quinta-feira, 2 de junho de 2022

Células imunitárias misteriosas encontradas em humanos pela primeira vez !


Enquanto tentavam mapear as células do corpo humano, investigadores descobriram um tipo de célula imune que emerge pela primeira vez no útero.

A existência destas células imunitárias no ser humano tem sido debatida incansavelmente — até agora.

Estas misteriosas células, conhecidas como células B-1, foram descobertas pela primeira vez em ratos na década de 1980, de acordo com uma estudo de 2018, publicado no The Journal of Immunology.

Estas células surgem no início do desenvolvimento do rato, no útero, e produzem vários anticorpos quando são ativadas.

Alguns destes anticorpos fixam-se nas próprias células do rato e ajudam a limpar as células mortas e moribundas do corpo, segundo a Live Science.

As células B-1 ativadas também produzem anticorpos que atuam como uma primeira linha de defesa contra agentes patogénicos, como vírus e bactérias.

Após a descoberta de células B-1 em ratos, um grupo de investigação relatou em 2011 que tinham encontrado células equivalentes em humanos, mas estes resultados não foram aceites como prova conclusiva.

“Naquela altura, nem todos concordavam com o nosso perfil de células B-1 humanas”, sublinhou Thomas Rothstein, docente e autor do estudo de 2018.

Agora, um novo estudo publicado a 12 de maio na revista Science, prova que as células B-1 emergem no desenvolvimento humano precoce, no primeiro e segundo trimestres.

“Confirma e amplia o trabalho que publicámos anteriormente”, realça Rothstein, que não esteva envolvido na nova investigação.

Nicole Baumgarth, professora no Centro de Imunologia e Doenças Infecciosas da UC Davis, acredita “que estes são os dados mais conclusivos até agora”, apoiando a ideia de que os humanos transportam células B-1.

Em teoria, estas células podem desempenhar papéis críticos no desenvolvimento inicial e, ao estudá-las mais detalhadamente, os investigadores podem melhorar a sua compreensão sobre o desenvolvimento saudável do sistema imunitário nos humanos, acrescenta Baumgarth.

A nova investigação foi publicada juntamente com o resultado de três outros estudos recentemente realizados pelo consórcio Human Cell Atlas (HCA), um grupo de investigação internacional que trabalha para determinar a posição, função e características de cada tipo de célula no corpo humano.

Juntos, os quatro estudos — todos publicados a 12 de maio na Science — incluem análises de mais de 1 milhão de células humanas, representando mais de 500 tipos celulares distintos retirados de mais de 30 tecidos diferentes.

“Pode-se pensar nisso como um Google Maps do corpo humano, e é realmente esse mapeamento das células individuais e onde elas se sentam nos tecidos que pretendemos”, explicou Sarah Teichmann, também autora do estudo.

Ao ajudar a construir este atlas do corpo humano, os investigadores concentraram os seus esforços nas células imunitárias e, em particular, nas células imunitárias que emergem durante o desenvolvimento humano inicial.

Foi através deste foco que descobriram provas de células B-1 humanas. “O que mostramos é que elas existem de facto nos seres humanos”, realçou Teichmann.

As análises apresentavam células de nove tecidos em desenvolvimento, tais como o timo, uma glândula que cria células imunitárias e hormonas, e o saco vitelino embrionário, uma pequena estrutura que nutre o embrião no início da gravidez.

Todas as amostras de tecido analisadas pela equipa vieram do Human Developmental Biology Resource, um banco de tecidos no Reino Unido que armazena tecidos embrionários e fetais humanos, com autorização escrita dos doadores. Também foram incorporados dados disponíveis de estudos anteriores.

No total, os dados abrangeram um período inicial de desenvolvimento que variou entre quatro a 17 semanas pós-fertilização, dentro do primeiro e segundo trimestres.

Os investigadores tiraram fotografias de alta resolução destes tecidos, numa escala de 0,001 polegadas, mais fina do que um cabelo humano, referiu Teichmann.

Ao nível de cada célula em separado, a equipa analisou todas as “transcrições de RNA” no tecido, que refletem as diferentes proteínas que cada célula produz.

Através destas transcrições, os investigadores conseguiram recolher informação sobre a identidade e função de cada célula.

