segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Em Dezembro poderemos ver um Fenómeno Cósmico raro

No final do ano os astrônomos esperam ver um fenômeno cósmico raro chamado de “Estrela do Natal” no céu. Será causado pelo fato de Saturno e Júpiter se aproximarem a uma distância mínima e quase colidirem para se tornarem um ponto de luz super clara.

Esses dois planetas se tornaram uma linha reta no sistema solar há algumas semanas mas no final de dezembro eles estarão lá para os observadores da Terra. Isso acontecerá no dia 21 de dezembro de 2020 no dia do solstício de inverno quando o dia é o mais curto e a noite o mais longo. Júpiter e Saturno parecerão um “planeta duplo” pela primeira vez desde a Idade Média, escreve Forbes .

“As conjunções dos dois planetas são extremamente raros mas este conjunto particular é especialmente raro porque os planetas serão muito próximos uns dos outros,” Patrick Hartigan, astrônomo da Universidade Rice, EUA disse: 

“Para observar uma conjunção mais próxima desses planetas no céu noturno teríamos que retornar em 4 de março de 1226.”

Observa-se que o fenômeno celestial incomum pode ser observado de qualquer lugar do planeta. O principal é que o céu esteja claro. A “Estrela do Natal” pode ser vista no céu ocidental cerca de uma hora após o pôr do sol quando vista do hemisfério norte.

“Na noite de sua aproximação mais próxima 21 de dezembro eles aparecerão como um planeta gêmeo separados por menos de 1/5 do diâmetro da lua cheia”, disse Hartigan. “Para a maioria dos astrônomos amadores olhando para o céu noturno através de um telescópio ambos os planetas e vários de seus maiores satélites estarão no mesmo campo de visão esta noite.”

Em dezembro, os habitantes da Terra serão capazes de ver um fenômeno cósmico raro 88
Aqueles que querem ver Júpiter e Saturno convergirem no céu o mais próximo, mas ficarão mais altos acima do horizonte terão que esperar até 15 de março de 2080 disse Hartigan. Depois disso uma configuração semelhante para este par planetário não será observada até 2400.

Astrônomos já estão preparando equipamentos para analisar em detalhes o próximo evento. Tudo é muito sério porque a segunda reaproximação entre Júpiter e Saturno não pode ser esperada.

Claro não haverá uma colisão de planetas. Você tem a impressão de que algo terrível está para acontecer no sistema solar. Os astrônomos garantiram que não há motivo para preocupação.
 
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terça-feira, 17 de novembro de 2020

Bola de fogo a grande velocidade foi observada no céu no sul de Portugal !

Bola de fogo a grande velocidade foi observada no céu no sul de Portugal

Uma bola de fogo passou na madrugada de segunda-feira pelo céu no sul de Portugal, onde a luz, provocada por um meteorito, acabou por se extinguir, de acordo com informação da agência espanhola Efe. A bola de fogo, que percorreu o sudoeste da Península Ibérica, foi observada por um projeto científico espanhol a uma velocidade de 227.000 quilómetros por hora. O acontecimento foi detetado pelos sensores do projeto SMART, do Instituto de Astrofísica da Andaluzia (IAA-CSIC), dos observatórios astronómicos de Calar Alto (Almeria), Sevilha e La Hita (Toledo). [

https://www.record.pt/multimedia/videos/detalhe/bola-de-fogo-a-grande-velocidade-foi-observada-no-ceu-no-sul-de-portugal?ref=HP_BlocodeVideos

 

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

O ruído a que somos expostos no dia-a-dia pode aumentar a probabilidade de ter Alzheimer !

Um estudo recente publicado na Associação de Alzheimer revelou que a probabilidade de desenvolver a doença aumenta em 36% quando estamos sujeitos a níveis de ruído diário dez decibéis mais elevados do que a média utilizada na investigação.


A doença de Alzheimer e outras formas de demência afetam milhões de adultos em todo o mundo e investigações realizadas anteriormente já identificaram factores de risco, como a genética, a educação e a poluição do ar. Agora, vários estudos apontam o ruído como outra influência no risco de demência.

