistas tinham dúvidas se a lua terrestre, de formação rochosa, passaria pelo mesmo fenômeno. Esse foi um dos motivos por trás do projeto LADEE.
Cientistas veem vantagens no estudo das nuvens de poeira
Cientistas acreditam que vários outros corpos celestes no sistema solar, de asteroides a luas em outros planetas, também tenham nuvens de poeira.
Zoltan Sternovsky, cientista também envolvido no projeto, acredita que futuras missões espaciais poderão estudar esses corpos celestes sem a necessidade de pousar neles.
“Você pode analisar essas partículas para estudar a composição dos corpos”, afirma.

Fonte: http://ovnihoje.com/2015/06/27/misterio-da-nuvem-lunar-e-resolvido/

Terramoto de 5,5 graus no Peru

Um terremoto de 5,5 graus foi registrado perto da costa do Peru, a 77 km da cidade de Acari.

A profundidade do tremor foi localizada a 23 km, informou o Serviço Geológico dos EUA.

Fonte: http://www.ultimosacontecimentos.com.br/terremotos/terremoto-de-55-graus-e-registrado-no-peru.html

2000 anos depois conjunção de Vênus e Júpiter será nitidamente visível em 30 de Junho de 2015

Depois de uma ausência de cerca de 2.000 anos a Estrela de Belém pode em breve estar fazendo um retorno aos nossos céus noturnos em 30 de junho de 2015 - para ser mais específico Vênus e Júpiter estará fazendo seu mais apertado conjunto altamente visível em quase dois milênios.
A referência para a Estrela de Belém é no que diz respeito ao fato de que havia um conjunto ultratight muito semelhante entre os dois - e perto pela estrela Regulus (como este será), e alto no céu (como isso vai ser também) - em 3-2 BC. Alguns astrônomos, no passado, especulou que essa conjunção anterior seja a referida "Estrela de Belém"
No mínimo, essa conjunção vai fazer para uma visão muito impressionante no céu da noite. 
Os dois planetas brilhantes já começaram se movendo cada vez mais perto juntos no último céu da noite durante o mês passado, essa convergência vai continuar até a noite de 30 de junho de 2015. 
Os interessados ​​devem procurar na porção ocidental do céu à noite para ver o conjugado. Cerca de uma hora ou mais depois do sol é provavelmente um bom tempo - mas, obviamente, há alguma flexibilidade lá.
Relativamente próximo a este conjunto será uma das estrelas mais brilhantes na constelação do Leão, a estrela Regulus. Como mencionado acima, o ultratight Júpiter-Vênus conjunção de volta ao redor 3-2 BC foi também localizado próximo esta estrela muito brilhante.
Enquanto o conjunto mais apertada será na noite / noite de 30 de Junho, haverá uma semana ou mais de impressionantes atrações nos dias antes e depois da conjunção.
Na noite de 30 de junho os dois planetas ficarão tão perto o suficiente para que eles sejam exibidos para uma muito brilhante "estrela dupla" - com a ponta de um dedo estendido mindinho supostamente sendo suficiente para cobrir tanto para cima.
Digno de nota é que, enquanto os dois planetas variam consideravelmente em tamanho, eles aparecerão aproximadamente o mesmo tamanho no céu da noite devido a Vênus sendo consideravelmente mais perto do que Júpiter. Para aqueles que querem saber, Vênus é o mais brilhante que se move em torno de mais (como ele segue o Sol ao redor em seu caminho através do céu).
 
 
Fonte: http://ufosonline.blogspot.pt/

Que formas de vida extra-terrestres inteligentes existem no universo ?

A questão de saber se existe vida extraterrestre tem fascinado pensadores humanos ao longo da história.
Nas últimas décadas, a tecnologia nos permitiu ir além da pura especulação.
A maioria dos cientistas espaciais concordam que é improvável a vida ter acontecido só nosso cantinho do universo.
A vida alienígena não é de homenzinhos verdes tão amados da ficção científica.
Isso não significa que devemos preparar o comitê de recepção alienígena ainda.
A questão muitas vezes esquecido é o quão provável é que vamos encontrá-los ou eles a nós?
A sonda espacial Voyager 1, que é portadora de uma gravação de saudação da Terra, tem viajado através do sistema solar desde 1970 e  fez isso para o espaço profundo.
As sondasVoyager carregam um disco de ouro com gravações de sons da Terra e saudações em mais de 50 idiomas.
Para chegar a nosso estrela mais próxima vizinha, Proxima Centauri, iria levá-la 76.000 anos.
Se uma das civilizações alienígenas está do outro lado da galáxia levaríamos  milhões de anos apenas para sinais eletromagnéticos  percorrer essa distância, e então eles podem ser demasiado fracos para ser detectáveis.
Veja este incrível documentário de 1975 com a participação de Carl Sagan, 40 anos se passaram e ainda estamos tentando um contato, será que em 40 anos os nossos Governantes não conseguiram um contato? Ou até hoje estamos sendo enganados?
Ative a legenda com tradução no vídeo em baixo.


Fonte: http://ufosonline.blogspot.pt/

domingo, 28 de junho de 2015

Terramoto de 5,6 graus registado na Índia

Um terremoto de magnitude 5,6 ocorreu no domingo, 23 km a partir da cidade indiana de Basugaon no nordeste do estado de Assam, informou o Serviço Geológico dos EUA (USGS).

Moradores do vizinho Butão relataram ter sentiram o terremoto. Atualmente, não há informações sobre possíveis vítimas ou danos.

Fonte: http://www.ultimosacontecimentos.com.br/terremotos/terremoto-de-56-graus-foi-registrado-na-india.html

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Galáxia gigante em crescimento

O enorme halo em torno da galáxia elíptica gigante Messier 87 pode ser visto nesta imagem muito profunda. 
Um excesso de radiação na região em cima à direita do halo e o movimento das nebulosas planetárias nesta galáxia, são os últimos sinais que restam de uma galáxia de tamanho médio que colidiu recentemente com M87. 
A imagem mostra também muitas outras galáxias que fazem parte do Enxame de Virgem, do qual Messier 87 é o membro maior. 
Em particular, as duas galáxias em cima à direita da imagem são chamadas “os Olhos".
Crédito: Chris Mihos (Universidade Case Western Reserve)/ESO

Observações recentes obtidas com o VLT (Very Large Telescope) do ESO mostraram que a galáxia elíptica gigante Messier 87 engoliu uma galáxia inteira de tamanho médio no último milhar de milhões de anos. Uma equipa de astrónomos conseguiu pela primeira vez seguir o movimento de 300 nebulosas planetárias brilhantes, encontrando evidências claras deste evento e encontrando também excesso de radiação emitida pelos restos da vítima completamente desfeita.

Os astrónomos pensam que as galáxias crescem ao engolir galáxias mais pequenas. No entanto, evidências deste fenómeno não são fáceis de encontrar — tal como os restos da água de um copo lançada num lago se mistura com a água do lago, as estrelas da galáxia mais pequena misturam-se com as estrelas muito semelhantes da galáxia maior, não deixando qualquer traço.

Uma equipa de astrónomos liderada pela estudante de doutoramento Alessia Longonardi do Max-Planck-Institut für extraterrestrische Physik, Garching, Alemanha, utilizou uma técnica observacional inteligente para mostrar que a nossa vizinha galáxia elíptica gigante Messier 87 se fundiu com uma galáxia mais pequena no último milhar de milhões de anos.

"Este resultado mostra de modo direto que as estruturas grandes e luminosas no Universo ainda estão a crescer de modo substancial — as galáxias ainda não estão prontas!" — diz Alessia Longobardi. "Uma grande parte do halo exterior de Messier 87 aparece-nos duas vezes mais brilhante do que seria de esperar se a colisão não tivesse ocorrido."

Messier 87 situa-se no centro do enxame de galáxias de Virgem. Trata-se de uma enorme bola de estrelas com um massa total de mais de um bilião de vezes a do Sol, localizada a cerca de 50 milhões de anos-luz de distância.

Em vez de tentarem ver todas as estrelas de Messier 87 — existem literalmente milhares de milhões destes objetos que, para além de serem muito ténues, são obviamente muito numerosos para poderem ser estudados de forma individual — a equipa observou nebulosas planetárias, as conchas luminosas em torno de estrelas envelhecidas. Uma vez que estes objetos brilham muito intensamente num tom específico de verde ultramarino, podemos facilmente distingui-los das estrelas circundantes. Observações cuidadas da radiação emitida por estas nebulosas usando um espectrógrafo potente podem também revelar os seus movimentos.