Esta análise detalhada permitiu à equipa detetar células que correspondiam à descrição de células B-1 encontradas em ratos, tanto em termos dos seus atributos, como do momento do seu aparecimento.

“No sistema do rato, as células B-1 surgem cedo — surgem primeiro”, afirmou Rothstein. Um tipo diferente de célula imune, chamada B-2, emerge depois das primeiras células B-1 e torna-se a forma mais abundante de célula B no rato.

O novo estudo sugere que algo semelhante acontece nos humanos, onde as células B-1 surgem e são mais abundantes no desenvolvimento precoce, acrescenta.

Estas células podem ajudar a esculpir novos tecidos à medida que se formam num ser humano em desenvolvimento, sustenta Teichmann.

“Quando se pensa no desenvolvimento fetal, em geral, há uma remodelação grande de tecidos que acontece constantemente”, indica Baumgarth.

Por exemplo, os humanos desenvolvem inicialmente teias entre os dedos, mas estas teias são aparadas de volta antes do nascimento.

Pode ser que as células B-1 ajudem com esse corte de tecido durante o desenvolvimento, mas “isso é especulação, da minha parte“, defende.

Para além de esculpir tecidos, as células B-1 podem fornecer algum nível de proteção imunitária contra agentes patogénicos suficientemente pequenos para atravessar a barreira placentária, acrescenta Baumgarth. Mais uma vez, é apenas especulação.

O novo estudo melhora a compreensão de como as células B-1 se desenvolvem inicialmente e pode dar início a futuros estudos sobre o modo como as células funcionam mais tarde na vida, conclui Rothstein.

https://zap.aeiou.pt/celulas-imunitarias-misteriosas-encontradas-em-humanos-478850


Nem todas as mutações genéticas são más - Uma delas dá-nos super inteligência !


Quando os genes neuronais sofrem mutações, podem ocorrer doenças graves do sistema nervoso humano. Mas nem tudo são más notícias. Um novo estudo mostra efeitos positivos destas mutações.

Um estudo publicado em janeiro deste ano na revista Brain mostra que a mutação de um gene neuronal pode ter um efeito positivo: um QI extremamente elevado.

Investigadores da Universidade de Leipzig e da Universidade de Würzburg utilizaram moscas da fruta para demonstrar como, para além do efeito negativo, a mutação de um gene neuronal pode ter um efeito positivo nos humanos — inteligência extremamente elevada.

As sinapses são os pontos de contacto no cérebro através dos quais as células nervosas “falam” umas com as outras.

As perturbações nesta comunicação levam a doenças do sistema nervoso, uma vez que proteínas sinápticas alteradas, por exemplo, podem prejudicar este complexo mecanismo molecular.

A deficiência pode resultar em sintomas ligeiros, mas também em deficiências muito graves nas pessoas afetadas.

De acordo com a Phys.Org, uma publicação científica recente sobre uma mutação que danifica uma proteína sináptica despertou o interesse dos neurobiólogos Tobias Langenhan e Manfred Heckmann, das Universidades de Leipzig e Würzburg, respetivamente,

Os dois cientistas notaram que, de acordo com o estudo, os pacientes com manifestações dessa mutação tinham também uma inteligência acima da média.

“É muito raro que uma mutação leve a uma melhoria em vez de perda de função”, diz Langenhan.

Os neurobiólogos têm vindo a usar moscas da fruta para analisar funções sinápticas há muitos anos.

No seu novo estudo, Langenhan e Heckmann introduziram no gene correspondente de moscas da fruta as mutações encontradas no pacientes humanos, e usaram técnicas como a electrofisiologia para testar o que acontecia às sinapses das moscas.

“Testámos assim a ideia de que a mutação torna os pacientes mais inteligentes porque melhora a comunicação entre os neurónios que envolvem a proteína lesada”, explica Langenhan. 

“Claro que não se podem realizar estas medições nas sinapses no cérebro dos pacientes humanos. Para tal, é necessário utilizar modelos animais”, acrescenta o neurobiólogo.

Grande parte dos genes que causam doenças em humanos também existem em moscas da fruta, cujas proteínas têm também uma estrutura molecular semelhante à do Homem — o que é essencial para se estudar nas moscas as mudanças no cérebro humano.