“Continuamos nos estágios iniciais de investigação da relação entre o ruído e a demência, mas até agora os sinais sugerem que devemos prestar mais atenção à possibilidade de o ruído afetar o risco cognitivo à medida que envelhecemos”, diz Jennifer Weuve, uma das autoras do estudo, da Escola de Saúde Pública da Universidade de Boston, nos EUA.

“Se se provar que isso é verdade, podemos usar políticas e outras intervenções para reduzir os níveis de ruído experenciados por milhões de pessoas”, explicou.

Há mais de quatro décadas, a Agência de Proteção Ambiental dos EUA definiu diretrizes do nível de ruído na comunidade, mas “essas diretrizes foram definidas para proteger as pessoas contra a perda auditiva. Muitos de nossos participantes foram expostos a níveis muito mais baixos” e isso afetou a capacidade cognitiva de qualquer forma, disse Weuve.

O estudo publicado no fim de outubro incluiu 5.227 idosos que participaram no Chicago Health and Aging Project – iniciativa que acompanhou 10.802 indivíduos com 65 anos ou mais do South Side de Chicago desde a década de 1990.

Os participantes foram entrevistados e a sua função cognitiva testada em ciclos de três anos, tendo em conta a média dos níveis de ruído da vizinhança – a qual foi calculada através de um estudo da área de Chicago que reuniu amostras de ruído A-weighted (as frequências que são importantes para a audição humana) em 136 locais durante o dia.

No novo estudo, foi analisada a relação entre a função cognitiva dos participantes e os níveis de ruído do sítio onde viveram durante 10 anos. Além disso, tiveram em conta a data de nascimento, sexo, raça, nível de educação, renda familiar, consumo de álcool, tabagismo, atividade física e condição socioeconómica da zona residencial.

De acordo com a Futurity, a investigação descobriu que as pessoas que viviam em locais com 10 decibéis a mais de ruído durante o dia tinham 36% mais probabilidade de ter algum problema cognitivo leve e 30% mais probabilidade de ter Alzheimer.

O único outro factor que terá afetado a relação entre o nível de ruído e os problemas cognitivos foi o nível socioeconómico do bairro – os residentes de locais com baixo nível socioeconómico mostravam uma associação mais forte entre eles.

“Estas descobertas sugerem que nas comunidades urbanas típicas dos EUA, os níveis mais elevados de ruído podem afetar o cérebro de adultos mais velhos e dificultar o seu funcionamento sem assistência”, disse Sara D. Adar, autora do estudo e professora associada de epidemiologia na Escola de Saúde Pública da Universidade de Michigan.

Adar considera ainda que esta será uma descoberta importante, já que milhões de pessoas são afetadas por elevados níveis de ruído.

“Embora os níveis de ruído não tenham recebido muita atenção nos Estados Unidos até agora, há uma oportunidade de saúde pública aqui, visto que há intervenções que podem reduzir a exposição tanto a nível individual quanto populacional”, disse.

https://zap.aeiou.pt/ruido-aumentar-probabilidade-alzheimer-358633

Chá psicadélico da Amazónia pode estimular a formação de neurónios

A ayahuasca é usada há milhares de anos em rituais de tribos da região amazónica. Um novo estudo sugere que um dos seus componentes pode ajudar na formação de neurónios.


A ayahuasca é uma mistura de substâncias psicadélicas consumida por tribos indígenas da Amazónia há séculos. Um dos seus ingredientes é a poderosa droga dimetiltriptamina (DMT). O chá é feito com duas plantas nativas da floresta: o cipó Banisteriopsis caapi (mariri ou jagube) com as folhas do arbusto Psychotria viridis (chacrona ou rainha).

Outros estudos já apontaram alguns benefícios do consumo deste chá, nomeadamente a redução do risco de suicídio de pessoas com depressão “incurável” e ajuda no combate ao alcoolismo.

Agora, de acordo um novo estudo da Universidad Complutense de Madrid, a DMT promove a neurogénese, o processo de formação de novos neurónios. Os resultados do estudo foram publicados recentemente na revista científica Translational Psychiatry.

Aliás, não só a DMT presente no chá promove a formação de novos neurónios, como também induz a formação de outras células neurais, como astrócitos e oligodendrócitos, salienta o Tech Explorist.