Tal como a água de um copo que deixa de se ver uma vez atirada a um lago — mas que pode causar ondas e outras perturbações passíveis de serem vistas se houver partículas de lama na água — os movimentos das nebulosas planetárias, medidos com o auxílio do espectrógrafo FLAMES montado no VLT, dão-nos pistas sobre a fusão que ocorreu.

"Estamos a assistir a um único evento de acreção recente, no qual uma galáxia de tamanho médio passou através do centro de M87 e, como consequência das enormes forças de maré, as suas estrelas dispersaram-se ao longo de uma região 100 vezes maior que a galáxia original!” acrescenta Ortwin Gerhard, chefe do grupo de dinâmica do Max-Planck-Institut für extraterrestrische Physik, Garching, Alemanha, e coautor do novo estudo.

A equipa observou também de forma cuidada a distribuição da radiação nas regiões exteriores de Messier 87 e descobriu evidências de radiação adicional emitida pelas estrelas da galáxia mais pequena que se desfez. Estas observações mostraram igualmente que a galáxia desfeita trouxe estrelas mais jovens e azuis para M87, inferindo-se assim que esta galáxia seria antes da fusão, muito provavelmente, uma galáxia em espiral a formar estrelas.

"É muito interessante conseguir identificar estrelas que se encontram espalhadas por centenas de milhares de anos-luz no halo desta galáxia — e ainda conseguir inferir a partir das suas velocidades que pertencem a uma estrutura comum. As nebulosas planetárias verdes são as agulhas no palheiro das estrelas douradas. No entanto, estas 'agulhas' raras dão-nos pistas sobre o que aconteceu às estrelas," conclui a coautora Magda Arnaboldi (ESO, Garching, Alemanha).

Fonte: http://www.ccvalg.pt/astronomia/noticias/2015/06/26_m87.htm

Manchas de Ceres continuam a mistificar

Um aglomerado de manchas brilhantes misteriosas no planeta anão Ceres, capturadas pela sonda Dawn no dia 9 de junho.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/UCLA/MPS/DLR/IDA

Quanto mais nos aproximamos de Ceres, mais intrigante o distante planeta anão se torna. Novas imagens de Ceres, obtidas pela sonda Dawn da NASA, fornecem mais pistas sobre as suas misteriosas manchas brilhantes e também revelam um pico em forma de pirâmide que se eleva sobre uma paisagem relativamente plana.

"A superfície de Ceres revelou muitas características interessantes e originais. Por exemplo, as luas geladas no Sistema Solar exterior têm crateras com picos centrais, mas em Ceres as fossas centrais são muito mais comuns. Estas e outras características vão permitir-nos compreender a estrutura interna de Ceres que não podemos observar diretamente," afirma Carol Raymond, vice investigadora principal da missão Dawn, no JPL da NASA em Pasadena, no estado americano da Califórnia.

A Dawn tem estudado o planeta anão em detalhe a partir da sua segunda órbita de mapeamento, cerca de 2700 km acima de Ceres. Uma nova vista das suas intrigantes manchas, localizadas numa cratera com mais ou menos 90 km de diâmetro, mostra ainda mais manchas pequenas na cratera.

Podem ser vistas pelo menos oito manchas ao lado da maior área brilhante, que os cientistas pensam medir aproximadamente 9 km de largura. O responsável por estas manchas é um material altamente refetivo - as hipóteses mais prováveis são gelo e sal, mas os cientistas estão a considerar também outras opções.

O espectrómetro de mapeamento visível e infravermelho da Dawn permite aos cientistas identificarem minerais específicos presentes em Ceres ao estudar o modo como a luz é refletida. Cada mineral reflete luz de uma forma única e esta assinatura ajuda os cientistas a determinar a composição de Ceres. Assim, à medida que a sonda continua a enviar mais imagens e dados, os cientistas vão aprender mais sobre as misteriosas manchas brilhantes.

Além das manchas brilhantes, as imagens mais recentes também mostram uma montanha com declives acentuados destacando-se a partir de uma área relativamente plana da superfície do planeta anão. A estrutura eleva-se cerca de 5 km acima da superfície.

Ceres também tem inúmeras crateras de vários tamanhos, muitas das quais têm picos centrais. Existem amplas evidências de atividade passada à superfície, incluindo fluxos, deslizamentos e estruturas colapsadas. Parece que Ceres contém mais vestígios de atividade do que o protoplaneta Vesta, que a Dawn estudou intensamente durante 14 meses em 2011 e 2012.

A Dawn é a primeira missão a visitar um planeta anão e a primeira a orbitar dois alvos distintos no nosso Sistema Solar. Chegou a Ceres, o maior objeto da cintura de asteroides entre Marte e Júpiter, no dia 6 de março de 2015.

A Dawn permanecerá na sua altitude atual até 30 de junho, continuando a obter imagens e espectros de Ceres em órbitas de três dias cada. Seguidamente, mover-se-á para a sua próxima órbita de 1450 km, cuja passagem se espera estar concluída no início de agosto.

Fonte: http://www.ccvalg.pt/astronomia/noticias/2015/06/23_ceres_dawn.htm

Hubble observa exoplaneta do tamanho de Neptuno que "sangra" atmosfera

Esta impressão de artista mostra a enorme nuvem em forma de cometa que "sangra" do Neptuno quente, Gliese 436b, a apenas 30 anos-luz da Terra. 
A estrela hospedeira também está na imagem, uma ténue anã vermelha de nome Gliese 436. 
O hidrogénio está a evaporar do planeta devido à radiação extrema da estrela. 
Um fenómeno assim tão grande nunca tinha sido observado num exoplaneta deste tamanho.
Crédito: NASA, ESA, STScI e G. Bacon

Astrónomos usando o Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA descobriram uma imensa nuvem de hidrogénio dispersada por um planeta quente do tamanho de Neptuno em órbita de uma estrela próxima. A enorme cauda gasosa do planeta tem cerca de 50 vezes o tamanho da estrela-mãe. Os resultados foram publicados na edição de 24 de junho da revista Nature.

Um fenómeno assim tão grande nunca tinha sido observado antes em redor de um exoplaneta deste tamanho (já foram observados fenómenos parecidos mas em exoplanetas mais massivos). Pode proporcionar pistas de como as super-Terras - versões quentes e gigantes da Terra - nascem em torno de outras estrelas.

"Esta nuvem de hidrogénio é espetacular!" afirma David Ehrenreich do Observatório da Universidade de Genebra, na Suíça, autor principal do estudo. "Embora a taxa de evaporação não ameace, por agora, o planeta, nós sabemos que a estrela, uma ténue anã vermelha, já foi mais ativa no passado. Isto significa que a atmosfera do planeta evaporou-se mais depressa durante o primeiro milhar de milhão de anos da sua existência. No geral, estima-se que pode ter perdido até 10% da sua atmosfera."

O planeta, chamado Gliese 436b, é considerado um "Neptuno quente" porque é parecido em tamanho com Neptuno, mas está muito mais perto da sua estrela Gliese 436 do que Neptuno está do Sol. Embora, neste caso, o planeta não esteja em perigo de perder completamente a sua atmosfera - deixando apenas um núcleo sólido e rochoso - este comportamento pode explicar a existência das super-Terras quentes, que orbitam muito perto das suas estrelas e são normalmente mais massivas que a Terra, embora mais pequenas que as dezassete massas terrestres de Neptuno.

As super-Terras quentes podem ser os núcleos remanescentes de planetas mais massivos que perderam completamente as suas atmosferas espessas, devido ao mesmo género de evaporação que o Hubble observou em redor de Gliese 436b.

Tendo em conta que a atmosfera da Terra bloqueia a maior parte da luz ultravioleta, os astrónomos precisaram de um telescópio espacial com a capacidade ultravioleta e precisão requintada do Hubble a fim de observar a nuvem. "Não teríamos sido capazes de a observar em comprimentos de onda visíveis," explica Ehrenreich. "Mas quando apontamos o olho ultravioleta do Hubble para este sistema, dá-se uma verdadeira transformação - o planeta altera-se para uma coisa monstruosa."

Ehrenreich e a sua equipa sugerem que a enorme nuvem de gás pode existir em torno deste planeta porque a nuvem não é rapidamente aquecida e varrida pela radiação da estrela anã vermelha, que é relativamente fria. Isto permite com que a nuvem fique por mais tempo.

Este género de evaporação pode também ter acontecido no passado do nosso Sistema Solar, quando a Terra tinha uma atmosfera rica em hidrogénio que se dissipou. Também é possível que aconteça novamente no final da vida do nosso planeta, quando o Sol inchar para se tornar numa gigante vermelha e ferver a nossa atmosfera restante, antes de engolir completamente o nosso planeta.