“Estes insetos são geneticamente muito semelhantes aos humanos. Estima-se que 75% dos genes que envolvem doenças no ser humano também se encontram na mosca da fruta”, explica Langenhan.

Os neuroiólogos observaram que os animais com a mutação mostraram um aumento significativo da transmissão de informação entre sinapses.

“Este efeito surpreendente sobre as sinapses da mosca é provavelmente encontrado da mesma forma ou de forma semelhante em pacientes humanos, e poderia explicar o seu maior desempenho cognitivo“, diz Langenhan.

Os cientistas descobriram também como ocorre o aumento da transmissão nas sinapses: nas moscas com a mutação, os componentes moleculares nas células nervosas transmissoras que desencadeiam os impulsos sinápticos encontravam-se mais próximos uns dos outros.

“O nosso estudo demonstra maravilhosamente como um animal extraordinário como a mosca da fruta pode ser utilizado para obter uma compreensão muito profunda da doença cerebral humana”, conclui Langenhan

https://zap.aeiou.pt/nem-todas-as-mutacoes-geneticas-sao-mas-uma-delas-da-nos-super-inteligencia-478183



Cientistas descobrem “fósseis aquáticos” gigantes debaixo dos glaciares da Antártida !


A água em questão é também mais um perigo para o aumento do nível das águas do mar que se antecipa com as alterações climáticas.

Debaixo dos enormes glaciares da Antártida, há também uma enorme quantidade de água, de acordo com um novo estudo publicado na Science. O sistema de lençóis freáticos encontra-se em sedimentos profundos na Antártida Ocidental e é provável que tenha a consistência de uma esponja molhada composta por sedimentos porosos e água.

A descoberta revela uma parte pouco explorada da região e pode ter implicações em como o continente reage à crise climática, nota o Interesting Engineering. “As pessoas já sugeriram que podem haver lençóis freáticos profundos nestes sedimentos, mas até agora, ninguém conseguiu uma imagem detalhada”, revela a autora do estudo Chloe Gustafson, num comunicado de imprensa.

“A quantidade de lençóis freáticos que encontramos foi tão significativa que é provável que influencie processos de correntes de gelo. Agora temos de descobrir mais e entender como incorporamos isso nos modelos”, acrescenta

Este estudo também deixa alguns alertas sobre a crise climática, com os cientistas a avisarem que as bacias sedimentares estão atualmente abaixo do nível da água do mar, o que significa que se o gelo à superfície começar a regredir devido ao aquecimento global, as águas dos oceanos podem voltar a invadir os sedimentos, o que pode levar a que o nível de água aumente mundialmente.  

A equipa usou uma técnica chamada imagem magnetotelúrica para encontrar os sedimentos debaixo do gelo durante um período de seis semanas em 2018. Os cientistas depois estudaram uma área com uma largura de 97 quilómetros que pertencia à corrente Whillans Ice Stream, uma das poucas que alimenta a Ross Ice Shelf — uma das maiores do mundo.

“A Antártida tem 57 metros de potencial subida do nível das águas, por isso queremos ter a certeza de que estamos a incorporar todos os processos que controlam o fluxo de gelo do continente até aos oceanos. Os lençóis freáticos são atualmente um processo que falta nos nossos modelos do fluxo do gelo”, revela Gustafson num email enviado à CNN.

https://zap.aeiou.pt/sistema-leicois-freaticos-gigante-477772


Marte tem uma nova cratera com apenas um par de anos !

Marte é uma verdadeira caixinha de surpresas: estão sempre a acontecer mudanças no planeta devido a fatores como variações sazonais e vento. Agora, cientistas concluíram que uma nova cratera de impacto parece ter-se formado há poucos anos na superfície do Planeta Vermelho.

Os investigadores chegaram a esta conclusão depois de compararem duas imagens da região produzidas em 2018 e 2020 pela sonda Mars Reconnaissance Orbiter (MRO).

Em 2018 não havia qualquer indício de uma cratera naquela local, ao passo que a imagem de 2020, tirada a 24 de julho, revela a formação.

Para já, ainda não há dados sobre o tamanho da cratera ou detalhes sobre a sua profundidade. Segundo a equipa do instrumento High Resolution Imaging Science Experiment (HiRISE), serão essenciais imagens de acompanhamento (como a que rendeu a identificação da formação) para recolher medidas e identificar os compostos presentes, como o gelo, por exemplo.