“Esta capacidade de modular a plasticidade cerebral sugere que ela [DMT] tem grande potencial terapêutico para uma ampla gama de distúrbios psiquiátricos e neurológicos, incluindo doenças neurodegenerativas”, esclareceu o autor do estudo, José Ángel Morales.

“O estudo relata os resultados de quatro anos de experimentação in vitro e in vivo em ratos, demonstrando que estes apresentam uma maior capacidade cognitiva quando tratados com esta substância”, disse, por sua vez, o coautor José Antonio López.

Em doenças como Alzheimer e Parkinson, é a morte de certos tipos de neurónios que causa os sintomas. Como nem sempre o cérebro humano tem a capacidade de gerar novas células neurais, “o desafio é ativar a nossa capacidade latente de formar neurónios e, assim, substituir os que morrem”, acrescentou Morales.

Segundo o investigador, este estudo mostra que a DMT é capaz de ativar células cestaminais neurais e formar novos neurónios.

A ayahuasca é usada há milhares de anos em rituais de tribos da região amazónica, e no século passado passou a ser usada por diversos grupos religiosos, como a União do Vegetal e o Santo Daime.

https://zap.aeiou.pt/cha-psicadelico-amazonia-neuronios-358401

 

 

Técnica com cristais de zircão permite saber se vulcões adormecidos são perigosos

Um novo método permite agora estimar o volume de magma armazenado debaixo dos vulcões, fornecendo informações essenciais sobre potenciais erupções futuras.


A maioria dos vulcões ativos na Terra estão adormecidos, o que significa que não entraram em erupção durante centenas ou mesmo milhares de anos, e normalmente não são considerados perigosos para a população local. Ainda assim, uma equipa de vulcanólogos desenvolveu uma técnica que pode prever o potencial devastador dos vulcões.

Os cientistas usaram o zircão, um minúsculo cristal contido em rochas vulcânicas, para perceber o volume de magma que pode ser extraído quando o vulcão Nevado de Toluca (que se situa no México) despertar. A equipa chegou à conclusão que cerca de 350 km3 de magma estão, atualmente, debaixo do Nevado de Toluca e que a sua erupção poderia causar uma grande devastação.

O novo estudo, que descreve esta nova técnica aplicável à maioria dos vulcões em todo o mundo, foi publicado na revista científica Nature Communications em novembro.

As maiores erupções vulcânicas nos últimos 100 anos foram originadas por vulcões que não entram em erupção com frequência e, portanto, passaram ao lado do “radar” dos cientistas.

Um fator determinante para perceber o perigo dos vulcões é o volume de magma em erupção armazenado dentro de si, pois isso está relacionado com a magnitude das erupções futuras. Contudo, o magma é armazenado em profundidades inacessíveis e, até agora, não podia ser medido diretamente.

Os vulcanólogos usaram uma nova abordagem combinando geocronologia de zircão e modelagem térmica para determinar o volume de magma presente nos reservatórios vulcânicos. “O zircão é um pequeno cristal encontrado em rochas provenientes de vulcões e contém urânio e tório”, explica Gregor Weber, um dos autores do estudo.

“A decadência desses elementos radioativos permite-nos datar quando estes se cristalizaram. Além disso, o zircão só cristaliza se houver uma temperatura específica. Com esses dois parâmetros, podemos determinar a velocidade com que o magma está a arrefecer”, refere o especialista.

De acordo com o geólogo, essas informações podem ser convertidas num volume de magma através do uso de modelagem térmica.

Esta metodologia foi aplicada no vulcão mexicano Nevado de Toluca, também chamado de Xinantécatl. Os resultados foram usados ​​para determinar o tamanho máximo possível de uma futura erupção deste vulcão, que com 350 km3 poderia ter um efeito potencialmente devastador. “O vulcão pode acordar rapidamente se o magma profundo for reiniciado”, avisa Weber.

O novo método é essencial para avaliar o risco vulcânico quantitativamente, ou seja, “saber o tamanho de um reservatório vulcânico é importante para identificar vulcões com maior probabilidade de produzir uma erupção de grande magnitude no futuro. O nosso método é uma nova forma de avaliar os candidatos a essas erupções ”, explica Weber.