Gliese 436b reside muito próximo de Gliese 436 - apenas a cerca de 4 milhões de quilómetros de distância - e completa uma órbita em mais ou menos 2,6 dias terrestres. Este planeta tem, pelo menos, 6 mil milhões de anos, mas os astrónomos suspeitam que possa ser mais velho. Com aproximadamente o tamanho de Neptuno, tem uma massa que corresponde a mais ou menos 23 Terras. E a apenas 30 anos-luz da Terra, é um dos exoplanetas mais próximos que se conhecem.

"A descoberta da nuvem em redor de Gliese 436b pode mudar completamente o jogo da caracterização das atmosferas de toda a população de Neptunos e super-Terras em observações ultravioletas," comenta Vincent Bourrier, também do Observatório de Genebra na Suíça, coautor do estudo. Nos próximos anos, Bourrier espera que os astrónomos encontrem milhares de planetas deste género."

Fonte: http://www.ccvalg.pt/astronomia/noticias/2015/06/26_gliese_436b.htm

Água gelada exposta detectada à superfície do Cometa 67P/C-G

Exemplos de seis diferentes zonas brilhantes identificadas à superfície do Cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko em imagens obtidas pela câmara OSIRIS a bordo da Rosetta. 
As inserções apontam para as regiões onde se encontram (não para os locais em específico). 
No total, foram identificadas 120 zonas brilhantes, incluindo agrupamentos de características brilhantes, características isoladas e pedregulhos individuais, através de imagens obtidas no mês de setembro de 2014, quando a Rosetta estava a 20-50 km do centro do cometa.
À esquerda, temos um pedregulho com gelo em Hatmehit (topo), um conjunto de características geladas em Imhotep (meio) e um outro conjunto em Khepry (baixo). 
À direita, um agrupamento em Anuket (topo), uma características brilhante em Imhotep (meio) e um outro agrupamento perto do limite Khepry-Imhotep (baixo).
As imagens a cores falsas são composições RGB a partir de imagens monocromáticas obtidas a diferentes alturas e foram ampliadas e ligeiramente saturadas para enfatizar os contrastes de cor, tais como os terrenos escuros mais avermelhados e regiões brilhantes mais azuladas em comparação com o que o olho humano consegue normalmente ver. 
Esta técnica permite com que os cientistas determinem mais sobre a natureza do material; neste caso, o tom azul indica a presença de gelo.
Crédito: ESA/Rosetta/MPS para Equipa OSIRIS MPS/UPD/LAM/IAA/SSO/INTA/UPM/DASP/IDA

Usando a câmara científica de alta-resolução a bordo da sonda Rosetta da ESA, os cientistas identificaram mais uma centena de zonas de água gelada com poucos metros de tamanho à superfície do Cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko.

A Rosetta chegou ao cometa em agosto de 2014 a uma distância de aproximadamente 100 km e eventualmente orbitou a 10 km ou menos, permitindo a obtenção de imagens de alta-resolução da superfície.

Um novo estudo publicado na revista Astronomy & Astrophysics centra-se na análise de manchas brilhantes de gelo exposto à superfície do cometa.

Com base em observações do gás expelido pelos cometas, sabemos que são ricos em gelos. À medida que se aproximam do Sol, as suas superfícies são aquecidas e os gelos sublimam em gás, que flui para longe do núcleo, arrastando com ele partículas de poeira embebidas no gelo para formar a cabeleira e a cauda.

Mas certa parte das poeiras dos cometas permanecem à superfície, à medida que o gelo sublima por baixo, ou caem de volta para o núcleo noutros locais, revestindo-o com uma fina camada de poeira e deixando muito pouco gelo diretamente exposto à superfície. Estes processos ajudam a explicar porque é que o 67P/Churyumov-Gerasimenko e outros cometas observados em missões anteriores são tão escuros.

Apesar disso, os instrumentos da Rosetta já detetaram uma variedade de gases, incluindo vapor de água, monóxido e dióxido de carbono, que se pensa serem originários de reservatórios gelados por baixo da superfície.

Agora, usando imagens capturadas pela câmara OSIRIS da Rosetta no passado mês de setembro, os cientistas identificaram 120 regiões à superfície do Cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko que são até dez vezes mais brilhantes que o brilho médio da superfície.

Algumas destas características brilhantes encontram-se em agrupamentos, enquanto outras parecem estar isoladas e, quando observadas em alta-resolução, muitas parecem ser pedregulhos que exibem manchas brilhantes à superfície.

Os agrupamentos brilhantes, que consistem de algumas dezenas de pedregulhos com um metro de comprimento espalhados por várias dezenas de metros, são normalmente encontrados em campos de detritos na base de penhascos. São provavelmente o resultado de erosão recente ou do colapso da parede do rochedo que revela material mais fresco por baixo da superfície coberta por poeira.

Em contraste, alguns dos objetos brilhantes isolados encontram-se em regiões sem qualquer relação aparente com o terreno circundante. Pensa-se que sejam objetos originários de outras partes do cometa levantados durante um período de atividade cometária, mas com velocidade insuficiente para escapar completamente à atração gravitacional do cometa.

Mesmo assim, em todos os casos as manchas brilhantes foram descobertas em áreas que recebem relativamente pouca energia solar, tais como à sombra de um penhasco, e não foram observadas alterações significativas entre imagens capturadas ao longo de um período de um mês. Além disso, parecem ser mais azuis em comprimentos de onda visíveis, em comparação com o fundo mais avermelhado, consistentes com um componente gelado.

"A água gelada é a explicação mais plausível para a ocorrência e propriedades destas características," afirma Antoine Pommerol da Universidade de Berna e o autor principal do estudo.

"À altura das nossas observações, o cometa estava ainda de tal forma longe do Sol que a velocidade de sublimação da água gelada era inferior a 1 mm por hora de energia solar incidente. Em contraste, se os elementos expostos fossem gelos de dióxido ou monóxido de carbono, a sublimação seria mais rápida quando iluminada pela mesma quantidade de luz solar. Assim sendo, não esperaríamos observar esses tipos de gelo estáveis à superfície durante tais momentos."

A equipa virou-se também para experiências de laboratório que testaram o comportamento da mistura de água gelada com diferentes minerais sob iluminação solar simulada a fim de recolher mais informações sobre o processo. Eles descobriram, depois de algumas horas de sublimação, a formação de um manto de poeira escura com apenas alguns milímetros de espessura. Em certos lugares, o manto tapou completamente quaisquer traços visíveis do gelo mas, ocasionalmente, grãos maiores ou pedaços de poeira subiam à superfície e mudavam-se para outro lugar, expondo manchas brilhantes de água gelada.

"Uma camada de poeira escura com 1 mm de espessura é suficiente para esconder as camadas geladas dos instrumentos óticos," confirma Holger Sierks, investigador principal do OSIRIS no Instituto Max Planck para Pesquisa do Sistema Solar em Gotinga, Alemanha.

"A superfície relativamente escura e homogénea do núcleo do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, pontuada por apenas algumas manchas brilhantes à escala de metros, pode ser explicada pela presença de uma fina camada de poeira composta por minerais refratários e matéria orgânica, os pontos brilhantes correspondendo a áreas onde o manto de poeira foi removido, revelando por baixo uma subsuperfície rica em água gelada."

A equipa também especula acerca do momento da formação das manchas de gelo. Uma hipótese é que foram formadas durante o último periélio do cometa (menor distância ao Sol), há 6,5 anos atrás, quando blocos de gelo foram expulsos para regiões permanentemente à sombra, preservando-os durante vários anos abaixo da temperatura necessária para a sublimação.

Outra ideia é que, mesmo a relativamente grandes distâncias do Sol, a atividade do dióxido de carbono e monóxido de carbono pode projetar blocos de gelo. Neste cenário, presume-se que a temperatura não era ainda suficientemente elevada para a sublimação da água, de tal modo que os componentes ricos em água gelada sobrevivem a quaisquer gelos de dióxido ou monóxido de carbono.

"À medida que o cometa continua a aproximar-se do periélio, o aumento da iluminação solar sobre as manchas brilhantes uma vez à sombra poderá provocar mudanças na sua aparência, e podemos esperar ver novas e até mesmo maiores de regiões de gelo exposto," afirma Matt Taylor, cientista do projeto Rosetta da ESA.

"A combinação das observações da câmara OSIRIS, feitas antes e depois da passagem pelo periélio, com outros instrumentos, irá fornecer informações valiosas sobre o que estimula a formação e evolução de tais regiões."