Segundo o Universe Today, a cratera localiza-se perto do equador de Marte. Há grandes áreas cobertas por poeira em toda a região, pelo que, apesar de a fotografia mostrar algumas formações claras e brilhantes espalhadas pela cratera, é pouco provável que estas estruturas sejam formadas por gelo.

A fotografia resulta do uso de vários filtros, aplicados para destacar as formações minerais em Marte através de cores diferentes daquelas que os nossos olhos veriam.

O método torna-se necessário porque a HiRISE estuda o Planeta Vermelho num comprimento de onda diferente do espectro eletromagnético, e dá destaque às características entre diferentes materiais e texturas.

De acordo com o portal, através dos dados de instrumentos como a HiRISE, os cientistas estimam que a superfície marciana é atingida por, aproximadamente, 200 impactos por ano, sendo que a maioria deles é causada por pequenos objetos.

A Mars Reconnaissance Orbiter estuda a atmosfera e a superfície de Marte desde 2006, atuando também como uma estação de transmissão de dados para outras missões.

Recentemente, a NASA concedeu uma nova extensão à missão da MRO, que vai investigar a evolução da superfície do planeta, a sua geologia e atmosfera, entre outras características.

https://zap.aeiou.pt/nova-cratera-em-marte-2-478038


Naves espaciais enviadas da Terra podem ser um “artefacto extraterrestre” !


Apenas 5 naves espaciais da Terra estão a sair do nosso sistema solar e nenhuma está direcionada para um sistema estelar em específico. Mesmo se assim fosse, não alcançariam outro sistema estelar durante dezenas de milhares — ou centenas de milhares — de anos.

Avi Loeb, astrónomo de Harvard, defende que Oumuamua, um objeto interestelar que passou pelo nosso sistema solar em outubro de 2017, foi enviado por extraterrestres.

O astrónomo ponderou se os alienígenas criaram o nosso universo num laboratório e, no mês passado, sugeriu que o meteoro de 2014 que atingiu o Oceano Pacífico era composto por tecnologia extraterrestre.

A 27 de abril de 2022, enviou um e-mail à EarthSky com uma analogia que explicava como qualquer uma das nossas naves espaciais pode ter colidido com outro mundo, criando um “artefacto extraterrestre” para uma civilização distante.

Loeb explicou à EarthSky que o meteoro de 2014 pode ter vindo, possivelmente, de fora do nosso sistema solar, antes de aterrar no Pacífico.

O astrónomo quer criar uma equipa para procurar o que resta do meteoro, porque acredita que existe a possibilidade de ser tecnologia alienígena.

Para provar o seu ponto de vista, Loeb partilhou uma analogia — neste caso, uma história inventada — baseada em alguns factos históricos sobre o meteoro de 2014.

Utilizou o exemplo da nave espacial New Horizons da NASA, que visitou Plutão em 2015, e está agora a sair do nosso sistema solar, para descrever o que uma nave espacial terrestre pode parecer num mundo extraterrestre.

“Imaginem que a nave espacial New Horizons continua na sua viagem interestelar durante mil milhões de anos e acaba por chocar com um planeta habitável, em torno de uma estrela distante”, começa por relatar.

Até lá, seria apenas “um pedaço de lixo espacial composto por elementos pesados com uma cratera de superfície rugosa, com numerosos impactos de poeira interestelar, gás e partículas de raios cósmicos”, prossegue.

“Agora imaginem os astrónomos naquele exoplaneta a descobrir este lixo tecnológico, à medida que ele se aproxima da sua estrela-mãe, que ilumina a escuridão à sua volta. Usam o seu telescópio mais avançado para vigiar o céu em busca de objetos que possam ter impacto no seu planeta, um sistema de alerta para evitar catástrofes a partir de rochas espaciais”, continua Loeb.

“Mas este objeto não parece comportar-se como um asteroide ou cometa comum. Em particular, o objeto não tem cauda. No entanto, parece ser afastado da estrela por uma força que decresce inversamente com a distância ao quadrado, devido à pressão de radiação da estrela nas suas paredes”, sublinha o astrónomo.