Esta abordagem é aplicável à maioria dos tipos de vulcões, estejam eles ativos ou adormecidos, e fornece informações valiosas sobre quais sistemas vulcânicos precisam de ser monitorizados mais de perto, diz o SciTechDaily.

https://zap.aeiou.pt/cristais-zircao-vulcoes-perigosos-358473

 

 

quinta-feira, 12 de novembro de 2020

A gravidade pode ser explicada sem a Teoria das Cordas

Uma equipa de físicos demonstrou que, sem recorrer à Teoria das Cordas, é possível explicar a gravidade, usando a mecânica quântica.

A maioria dos físicos concordou, durante várias décadas, com a ideia de que a Teoria das Cordas é o elo perdido entre a Teoria da Relatividade Geral de Einstein, que descreve as leis da natureza em maior escala, e a mecânica quântica, que os descreve em menor escala.

Agora, uma equipa de físicos da Radboud University, nos Países Baixos, sugere que a Teoria das Cordas não é a única teoria capaz de formar essa ligação. Afinal, é possível construir uma Teoria da Gravidade Quântica que obedeça a todas as leis fundamentais da física, sem cordas. O artigo científico foi publicado na Physical Review Letters.

Embora a Teoria da Relatividade Geral e a mecânica quântica tenham permitido explicar todos os fenómenos físicos fundamentais observados, a verdade é que as teorias se contradizem. Segundo o IFL Science, os físicos têm muitas dificuldades em conciliar as duas teorias para explicar a gravidade nas escalas maior e menor.

De acordo com a Teoria das Cordas, tudo à nossa volta não é feito de partículas pontuais, mas sim de cordas: objetos unidimensionais que vibram. A teoria tem sido o arcabouço teórico mais difundido para completar a Teoria da Relatividade Geral de Einstein.

No entanto, a equipa da universidade holandesa mostrou que a Teoria das Cordas não é a única maneira de o fazer: “Provamos que ainda é possível explicar a gravidade usando a mecânica quântica sem usar as leis da Teoria das Cordas”, explicou o físico teórico Frank Saueressig.

No fundo, a ideia de que tudo consiste em partículas pontuais “poderia caber com a gravidade quântica, sem incluir cordas”, disse Saueressig. Esta teoria alternativa é atraente para os cientistas “porque é extremamente difícil conectar a Teoria das Cordas com experiências”.

“A nossa ideia usa princípios físicos que já foram testados experimentalmente. Por outras palavras, ninguém observou cordas em experiências, mas as pessoas vêem partículas nas experiências levadas a cabo no Large Hadron Collider (LHC) do CERN. Isso permite-nos preencher a lacuna”, acrescentou.

No futuro, a equipa vai aplicar a nova teoria aos buracos negros, numa tentativa de entender as suas implicações para estes enigmas cósmicos.

https://zap.aeiou.pt/gravidade-sem-teoria-das-cordas-358900

 

Novo modelo mostra onde encontrar exoplanetas usando apenas 4 variáveis

Um novo modelo mostra aos astrónomos onde procurar por exoplanetas usando apenas quatro simples variáveis. Os investigadores dizem que o modelo já está a guiar a procura por mundos ocultos.


A apenas 12 anos-luz da Terra, Tau Ceti é a estrela mais próxima semelhante ao Sol e a favorita de todos os tempos nas histórias de ficção científica. Mundos habitáveis a orbitar Tau Ceti eram destinos de naves fictícias como Nauvoo de The Expanse e a nave de Barbarella.

O capitão Picard de Star Trek também frequentava um bar exótico no sistema. Agora, graças a uma nova abordagem para analisar sistemas planetários próximos, os cientistas têm uma compreensão mais profunda dos mundos reais que orbitam Tau Ceti e muitas outras estrelas próximas.

Exoplanetas – mundos ao redor de outras estrelas – há muito tempo são a base da ficção científica, mas permaneciam inacessíveis a investigações científicas. Tudo isto mudou na última década, quando os telescópios espaciais de caçadores de exoplanetas Kepler e TESS da NASA adicionaram milhares de novos planetas à pequena contagem de mundos alienígenas.