Fonte: http://www.ccvalg.pt/astronomia/noticias/2015/06/26_agua_cometa_rosetta.htm

A melhor evidência observacional até à data da primeira geração de estrelas no Universo

Esta impressão artística mostra CR7, uma galáxia muito distante que foi descoberta com o auxílio do VLT (Very Large Telescope) do ESO. 
É de longe a galáxia mais brilhante encontrada até à data no Universo primordial e existem evidências fortes de que este objeto contém estrelas da primeira geração. 
Estas estrelas massivas e brilhantes, puramente teóricas até agora, foram as criadoras dos primeiros elementos pesados na história — os elementos necessários à formação das estrelas que nos rodeiam atualmente, os planetas que as orbitam e a vida tal como a conhecemos. 
A galáxia recentemente descoberta é três vezes mais brilhante do que a galáxia distante mais brilhante que era conhecida até agora.
Crédito: ESO/M. Kornmesser

Com o auxílio do VLT (Very Large Telescope) do ESO os astrónomos descobriram a galáxia mais brilhante observada até hoje no Universo primordial e encontraram evidências fortes de que este objeto contém estrelas de primeira geração. Estas estrelas massivas e brilhantes, puramente teóricas até agora, foram as criadoras dos primeiros elementos pesados na história — os elementos necessários à formação das estrelas que nos rodeiam atualmente, os planetas que as orbitam e a vida tal como a conhecemos. A galáxia recentemente descoberta chamada CR7 é três vezes mais brilhante do que a galáxia distante mais brilhante que era conhecida até agora.

Os astrónomos desenvolveram há muito a teoria da existência de uma primeira geração de estrelas - conhecidas por estrelas de População III — que teriam nascido do material primordial do Big Bang. Todos os elementos químicos mais pesados — como o oxigénio, azoto, carbono e ferro, que são essenciais à vida — formaram-se no interior das estrelas, o que significa que as primeiras estrelas se devem ter formado dos únicos elementos que existiam antes delas: hidrogénio, hélio e traços mínimos de lítio.

Estas estrelas de População III seriam enormes — várias centenas ou mesmo milhares de vezes mais massivas do que o Sol — extremamente quentes e transientes — e explodiriam sob a forma de supernovas após cerca de apenas dois milhões de anos. No entanto, e até agora, a busca de provas físicas da sua existência tinha-se revelado infrutífera.

Uma equipa liderada por David Sobral, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, Universidade de Lisboa, e do Observatório de Leiden, Holanda, utilizou o VLT para observar o Universo primordial, no período conhecido por época da reionização, que ocorreu cerca de 800 milhões de anos após o Big Bang. Em vez de fazer um estudo profundo e direcionado a uma pequena área do céu, a equipa alargou o seu foco de estudo produzindo o maior rastreio de galáxias muito distantes alguma vez obtido.

Este extenso estudo fez uso não apenas do VLT, mas também do Observatório W. M. Keck, do Telescópio Subaru e do Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA. A equipa descobriu — e confirmou — um número surpreendente de galáxias brilhantes muito jovens. Uma delas, chamada CR7 (o nome foi inspirado no jogador de futebol, Cristiano Ronaldo, que é conhecido por CR7), trata-se de um objeto excecionalmente raro, de longe a galáxia mais brilhante alguma vez observada nesta época do Universo. Com a descoberta de CR7 e outras galáxias brilhantes, o estudo era já um sucesso, no entanto investigação posterior produziu mais resultados ainda melhores.

Com o auxílio dos instrumentos X-shooter e SINFONI montados no VLT, a equipa encontrou forte emissão de hélio ionizado em CR7 mas — crucial e surpreendentemente — nenhum traço de elementos mais pesados no seio da galáxia brilhante, o que constitui uma forte evidência da existência de enxames de estrelas de População III com gás ionizado, no seio de uma galáxia do Universo primordial.

"A descoberta superou, desde o início, todas as nossas expectativas," disse David Sobral, "uma vez que não esperávamos encontrar uma galáxia tão brilhante. Seguidamente ao desvendarmos pouco a pouco a natureza de CR7, percebemos que não só tínhamos descoberto a galáxia distante mais brilhante conhecida até agora, como também que este objeto tinha todas as características que se esperam de estrelas de População III. Estas estrelas são as que formaram os primeiros átomos pesados que, em última análise, são os que nos permitem aqui estar. Este estudo revelou-se extremamente interessante."

No seio de CR7 encontraram-se tanto enxames de estrelas mais azuis como também alguns mais vermelhos, o que indica que a formação das estrelas de População III ocorreu de forma faseada — como se previa. O que a equipa observou de modo direto foi o último período de estrelas de População III formadas, sugerindo que tais estrelas devem ser mais fáceis de detetar do que o que se pensava anteriormente: estas estrelas encontram-se no meio de estrelas regulares, em galáxias mais brilhantes, e não apenas nas galáxias mais ténues, pequenas e precoces, as quais são tão ténues que se tornam extremamente difíceis de estudar.

Jorry Matthee, segundo autor do artigo científico que descreve estes resultados, conclui: "Sempre me perguntei de onde é que nós vimos. Mesmo quando era pequeno queria saber donde vinham os elementos químicos: o cálcio dos meus ossos, o carbono dos meus músculos, o ferro do meu sangue. Descobri que estes elementos foram formados inicialmente no início do Universo, pela primeira geração de estrelas. Com esta descoberta estamos a ver, de facto, tais objetos pela primeira vez."

Estão planeadas mais observações com o VLT, o ALMA e o Telescópio Espacial Hubble de modo a confirmar sem sombra de dúvidas que o que se observou são estrelas de População III e procurar e identificar outros exemplos.

Fonte: http://www.ccvalg.pt/astronomia/noticias/2015/06/19_cr7.htm

Hubble detecta "protector solar" em planeta distante


O Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA detetou uma estratosfera, uma das camadas principais da atmosfera da Terra, no exoplaneta quente e gigante conhecido como WASP-33b.

A presença de uma estratosfera pode proporcionar pistas sobre a composição de um planeta e o modo como foi formado. Esta camada atmosférica inclui moléculas que absorvem a luz visível e ultravioleta, agindo como uma espécie de "protetor solar" para o planeta que rodeia. Até agora, os cientistas não tinham a certeza se estas moléculas seriam encontradas nas atmosferas de planetas grandes e extremamente quentes em redor de outras estrelas.

Estes resultados foram publicados na edição de 12 de junho da revista The Astrophysical Journal.

"Alguns desses planetas têm atmosferas superiores tão quentes, que essencialmente fervem para o espaço," afirma Avi Mandell, cientista planetário do Centro de Voo Espacial Goddard da NASA em Greenbelt, no estado americano de Maryland. "Não esperamos necessariamente, e a estas temperaturas, encontrar uma atmosfera com moléculas que possam levar a estas estruturas em camadas múltiplas."

Na atmosfera da Terra, a estratosfera fica por cima da troposfera - a região turbulenta e meteorologicamente ativa que vai do solo até ao topo das nuvens mais altas. Na troposfera, a temperatura é mais quente na secção inferior - nível do solo - e arrefece a altitudes mais elevadas.

A estratosfera é exatamente o oposto. Nesta camada, a temperatura aumenta com a altitude, um fenómeno chamado inversão de temperatura. Na Terra, a inversão de temperatura ocorre porque o ozono na estratosfera absorve grande parte da radiação ultravioleta do Sol, impedindo-a de alcançar a superfície, protegendo a biosfera e, portanto, aquecendo ao invés a estratosfera.

Inversões de temperaturas similares ocorrem nas estratosferas de outros planetas do nosso Sistema Solar como Júpiter e Saturno. Nestes casos, o culpado é um grupo diferente de moléculas chamadas hidrocarbonetos. No entanto, nem o ozono nem os hidrocarbonetos conseguem sobreviver às altas temperaturas da maioria dos planetas extrasolares conhecidos. Isto levou a um debate acerca da existência de estratosferas em exoplanetas.

Usando o Hubble, os investigadores resolveram este debate ao identificarem uma inversão de temperatura na atmosfera de WASP-33b, que tem cerca de quatro vezes e meia a massa de Júpiter. Os membros da equipa também suspeitam que o responsável pela inversão de temperatura na estratosfera de WASP-33b seja o óxido de titânio.

"Estas duas linhas de evidência criam um caso muito convincente para a deteção de uma estratosfera num exoplaneta," afirma Korey Haynes, autora principal do estudo. Haynes foi estudante da Universidade George Mason em Fairfax, Virginia, EUA, e trabalhava com Mandell quando a pesquisa foi realizada.