“Depois de haver um debate sobre as anomalias deste objeto, um dos peritos em rochas espaciais declara: ‘Este objeto é tão estranho, que eu desejava que nunca tivesse existido'”, pressupõe.

“Outros peritos optam por escrever um artigo de revisão numa revista prestigiosa e argumentam que este deve ser um objeto natural e não há razão para suspeitar de mais nada, com base no seu vasto conhecimento sobre as rochas espaciais”, acrescenta Loeb.

“Meses mais tarde, uma equipa de outros especialistas argumenta que este objeto é uma rocha de um tipo que nunca tinham visto antes, nomeadamente um iceberg de hidrogénio, e é por isso que a cauda é invisível. Outra equipa sugere que o objeto é um conjunto de pó, empurrado pela luz. E uma terceira equipa de peritos argumenta que deve ser um iceberg de azoto, lascado da superfície de um planeta distante“.

“O consenso entre todos os peritos é que, embora o objeto esteja em rota de colisão com o seu planeta, nada deve ser feito para desviar a sua trajetória, porque todas as explicações prováveis para a sua origem implicam que o objeto arderá rapidamente na atmosfera do planeta, e nada sobreviverá para danificar a superfície”, realça.

“Os satélites governamentais mais sofisticados monitorizam o mergulho do objeto na atmosfera. Argumentam que os seus dados podem decidir qual das três explicações dos peritos é a correta, com base na rapidez com que o objeto arde”, nota Loeb.

“À medida que a New Horizons choca com a atmosfera do planeta, desafia todas as expectativas. A bola de fogo ocorre a uma altitude muito mais baixa do que o esperado”, indica o astronauta.

“A curva da luz do meteoro na atmosfera inferior implica que a composição do meteoro era muito mais dura do que uma rocha comum. A sua resistência material é muito maior do que a de qualquer meteorito pedregoso”, lê-se na analogia.

“A comunidade astronómica recusa-se a acreditar nos dados do governo, porque não incluem incertezas de medição. Estas incertezas são classificadas para fins de segurança nacional, porque os sensores utilizados para recolher os dados são classificados”, prossegue.

“Após três anos, o governo emitiu uma carta, juntamente com a curva de luz da bola de fogo, declarando que a composição do objeto é altamente invulgar. Em resposta, os peritos são amplamente citados nos jornais como dizendo que uma carta do governo não é a forma como a ciência é feita e, uma vez que os dados reais são classificados, nunca saberão o que isso significa“, continua Loeb.

“Mas um pequeno grupo de cientistas decide procurar fragmentos do meteorito no fundo do oceano, que possam ter sobrevivido à bola de fogo. Enquanto conduzem a expedição, encontram no fundo do oceano uma pequena caixa que foi presa à nave espacial New Horizons”.

“A caixa contém trinta gramas das cinzas de Clyde Tombaugh, um ‘humano’ que descobriu um planeta chamado ‘Plutão’. Concluem imediatamente que o meteoro interestelar deve ter sido uma relíquia tecnológica de uma chamada ‘civilização humana’ que o lançou, há um bilião de anos atrás”, prevê o astronauta.

“E também argumentam que esta ‘civilização humana’ não foi particularmente inteligente porque destruiu a informação genética sobre a pessoa que pretendia comemorar. O ADN de Tombaugh foi queimado em cinzas que não são diferentes das cinzas de um cigarro. Isto implica um ritual primitivo que faz pouco sentido para uma comunidade inteligente baseada na ciência”, realça Loeb.

“‘Se os humanos ainda estiverem por aí, não queremos ter nada a ver com a sua mentalidade destrutiva’, concluem eles no seu relatório. Fim da história”.

A analogia de Loeb para o meteoro interestelar de 2014 é, em parte, uma resposta para os seus críticos.

O astronauta recria a nossa própria nave espacial interestelar a alcançar outro mundo, milhares de anos depois de ser lançada. Quastiona que se isto pode acontecer em qualquer outro mundo, porque não no nosso?

“A história está baseada em factos. Quem me conhece, sabe que eu não gosto de ficção científica”, conclui Avi Loeb.

https://zap.aeiou.pt/naves-espaciais-artefacto-extraterrestre-477777


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