Astrofísicos e investigadores de exoplanetas do Observatório e Laboratório Lunar e Planetário da Universidade do Arizona, e membros da rede de coordenação de pesquisa de exoplanetas NExSS da NASA, há muito que se fascinam pelos segredos que os sistemas planetários inexplorados podem esconder.

Agora, desenvolveram uma nova maneira de saber se existem planetas ainda não descobertos nestes sistemas. Os cientistas perceberam que, combinando o que se sabe sobre um determinado sistema planetário com regras estatísticas simples, pode-se prever onde os planetas ainda não detetados podem residir e quão grandes podem ser.

A nova análise pode guiar descobertas de novos planetas, ajudar a completar mapas de sistemas planetários na vizinhança solar e informar investigações futuras por vida.

O modelo Dinamite

O modelo foi apelidado de “Dinamite” e combina quatro ingredientes para prever mundos ocultos. Primeiro, o Dinamite considera as localizações e tamanhos de todos os planetas atualmente conhecidos num determinado sistema. Regra geral, quanto mais planetas forem conhecidos no sistema, mais fácil será prever se algum está a faltar.

A segunda consideração é saber que os planetas têm maior probabilidade de estar mais próximos da estrela do que mais distantes. Dinamite usa uma descrição matemática – construída através de estudos estatísticos de milhares de exoplanetas conhecidos – de quão longe os seus planetas estelares podem estar.

Embora os planetas provavelmente estejam mais próximos das suas estrelas hospedeiras, eles não podem estar todos juntos. Todos os planetas atraem-se por meio da gravidade, que é muito mais forte quando os planetas estão mais próximos.

Assim, os planetas que estão muito próximos vão distorcer as órbitas uns dos outros, muitas vezes levando a interações caóticas e até mesmo a ejeção de um dos planetas dos seus sistemas de nascimento. Este critério de estabilidade é o terceiro elemento importante que o Dinamite usa para prever a arquitetura do sistema planetário.

O quarto componente é um padrão matemático no comprimento das órbitas de planetas adjacentes. Juntando tudo, Dinamite tenta construir modelos de sistemas planetários que são semelhantes aos sistemas planetários reais, com uma coleção compacta e estável de planetas a orbitar as suas estrelas hospedeiras.

Para testar o Dinamite, os cientistas deram alguns sistemas multiplanetários conhecidos com uma pequena diferença: em cada sistema, esconderam um ou dois dos planetas conhecidos do algoritmo.

Nos casos testados, o Dinamite previu com sucesso se um ou dois planetas estavam a faltar e onde esses planetas poderiam estar, e conseguiu até mesmo adivinhar os seus tamanhos corretamente.

De momento, o Dinamite pode ser testado apenas em sistemas com órbitas planetárias semelhantes à da Terra ou menores. Isto acontece porque não há dados sobre os sistemas planetários externos. Mais dados vão permitir que as quatro regras do Dinamite para a construção de um sistema planetário sejam refinadas e as suas previsões melhoradas.

Ainda assim, as previsões para mais de 50 sistemas planetários parcialmente explorados, descobertos pelo telescópio espacial TESS da NASA, já estão a guiar a procura por mundos ocultos.

À procura por vida em sistemas próximos

Os planetas mais empolgantes para prever e caçar serão os mais próximos de nós – os mundos que provavelmente visaremos em futuras buscas por assinaturas de vida extraterrestre.

Num novo estudo publicado recentemente na revista científica Earth and Planetary Astrophysics, os cientistas aplicaram o Dinamite ao sistema Tau Ceti parcialmente explorado, onde quatro planetas já são conhecidos. Sinais fracos indicando a presença potencial de vários outros candidatos a planetas também foram relatados, mas a sua presença não foi verificada.

Com base neste novo modelo, os investigadores preveem que três dos candidatos a planetas são planetas reais. Além disso, preveem que existe outro mundo, ainda invisível. Este novo planeta, a que chamaram de Tau Ceti PxP-4, é particularmente entusiasmante porque está dentro da zona temperada de Tau Ceti – a região ao redor da estrela onde um planeta semelhante à Terra seria habitável.

A análise mostra que PxP-4 pode ser um planeta gasoso, semelhante ao nosso Neptuno, mas menor e mais quente. Os cientistas descobriram, no entanto, que PxP-4 é mais provável que seja um planeta rochoso, embora maior que a Terra.