Os cientistas analisaram observações feitas pelo coautor Draken Deming (Universidade de Maryland em College Park) com o instrumento WFC3 (Wide Field Camera 3) do Hubble. O WFC3 consegue capturar um espectro na região do infravermelho próximo onde a assinatura da água aparece. Os cientistas podem usar o espectro para identificar a água e outros gases na atmosfera de um planeta distante e determinar a sua temperatura.

Haynes e colegas usaram as observações do Hubble e dados de estudos anteriores para medir a emissão de água e assim compará-la com a emissão de gases mais profundos na atmosfera. A equipa determinou que a emissão da água era produzida na estratosfera a cerca de 3300º C. O resto da emissão vem de gases mais profundos na atmosfera, a uma temperatura de mais ou menos 1650º C.

A equipa também apresentou a primeira evidência observacional de que a atmosfera de WASP-33b contém óxido de titânio, um de poucos compostos que age como um forte absorvente de radiação visível e ultravioleta e que é capaz de permanecer no estado gasoso numa atmosfera tão quente como esta.

"É fundamental compreender as ligações entre as estratosferas e as composições químicas a fim de estudar os processos atmosféricos dos exoplanetas," afirma Nikku Madhusudhan, da Universidade de Cambridge, Reino Unido. "A nossa descoberta marca um avanço importante nesta direção."

Fonte: http://www.ccvalg.pt/astronomia/noticias/2015/06/16_estratosfera_wasp_33b.htm

- Chandra encontra evidências de erupções sucessivas de buraco negro

Composição do grupo de galáxias NGC 5813 no visível e em raios-X.
Crédito: raios-X: NASA/CXC/SAO/S. Randall et al.; ótico: SDSS

Os astrónomos usaram o Observatório de raios-X Chandra da NASA para mostrar que várias erupções de um buraco negro supermassivo, ao longo de 50 milhões de anos, reorganizou a paisagem cósmica no centro de um grupo de galáxias.

Os cientistas descobriram esta história de erupções do buraco negro através do estudo de NGC 5813, um grupo de galáxias a cerca de 105 milhões de anos-luz da Terra. Estas observações do Chandra são as mais longas já obtidas para um grupo de galáxias, com a duração de pouco mais de uma semana. Os dados do Chandra são vistos aqui nesta composição onde os raios-X do Chandra (roxo) foram combinados com dados no visível (vermelho, verde e azul).

Os grupos galácticos são como os seus primos maiores, os enxames galácticos, mas em vez de albergarem centenas ou até mesmo milhares de galáxias como os enxames, os grupos são normalmente compostos por 50 galáxias ou menos. Tal como os enxames de galáxias, os grupos de galáxias estão envolvidos em quantidades gigantescas de gás quente que emite raios-X.

O buraco negro supermassivo em erupção está localizado na galáxia central de NGC 5813. A rotação do buraco negro, juntamente com o gás que espirala na sua direção, pode produzir uma torre vertical e enrolada de campos magnéticos que arremessam uma grande fração do gás para longe da vizinhança do buraco negro sob a forma de jatos altamente energéticos e velozes.

Os investigadores foram capazes de determinar a duração das erupções do buraco negro ao estudar cavidades, ou bolhas gigantes, no gás de NGC 5813 que tem vários milhões de graus. Estas cavidades são esculpidas quando jatos do buraco negro supermassivo geram ondas de choque que empurram o gás para fora e criam enormes buracos.

As últimas observações do Chandra revelam um terceiro par de cavidades, além de outros dois que já tinham sido anteriormente descobertos em NGC 5813, representando três erupções distintas do buraco negro central. Este é número mais alto de pares de cavidades já descoberto num grupo ou num enxame de galáxias. Semelhante à forma como uma bolha de ar de baixa densidade sobe para a superfície da água, as cavidades gigantes em NGC 5813 tornam-se "flutuantes" e afastam-se do buraco negro.

Para melhor compreender a história das erupções do buraco negro, os investigadores estudaram os detalhes dos três pares de cavidades. Descobriram que a quantidade de energia necessária para produzir o par de cavidades mais próximas do buraco negro é inferior à energia produzida necessária para produzir os outros dois pares mais antigos. No entanto, a taxa de produção energética é aproximadamente a mesma para todos os três pares. Isto indica que a erupção associada com o par interior de cavidades está ainda a ocorrer.

Cada um dos três pares de cavidades está associado com uma frente de choque, visível como as arestas nítidas na imagem de raios-X. Estas frentes de choque, parecidas com estrondos sónicos de um avião supersónico, aquecem o gás, impedindo com que a maioria arrefeça e forme um grande número de estrelas novas.

O estudo detalhado das frentes de choque revela que são, na realidade, ligeiramente turvos em vez de nítidos. Isto pode ser provocado pela turbulência no gás quente. Assumindo que este é o caso, os autores descobriram uma velocidade turbulenta - isto é, a velocidade média dos movimentos aleatórios do gás - de aproximadamente 258.000 km/h. Isto é consistente com as previsões dos modelos teóricos e estimativas com base em observações de raios-X do gás quente noutros grupos e enxames.

O artigo que descreve estes resultados foi publicado na edição de 1 junho da revista The Astrophysical Journal e está disponível online.

Fonte: http://www.ccvalg.pt/astronomia/noticias/2015/06/12_ngc_5813.htm

- A vista mais detalhada de sempre do Universo distante

A Campanha de Linha de Base Longa do ALMA produziu uma imagem muito detalhada de uma galáxia distante afectada por lente gravitacional, que revela regiões de formação estelar — algo que nunca tinha sido observado antes com este nível de detalhe numa galáxia tão remota. 
As novas observações são muito mais detalhadas do que as obtidas anteriormente para esta galáxia, incluindo as do Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA e revelam nodos de formação estelar na galáxia equivalentes a versões gigantes da Nebulosa de Orionte.
O painel da esquerda revela a galáxia que se encontra em primeiro plano e que atua como lente gravitacional (observada pelo Hubble), enquanto que a galáxia distante que está a ser afectada pela lente, SDP.81, e que forma um anel de Einstein quase perfeito, praticamente não se vê.
A imagem do meio mostra a imagem muito nítida do ALMA com o anel de Einstein, sendo que a galáxia que atua como lente é invisível para o ALMA. 
A imagem da galáxia distante (à direita), reconstruída com o auxílio de modelos sofisticados de lente gravitacional, revela estruturas detalhadas no interior do anel, que nunca tinham sido observadas anteriormente: várias nuvens de poeira no seio da galáxia, que se pensa serem nuvens moleculares gigantes e frias, o local de nascimento de estrelas e planetas. 
Crédito: ALMA (NRAO/ESO/NAOJ)/Y. Tamura (Universidade de Tóquio)/Mark Swinbank (Universidade de Durham)

A Campanha de Linha de Base Longa do ALMA produziu uma imagem muito detalhada de uma galáxia distante afetada por lente gravitacional. A imagem mostra uma vista ampliada das regiões de formação estelar na galáxia, com um nível de detalhe nunca antes alcançado numa galáxia tão remota. As novas observações são muito mais detalhadas do que as obtidas pelo Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA e revelam nodos de formação estelar na galáxia equivalentes a versões gigantes da Nebulosa de Orionte.

A Campanha de Linha de Base Longa do ALMA produziu algumas observações extraordinárias e recolheu informação com um detalhe sem precedentes dos habitantes do Universo próximo e longínquo. Foram feitas observações no final de 2014 no âmbito de uma campanha que pretendeu estudar uma galáxia distante chamada HATLAS J090311.6+003906, também conhecida pelo nome mais simples de SDP.81. A radiação emitida por esta galáxia é "vítima" de um efeito cósmico chamado lente gravitacional. Uma galáxia enorme que se situa entre SDP.81 e o ALMA atua como lente gravitacional, distorcendo a radiação emitida pela galáxia mais distante e criando um exemplo quase perfeito do fenómeno conhecido por Anel de Einstein.

Pelo menos sete grupos de cientistas analisaram de forma independente os dados do ALMA sobre SDP.81. Esta profusão de artigos científicos deu-nos informação sem precedentes sobre esta galáxia, revelando detalhes sobre a sua estrutura, conteúdo, movimento e outras características físicas.

O ALMA funciona como um interferómetro, isto é, a rede múltipla de antenas trabalha em sintonia perfeita recolhendo radiação como se de um único e enorme telescópio virtual se tratasse. Como resultado, estas novas imagens de SDP.81 possuem uma resolução até 6 vezes melhor que as imagens obtidas no infravermelho com o Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA.