Este mundo pode ser detetado nos próximos anos com os mais novos instrumentos de caça a planetas e, se confirmado, seria um alvo principal para futuras buscas de vida. E, talvez, um dia no futuro distante, o PxP-4 de Tau Ceti possa até ser o lar de um bar exótico popular entre os oficiais da Starfleet.

https://zap.aeiou.pt/novo-modelo-encontrar-exoplanetas-358419

 

Meteorito sugere que Marte tinha água antes de haver vida na Terra

O meteorito NWA 7533

Um novo estudo sugere que a água estava presente no Planeta Vermelho há cerca de 4,4 mil milhões de anos, muito antes do que se pensava.

De acordo com o site Science Alert, os cientistas chegaram a esta conclusão com base numa análise do meteorito NWA 7533, encontrado no Deserto do Saara, em África, e que se acredita ter sido originado em Marte.

A oxidação de certos minerais no seu interior sugere a presença de água. Com certos fragmentos dentro deste meteorito – apelidado de “Beleza Negra” devido à sua cor – que datam de há 4,4 mil milhões de anos, este é o registo mais antigo do Planeta Vermelho.

“As rochas fragmentadas no meteorito são formadas a partir do magma e são comummente causadas por impactos e oxidação. Esta oxidação poderia ter ocorrido se houvesse água sobre ou dentro da crosta marciana, há 4,4 mil milhões de anos, durante um impacto que derreteu parte da crosta”, explica Takashi Mikouchi, cientista planetário da Universidade de Tóquio, no Japão, e um dos autores do estudo publicado, a 30 de outubro, na revista científica Science Advances.

Estas descobertas podem atrasar a data estimada da formação de água em Marte em cerca de 700 milhões de anos, pois pensava-se que esta tinha ocorrido há 3,7 mil milhões de anos.

As descobertas desta equipa também sugerem que a composição química da atmosfera marciana nesta altura – incluindo altos níveis de hidrogénio – poderia ter tornado Marte quente o suficiente para que a água derretesse e existisse vida, mesmo sabendo que o Sol era mais jovem e mais fraco durante este período.

“A nossa análise sugere que tal impacto teria libertado muito hidrogénio, o que teria contribuído para o aquecimento planetário numa época em que Marte já tinha uma espessa atmosfera isolante de dióxido de carbono”, acrescenta Mikouchi.

https://zap.aeiou.pt/meteorito-nwa-7533-marte-agua-358404

 

Microdispositivo liberta medicamento no intestino gradualmente

Pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, criaram um dispositivo minúsculo capaz de entregar medicamentos de liberação prolongada no intestino, de maneira bastante eficiente. A novidade foi apresentada em um artigo publicado na revista Science Advances, no último dia 28 de outubro.

Chamado “Theragripper”, o microdispositivo tem formato de estrela e possui a capacidade de se prender à mucosa intestinal, possibilitando a liberação gradual de remédios no organismo. Ele foi inspirado em um verme parasita conhecido por cravar seus dentes no intestino do hospedeiro, tendo tal comportamento reproduzido pelos cientistas.

Feito de metal e um filme fino que muda de forma, o theragripper possui o tamanho aproximado de uma partícula de poeira e pode transportar qualquer tipo de medicamento. A liberação da droga carregada por ele acontece quando o revestimento com cera de parafina, presente em suas garras, atinge a temperatura ideal dentro do corpo.

Theragripper aberto e fechado. (Fonte: Universidade Johns Hopkins/Divulgação)
Theragripper aberto e fechado. (Fonte: Universidade Johns Hopkins/Divulgação)

Acionado pelo calor corporal, o dispositivo se fecha e se fixa na parede do cólon, liberando a carga de remédio de maneira prolongada, o que pode ser bastante eficiente para diferentes tipos de tratamentos médicos. Eventualmente, ele pode se desprender da mucosa, sendo eliminado pela função muscular gastrointestinal normal.

A importância da liberação gradual de medicamentos

Descobrir métodos para liberar um remédio de forma gradual ou prolongada no intestino é algo que a medicina procura há tempos, pois as drogas costumam ser eliminadas antes de serem completamente utilizadas.

“A constrição normal e o relaxamento dos músculos do trato gastrointestinal tornam impossível que os medicamentos de liberação prolongada fiquem no intestino por tempo suficiente para que o paciente receba a dose completa”, explicou o gastroenterologista e diretor do Centro de Doenças Inflamatórias Intestinais da Universidade Johns Hopkins Florin M. Selaru, um dos líderes da pesquisa.

Neste cotonete, há dezenas de theragrippers. (Fonte: Universidade Johns Hopkins/Divulgação)
Neste cotonete, há dezenas de theragrippers. (Fonte: Universidade Johns Hopkins/Divulgação)

No estudo, que também teve a liderança do professor da Escola de Engenharia da instituição David Gracias, os theragrippers foram testados em animais, carregando uma carga de analgésico nas garras. Aqueles tratados com os microdispositivos apresentaram maiores concentrações da droga, em comparação com o grupo de controle.

De acordo com os pesquisadores, a medicação permaneceu no organismo deles por 12 horas, enquanto nos demais ela durou apenas duas horas.

https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116723-microdispositivo-libera-medicamento-no-intestino-gradualmente.htm

 
 

 

Bactéria da Terra sobrevive por mais de um ano no espaço

Quem já assistiu ao filme Vida (2017) sabe que um organismo precisaria de características específicas para sobreviver no espaço. Porém, longe da ficção, no ano de 2015, a bactéria Deinococcus radiodurans conquistou esse feito e passou um ano inteiro do lado de fora da Estação Espacial Internacional. Entenda:

Sobrevivendo no espaço

Sobreviver no espaço, mesmo que no módulo pressurizado da Estação Espacial Internacional (ISS), é um grande desafio, visto que a estadia fora da Terra pode modificar DNAs, micróbios intestinais e impulsionar a perda de densidade óssea. 

Isso quer dizer que resistir fora do módulo pressurizado é praticamente impossível, pois ameaças como a radiação ultravioleta e as grandes flutuações de temperatura são constantes. 

Contudo, durante um experimento realizado em 2015, a bactéria Deinococcus radiodurans sobreviveu do lado de fora da ISS por mais de um ano e voltou para a Terra viva e bem-humorada.

Deinococcus radiodurans sobreviveu a um ano no espaço
Deinococcus radiodurans sobreviveu a um ano no espaço. (Fonte: Tetyana Milojevic)

O experimento

A pesquisa “Molecular repertoire of Deinococcus radiodurans after 1 year of exposure outside the International Space Station within the Tanpopo mission”, publicada no periódico Microbiome em 2020, buscava entender se bactérias poderiam sobreviver em outros planetas, já que nós, seres humanos, pretendemos viajar cada vez mais longe no Sistema Solar.

Para isso, as células bacterianas foram desidratadas e colocadas na “Exposed Facility”, uma plataforma continuamente exposta ao ambiente espacial. Neste caso, as células estavam atrás de uma janela de vidro que bloqueava a luz ultravioleta em comprimentos de onda inferiores a 190 nanômetros. 

A volta da bactéria Deinococcus para a Terra

Depois de um ano no espaço, os micróbios voltaram à Terra e foram comparados com bactérias de controle, que passaram o mesmo período no nosso planeta. 

A taxa de sobrevivência foi muito menor para as bactérias que estiveram no espaço em comparação com a versão de controle, mas as que sobreviveram pareciam estar bem, mesmo que tivessem se tornado um pouco diferentes de suas irmãs terrestres. 

A equipe descobriu que as bactérias que ficaram no espaço estavam cobertas por pequenas vesículas na superfície, uma série de mecanismos de reparo foram acionados e algumas proteínas e mRNAs se tornaram mais abundantes. 

Os pesquisadores não sabem exatamente porque as vesículas se formaram, entretanto, defendem que as bactérias sobreviveram ao espaço graças ao seu sistema de resposta molecular eficiente.

https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116717-bacteria-da-terra-sobrevive-por-mais-de-um-ano-no-espaco.htm

sábado, 7 de novembro de 2020

Cientistas esmiúçam o estranho K2-141b - Ventos supersónicos, chuvas rochosas e um mar de lava !