Os sofisticados modelos dos astrónomos revelam estruturas pormenorizadas, nunca antes vistas no seio de SDP.81, sob a forma de nuvens de poeira que se pensa serem repositórios de gás molecular frio — os locais de nascimento de estrelas e planetas. Estes modelos foram corrigidos da distorção produzida pelo efeito de lente gravitacional.

Como resultado, as observações ALMA são tão nítidas que os investigadores podem ver nodos de formação estelar na galáxia, com um tamanho de até 100 anos-luz, o que equivale a observar versões gigantes da Nebulosa de Orionte a produzir milhares de vezes mais estrelas jovens no lado distante do Universo. Esta é a primeira vez que um tal fenómeno é observado a distâncias tão grandes.

"A imagem reconstruída da galáxia obtida com o ALMA é espetacular," diz Rob Ivison, coautor de dois artigos científicos que descrevem os resultados e Diretor de Ciência do ESO. "A enorme área coletora do ALMA, a grande separação entre as suas antenas e a atmosfera muito estável que existe por cima do deserto do Atacama, levaram a que conseguíssemos obter um detalhe sem precedentes tanto nas imagens como nos espectros, o que significa que temos observações muito sensíveis, assim como informação sobre como é que as diferentes partes da galáxias se movimentam. Podemos estudar galáxias no outro extremo do Universo à medida que se fundem e formam enormes quantidades de estrelas. Isto é o tipo de coisa que me faz levantar cedo da cama!"

Utilizando a informação espectral recolhida pelo ALMA, os astrónomos mediram também como é que a galáxia distante roda e estimaram a sua massa. Os dados mostraram que o gás contido nesta galáxia é instável; nodos de gás estão a colapsar sobre si mesmo, indo muito provavelmente no futuro dar origem a regiões gigantes de formação estelar.

Curiosamente, a modelização do efeito de lente gravitacional indica também a existência de um buraco negro supermassivo no centro da galáxia que atua como lente. A região central de SDP.81 é muito ténue para poder ser detetada, levando à conclusão de que a galáxia em primeiro plano possui um buraco negro supermassivo com mais de 200-300 milhões de vezes a massa do Sol.

O número de artigos científicos publicados usando um único conjunto de dados do ALMA demonstra bem a excitação gerada pelo potencial da alta resolução e poder coletor da rede. Mostra também como é que o ALMA permitirá aos astrónomos fazer mais descobertas nos anos vindouros, levantando ainda mais questões sobre a natureza das galáxias distantes.

Fonte: http://www.ccvalg.pt/astronomia/noticias/2015/06/9_sdp_81.htm

Estrelas exiladas explodem longe de casa

Impressão de artista de uma supernova do Tipo Ia a explodir na região entre galáxias num grande enxame galáctico, uma das quais é visível à esquerda.
Crédito: Dr. Alex H. Parker, NASA e SDSS

Imagens nítidas obtidas pelo Telescópio Espacial Hubble confirmam que três supernovas descobertas há vários anos atrás explodiram no vazio escuro do espaço intergaláctico, tendo sido arremessadas das suas galáxias-mãe milhões ou milhares de milhões de anos antes.

A maioria das supernovas são descobertas dentro de galáxias que contêm centenas de milhares de milhões de estrelas, uma das quais pode explodir por século e por galáxia.

No entanto, estas supernovas solitárias foram encontradas entre galáxias em três grandes enxames com vários milhares de galáxias cada. As vizinhas mais próximas das estrelas estavam provavelmente a 300 anos-luz de distância, quase 100 vezes mais distantes que o nosso vizinho estelar mais próximo, Proxima Centauri, a 4,24 anos-luz de distância.

Estas supernovas raras e solitárias fornecem uma pista importante para o que existe nos vastos espaços vazios entre as galáxias e podem ajudar os astrónomos a compreender como é que os enxames de galáxias se formaram e evoluíram ao longo da história do Universo.

As estrelas solitárias lembraram à líder do estudo, Melissa Graham da Universidade da Califórnia em Berkeley, pós-doutorada e fã ávida de ficção científica, a estrela fictícia Thrial que, no romance "Against a Dark Background" do autor Iain Banks, está a um milhão de anos-luz de qualquer outra estrela. Um dos seus planetas habitados, Golter, tem um céu noturno quase sem estrelas.

Quaisquer planetas nestas estrelas intraenxame - estrelas velhas e compactas que explodiram em supernovas do Tipo Ia - foram, sem dúvida, destruídos pelas explosões. Mas, tal como Golter, teriam tido um céu noturno quase sem estrelas brilhantes. A densidade de estrelas intraenxame é cerca de um milionésimo do que vemos da Terra.

"Teria sido de facto um fundo bastante escuro," comenta, "povoado apenas pelas ocasionais manchas ténues e difusas dos membros galácticos mais próximos e brilhantes."

Graham e colegas - David Sand da Universidade do Texas em Lubbock, EUA, Dennis Zaritsky da Universidade do Arizona em Tucson e Chris Pritchet da Universidade de Victoria na Columbia Britânica - relataram a sua análise das três estrelas num artigo apresentado no passado dia 5 de junho durante uma conferência sobre supernovas na Universidade Estatal da Carolina do Norte em Raleigh, EUA. O artigo também foi aceite para publicação na revista The Astrophysical Journal.

Enxames de milhares de galáxias

O novo estudo confirma a descoberta, entre 2008 e 2010, de três supernovas aparentemente não pertencentes a nenhuma galáxia pelo estudo MENeaCS (Multi-Epoch Nearby Cluster Survey) do Telescópio do Canadá-França-Hawaii (sigla CFHT, em inglês) em Mauna Kea, Hawaii. O CFHT foi capaz de descartar galáxias fracas como hospedeiras destas supernovas. Mas a câmara ACS (Advanced Camera for Surveys) do Hubble é 10 vezes melhor em termos de sensibilidade e resolução. As imagens mostram claramente que as supernovas explodiram no espaço vazio, longe de qualquer galáxia. Portanto, pertencem a uma população de estrelas solitárias que existem na maioria, se não em todos, os enxames de galáxias.

Apesar das estrelas e das supernovas residirem normalmente em galáxias, um estudo recente determinou que as galáxias situadas em enxames gigantescos sofrem forças gravitacionais que afastam cerca de 15% das estrelas. Os enxames têm tanta massa, porém, que as estrelas deslocadas permanecem gravitacionalmente ligadas dentro das regiões escassamente povoadas entre as galáxias.

Uma vez dispersas, estas estrelas solitárias são demasiado fracas para serem observadas individualmente, a não ser que expludam como supernovas. Graham e colegas estão à procura de supernovas brilhantes no espaço entre as galáxias para determinar a população de estrelas invisíveis. Esta informação fornece pistas sobre a formação e evolução de estruturas a grande escala no Universo.

"Nós fornecemos a melhor evidência, até agora, de que as estrelas intraenxame realmente explodem como supernovas do Tipo Ia," acrescenta Graham, "e confirmámos que as supernovas sem galáxia podem ser usadas para rastrear a população de estrelas intraenxame, o que é importante para alargar esta técnica até enxames mais distantes."

Graham e colegas também descobriram que uma quarta explosão estelar, observada pelo CFHT, parece estar dentro de uma região vermelha e redonda que poderá ser uma galáxia pequena ou um enxame globular. Se a supernova fizer realmente parte de um enxame globular, é a primeira vez que uma supernova foi confirmada a explodir dentro destes aglomerados densos com menos de um milhão de estrelas. Todas as quatro supernovas estão em enxames galácticos a menos de mil milhões de anos-luz da Terra.

"Tendo em conta que existem muito menos estrelas em enxames globulares [do que em galáxias], apenas uma pequena fração das supernovas pode ocorrer em enxames globulares," comenta Graham. "Este pode ser o primeiro caso confirmado e poderá indicar que a fração de estrelas que explodem como supernovas é maior tanto em galáxias de pequena massa como em enxames globulares."

Graham realça que a maioria dos modelos teóricos para as supernovas do Tipo Ia envolvem um sistema binário, por isso é provável que as estrelas em explosão fizessem parte de um sistema duplo.

"No entanto, não é nenhuma história de amor," explica. "A companheira ou era uma anã branca com menos massa, que eventualmente chegou muito perto e tragicamente fragmentou-se num anel posteriormente canibalizado pela estrela principal, ou era uma estrela normal a partir da qual a anã branca primária roubou gás das suas camadas exteriores. De qualquer maneira, esta transferência de material fez com que a componente principal se tornasse instável em massa e explodisse como uma supernova do Tipo Ia."

Fonte: http://www.ccvalg.pt/astronomia/noticias/2015/06/9_estrelas_exiladas.htm

Hubble descobre que luas de Plutão cambaleiam num caos absoluto

Este conjunto de ilustrações da lua de Plutão, Nix, mostra como a orientação muda imprevisivelmente à medida que orbita o sistema Plutão-Caronte. 
São baseadas numa simulação computacional que calculou o movimento caótico das quatro luas mais pequenas do sistema. 
Os astrónomos usaram esta simulação para tentar compreender as mudanças na luz refletida por Nix à medida que orbita Plutão-Caronte. 
Também descobriram que outra lua de Plutão, Hidra, tem igualmente uma rotação caótica. A forma alongada de ambas as luas contribui para o seu movimento selvagem.
Crédito: NASA, ESA, M. Showalter (Instituto SETI), G. Bacon (STScI)

Se vivêssemos numa das luas de Plutão, teríamos muita dificuldade em determinar quando, ou a partir de que direção, o Sol nascia a cada dia. Uma análise compreensiva de dados do Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA mostra que duas das luas de Plutão, Nix e Hidra, oscilam de forma imprevisível.

"O Hubble forneceu uma nova visão de Plutão e das suas luas, revelando uma dança cósmica com um ritmo caótico," afirma John Grunsfeld, administrador associado do Diretorado de Missões Científicas da NASA em Washington. "Quando a sonda New Horizons passar pelo sistema de Plutão em julho, teremos uma hipótese de ver, de perto, como estas luas são."

As luas oscilam porque estão embebidas num campo gravitacional que muda constantemente. Esta mudança é criada pelo sistema planetário e duplo de Plutão/Caronte à medida que rodam um à volta do outro. Plutão e Caronte são chamados de planeta duplo porque partilham um centro de gravidade comum localizado no espaço entre os dois corpos. O seu campo gravitacional variável faz com que as luas menores se movam erraticamente. O efeito é reforçado pela forma mais alongada (como uma bola de râguebi), em vez de esférica, das luas. Os cientistas acreditam que é provável que as outras duas luas de Plutão, Cérbero e Estige, estejam numa situação semelhante.

Estes resultados surpreendentes, descobertos por Mark Showalter do Instituto SETI em Mountain View, Califórnia, EUA e por Doug Hamilton da Universidade de Maryland em College Park, foram publicados na edição de ontem da revista Nature.

"Antes das observações do Hubble, ninguém apreciava a dinâmica complexa do sistema plutoniano," comenta Showalter. "A nossa pesquisa fornece novas e importantes restrições sobre a sequência de eventos que levaram à formação do sistema."

Showalter também descobriu que três das luas de Plutão estão atualmente presas em ressonância, ou seja, existe uma relação precisa para os seus períodos orbitais.

"Se estivéssemos em Nix, veríamos que Estige orbita Plutão duas vezes para cada três órbitas de Hidra," explica Hamilton.

Os dados do Hubble também revelam que a lua Cérbero é tão escura quanto um briquete de carvão, enquanto as outras luas geladas são tão brilhantes quanto a areia. Previu-se que a poeira expelida das luas por impactos de meteoritos revestia todas as luas, dando às suas superfícies um aspeto homogéneo, o que torna a cor de Cérbero muito surpreendente.

A sonda New Horizons da NASA, que passará pelo sistema de Plutão em julho, pode ajudar a resolver a questão da lua preta como asfalto, assim como outras "esquisitices" encontradas pelo Hubble. Estas novas descobertas estão sendo usadas para planear observações científicas durante o "flyby" da New Horizons.

O tumulto no sistema Plutão-Caronte oferece novas informações sobre o modo como os corpos planetários em estrelas duplas se podem comportar. Por exemplo, o observatório espacial Kepler da NASA descobriu vários sistemas planetários em órbita de binários.

"Estamos aprendendo que o caos pode ser um traço comum dos sistemas binários," observa Hamilton. "Pode até ter consequências para a vida em planetas, caso exista nesses sistemas."

As pistas deste tumulto em Plutão surgiram quando os astrónomos mediram variações na luz refletida por Nix e por Hidra. Ao analisarem imagens de Plutão, obtidas entre 2005 e 2012, os cientistas compararam as mudanças imprevisíveis no brilho das luas com modelos de corpos giratórios em campos gravitacionais complexos.

Pensa-se que as luas de Plutão tenham sido formadas por uma colisão entre o planeta anão e um corpo de tamanho similar no início da história do nosso Sistema Solar. A colisão expeliu material que se consolidou na família de luas observadas atualmente em torno de Plutão. O seu companheiro binário, Caronte, tem quase metade do tamanho de Plutão e foi descoberto em 1978. O Hubble descobriu Nix e Hidra em 2005, Cérbero em 2011 e Estige em 2012. Estas pequenas luas, que medem apenas algumas dezenas de quilómetros em diâmetro, foram encontradas durante uma busca do Hubble por objetos que podiam representar um perigo para a sonda New Horizons ao passar pelo planeta anão em julho deste ano.

Os investigadores dizem que uma combinação de dados de monitorização do Hubble com o olhar breve, mas de perto, da New Horizons, juntamente com futuras observações pelo Telescópio Espacial James Webb, vão ajudar a resolver muitos dos mistérios do sistema de Plutão. Até agora, nenhum telescópio terrestre foi capaz de detetar as luas mais pequenas.

"Plutão vai continuar a surpreender-nos quando a New Horizons passar por lá em julho," comenta Showalter. "O nosso trabalho com o Telescópio Hubble dá-nos apenas uma amostra do que está por vir."

Fonte: http://www.ccvalg.pt/astronomia/noticias/2015/06/5_luas_plutao.htm

Espectáculo astral ! Conjunção planetária é destaque no céu nocturno

Quem olhar para o horizonte nesta e nas próximas noites após o pôr do sol vai reparar em duas estrelas bem próximas uma da outra. Na realidade não são estrelas, mas os planetas Vênus e Júpiter que estão quase se tocando.
Conuncao entre Venus e Jupiter
Muita gente já viu os dois pontinhos luminosos, mas quem olhou com um pouco mais de atenção pode reparar que dia após dia eles estão mais próximos um do outro. E isso é verdade.

No próximo dia 30 de junho, Vênus e Júpiter entrarão em conjunção, um termo astronômico que significa a máxima aproximação visual entre dois objetos. Em outras palavras, vistos da Terra, Vênus e Júpiter estarão quase "colados" entre si.

Naturalmente, isso é apenas uma ilusão de ótica e não há qualquer possibilidade de choque entre eles. Enquanto Vênus está a cerca de 80 milhões de km de distância da Terra, Júpiter está 10 vezes mais longe, a 898 milhões de km.

O que cria a ilusão de proximidade é a posição atual dos dois planetas dentro de suas orbitas, que faz com que do ponto de vista de quem está na Terra, ambos pareçam próximos entre si, como mostra o diagrama acima.

Vendo o espetáculo

Para ver os dois astros juntos é só olhar para o quadrante oeste depois que o Sol se pôr. Vênus estará altamente reluzente e será facilmente reconhecido. Júpiter estará logo acima à direita. Embora o ápice do evento seja dia 30 de junho, os dois planetas já podem ser vistos facilmente e cada vez mais juntos.

Fotografe a Conjunção

Para fotografar a conjunção aconselhamos o uso de um tripé ou algum suporte bastante firme para evitar fotos tremidas. Se a câmera tiver o modo "noturno", utilize-o. O ideal é que a máquina seja capaz de fotografar em modo "Manual", aumentando o tempo de exposição e diminuindo a abertura do diafragma. De resto, é só curtir o pôr do Sol e em seguida ficar na boa companhia de Vênus e Júpiter.

Fonte: http://www.apolo11.com/spacenews.php?titulo=Show_dos_astros!_Conjuncao_planetaria_e_o_destaque_do_ceu_noturno&posic=dat_20150626-104308.inc

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Caribe entra na estação seca com reservas de água mínimas

O Caribe entra na estação seca com reservas de água abaixo do mínimo

A pior seca dos últimos cinco anos está devastando o Caribe, desde Porto Rico até Cuba. Enquanto os cultivos estão sendo gravemente afetadas e reservatórios secos, os meteorologistas preveem que a situação pode piorar nos próximos meses.

A seca foi causada pelo El Niño, um fenômeno climático ligado ao aquecimento das águas tropicais do Oceano Pacífico que afeta o clima global.

De acordo com os climatologistas do Instituto Caribenho de Meteorologia e Hidrologia, a situação pode piorar nos próximos meses se a temporada de furacões, que termina em novembro, esta mais silenciosa do que o normal, relata o jornal Clarín.

Isto significa que a chuva não é suficiente para encher as barragens como Carraizo e La Plata (Puerto Rico) ou o Rio de la Plata, na ilha de Naranjito. A este respeito, um climatologista do instituto, Cedric Van Meerbeeck, acredita que "a região entra na estação seca com os reservatórios de água em frangalhos".

As perdas causadas pela seca são enormes. De acordo com o cientista do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Agrícola do Caribe (Trinidad e Tobago) Norman Gibson, os agricultores do Caribe perderam mais de um milhão de dólares pela fraca colheita e problemas quando se trata de criação de gado.

Fonte: http://www.ultimosacontecimentos.com.br/grandes-sinais-do-ceu1400518699/caribe-entra-na-estacao-seca-com-reservas-de-agua-minimas.html

Entenda porque qualquer pessoa nascida hoje poderá vir a presenciar o fim do mundo

O microbiologista australiano Frank Fenner assustou o mundo ao fazer uma afirmação séria pesada há algum tempo: daqui a 100 anos não existirá mais vida humana no nosso planeta. A justificativa é relativamente simples: estamos criando um mundo inabitável.
Fenner, cujo trabalho é reconhecido desde sua luta nos anos de 1970 para erradicar a varíola, é nada otimista com relação ao fim do mundo. Segundo ele, há três fatores que estão nos levando para a extinção humana: superpopulação, falta de recursos naturais e mudanças climáticas.
Ainda que a previsão do cientista não seja considerada realmente precisa, há alguns anos ele nos alerta para determinadas questões que precisam ser repensadas urgentemente, como o esforço mínimo e insuficiente que fazemos para diminuir a quantidade monstruosa de substâncias poluentes que enviamos a todo o momento para a atmosfera.
Auerbach, que escreve para a agência Reuters, acredita que está mais do que na hora de mudarmos nossNo final das contas, Fenner acredita que não há meios de reduzir os danos que já causamos até agora. Diminuir o número de poluição parece ser apenas a parte mais fácil do trabalho que seria capaz de mudar o rumo da coisa. A parte mais difícil dessa missão seria desenvolver meios tecnológicos de reverter esse processo apocalíptico, que já começou há muito tempo.
Em 2007, Sir David King, conselheiro científico do governo britânico, disse: “Evitar mudanças climáticas perigosas é impossível – mudanças climáticas perigosas já estão aqui. A pergunta é: nós podemos evitar mudanças climáticas catastróficas?”.
Seguindo o raciocínio de Fenner, podemos concluir, a partir da declaração de King, que ou tudo isso é alarmismo ou, pior, estamos em um cenário que simplesmente não tem como ser mudado. O colunista David as fontes de energia, além de diminuirmos de fato a quantidade de emissão poluente.
Atualmente, o objetivo é não deixar que a temperatura global suba mais de 2 ºC. Em 2100 a previsão é de que esse aumento seja de 5 ºC, que já é o suficiente para provocar inundações, fome, seca, aumento do nível do mar e extinção em massa. Além do mais, esse aumento da temperatura nos deixaria próximos dos 6 ºC, que é ponto capaz de deixar nosso planeta inabitado, destruindo a maioria das espécies.
Ainda que os EUA, a União Europeia e a China tenham se comprometido com as Nações Unidas a diminuir a emissão de dióxido de carbono, o esforço não é suficiente. Auerbach usou o raciocínio do jornalista Bill McKibben para avaliar o assunto: atualmente a temperatura média do planeta já subiu 0,8 ºC e, mesmo que a emissão de dióxido de carbono fosse completamente interrompida agora, a temperatura média da Terra subiria mais 0,8 ºC.
Isso aconteceria porque ainda haveria muito dióxido de carbono na atmosfera. Fazendo uma conta simples de matemática, percebemos que temos apenas 0,4 ºC até chegarmos ao aumento limite de temperatura, o que, em tempo, nos dá mais ou menos30 anos. Ou seja: daqui a três décadas a situação tende a estar realmente muito feia.
Com esses dados, que são reais, fica infelizmente fácil entender a afirmação de Fenner de que uma criança nascida hoje pode viver para ver o fim da humanidade. E o que se sabe sobre o assunto é que todo o esforço para desacelerar esse processo ainda é mínimo.
Neste ano, em novembro, haverá uma conferência na França, que deve discutir justamente essas questões climáticas. A esperança é a de que alguma solução tecnológica surja e possa nos dar a chance de ganhar mais tempo para pensar em alguma estratégia que não apenas reduza a emissão de dióxido de carbono como nos dê outros meios de viver sem destruir nossa própria casa. Infelizmente, chegamos a esse ponto.

Fonte: http://portugalmisterioso.blogspot.pt/

Cinco antigos artefactos que continuam a intrigar os cientistas

Com o grande desenvolvimento da tecnologia e a criação de ferramentas como o Google Maps, por exemplo, muita gente acha que não há muitos segredos que ainda possam ser descobertos pelo homem. No entanto, alguns objetos realmente antigos ainda são misteriosos o suficiente para deixar os cientistas confusos.
Na lista abaixo, você vai poder conferir uma série de descobertas e criações variadas que foram investigadas por diversos estudiosos. Contudo, eles não conseguiram obter respostas sobre a procedência desses objetos e, em alguns casos, nem mesmo qual a utilidade deles. Você está preparado? Então, continue lendo.

1. As esferas cheias de segredo


Algumas décadas atrás, um grupo de mineradores da América do Sul encontrou duas esferas no meio das suas escavações. Uma delas é feita de metal e conta com marcações que indicam o equador e linhas paralelas a ela. A outra é do mesmo formato e com as mesmas características, mas feita de uma substância esponjosa.
De acordo com a análise de cientistas, esses dois objetos têm 2,8 bilhões de anos, o que é uma marca realmente impressionante. Por conta da antiguidade dessas esferas, os estudiosos não conseguem saber quem as fez, nem o método usado para isso ou a utilidade que elas teriam.

2. Tecnologia perdida


Em 1900, um mecanismo feito de bronze foi retirado do mar, perto de uma ilha grega chamada de Anticítera. Em um primeiro momento, os estudiosos não identificaram nada de estranho, pois acharam que o objeto se tratava de um astrolábio, que era um instrumento utilizado por especialistas em Astronomia no século I.
Contudo, uma observação mais detalhada constatou que esse mecanismo continha uma composição complexa de engrenagens, coisa que só deveria vir a existir em 1575. Apesar dos estudos, não foi possível constatar quem fez algo tão desenvolvido quase 2 mil anos atrás, nem como a tecnologia foi perdida ou a finalidade do objeto.

3. Viagem no tempo?


Em 1961, um casal estava caçando em uma montanha na Califórnia, até que eles encontraram uma geode — formação mineral de segunda classe, que eles poderiam vender por um bom preço. Quando chegaram em casa, os dois decidiram abrir a pedra, já que ela é brilhante por dentro.
Por conta disso, eles acharam uma peça de cerâmica bastante estranha. Depois de estudos, constatou-se que o objeto era uma vela de ignição datada de 1920. No entanto, para estar dentro de uma geode, seria necessário que a peça tivesse cerca de 500 mil anos, o que sugere uma possível viagem no tempo. No entanto, essa descoberta sumiu e mais nada foi descoberto.

4. Várias esferas perfeitas


Na década de 1930, alguns homens, que estavam limpando um terreno para plantações de banana na Costa Rica, acharam dezenas de esferas de pedra perfeitas. Havia uma variedade enorme de tamanho, sendo que algumas eram do tamanho de bolas de tênis até outras chegavam a pesar incríveis 16 toneladas.
Essas esferas foram claramente torneadas por trabalho humano, mas não se sabe quem as fez, o motivo por trás dessa iniciativa e nem mesmo o método utilizado para conseguir criar esferas tão perfeitas. E aí, você tem algum palpite?

5. Civilização antiga


Na década de 1990, alguns mineradores russos estavam atrás de ouro, mas eles acabaram achando uma quantidade grande de objetos de metais manufaturados, como os que você pode conferir na imagem acima. A princípio, não é nada de chamativo, já que você pode achar molas em praticamente qualquer lugar.
Contudo, cientistas constaram que esses objetos têm cerca de 100 mil anos — ou seja, bem antes das sociedades conhecidas começarem a trabalhar com o metal. Por conta disso, os estudiosos não sabem como eles foram feitos ou por quem, possibilitando a teoria de que uma civilização avançada e bem antiga tenha se perdido pela história.
....É lógico que o mundo ainda esconde mais segredos, mas não seria possível colocar todos somente em uma lista. Por conta disso, se você tiver uma teoria para alguma dessas descobertas ou saiba de outros mistérios, não economize nos comentários!

Fonte: http://portugalmisterioso.blogspot.pt/

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