Recorrendo a simulações computorizadas, uma equipa de cientistas fez uma série de previsões sobre o exoplaneta K2-141b, sugerindo que este é mundo estranho e extremo, onde existem ventos supersónicos e chuvas rochosas.

De acordo com a nova investigação, cujos resultados foram recentemente publicados na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, este é um mundo extremo de evaporação e precipitação de rochas, com ventos supersónicos que ultrapassam os 5000 quilómetros por hora e um oceano de lava com 100 quilómetros de profundidade.

Em comunicado, os cientistas explicam que as suas previsões apontam que este mundo tem uma dimensão semelhante à Terra, bem como uma superfície. Além disso, tem também um oceano e uma atmosfera compostos pelo mesmo ingrediente: rochas.

O clima extremo previsto pelas simulações computorizadas pode mudar de forma permanente a superfície e a atmosfera deste exoplaneta ao longo do tempo.

“Este estudo é o primeiro a fazer previsões sobre as condições meteorológicas no K2-141b que podem ser detetadas a centenas de anos-luz com telescópios de próxima geração, como o Telescópio Espacial James Webb”, disse o autor principal do estudo, Giang Nguyen, um estudante da Universidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos, que trabalhou sob a supervisão do professor Nicolas Cowan, da Universidade de McGil, no Canadá.

Analisando os padrões de iluminação do exoplaneta, os cientistas descobriram que cerca de dois terço deste mundo têm sempre luz, ao contrário do que acontece nos hemisférios da Terra. O K2-141b pertence a um subconjunto de planetas rochosos que orbitam muito perto da sua estrela e esta proximidade mantém o exoplaneta gravitacionalmente “fixado” numa posição,ou seja, há um mesmo lado que está sempre virado para a estrela.

O lado noturno atinge temperaturas abaixo de -200 graus Celsius, enquanto o lado diurno do planeta tem temperaturas estimadas em cerca de 3.000 graus Celsius – é quente o suficiente não só para derreter rochas, mas também para vaporizá-las, criando eventualmente uma fina atmosfera em algumas áreas do planeta.

“A nossa descoberta significa muito provavelmente que a atmosfera se estende um pouco para lá do oceano de magma, facilitando a localização com telescópios espaciais”, disse Cowan, professor do Departamento de Ciências da Terra e Planetárias em McGill.

Chovem “rochas” no K2-141b

De acordo com os cientistas, a atmosfera de vapor de rocha criada pelo calor extremo deste exoplaneta sofre precipitação, à semelhança do que acontece com o ciclo da água na Terra, onde a água evapora, sobe para a atmosfera, condensa e cai sob a forma de chuva.

O mesmo acontece com o sódio, o monóxido de silício e o dióxido de silício em K2-141b. Na Terra, a chuva voltas aos oceanos, onde se evaporará mais uma vez e o ciclo da água se repetirá. Já neste exoplaneta, o o vapor mineral formado pela rocha evaporada é conduzido para o lado gelado da noite por ventos supersónicos e as rochas “chovem” de volta para um oceano de magma. As correntes resultantes fluem novamente para o lado diurno e quente do exoplaneta, onde a rocha acaba por evaporar mais uma vez.

“Todos os planetas rochosos, incluindo a Terra, começaram como mundos derretidos, mas depois arrefecem e solidificam rapidamente. Os planetas de lava dão-nos um raro vislumbre desta fase da da evolução planetária”, rematou Cowan.

Os próximos passos passaram por confirmar estas previsões: dados do Telescópio Espacial Spitzer devem ajudar a confirmar as temperaturas diurnas e noturna do planeta e o Telescópio Espacial James Webb, que deverá ser lançado em meados de 2021, deverá trazer mais informações sobre a atmosfera deste mundo.

https://zap.aeiou.pt/cientistas-esmiucam-estranho-k2-141b-357584

 

Tecido do olho humano parece ser resistente ao SARS-CoV-2

Há uma parte do olho humano que parece ser resistente ao SARS-CoV-2, o novo coronavírus que origina a covid-19, sugerem resultados preliminares de uma investigação levada a cabo por universidades norte-americanas. 


De acordo com o novo estudo, cujos resultados foram publicados na revista Cell, a córnea do olho humano – a cúpula transparente na frete do olho, que cobre a íris e a pupila – demonstrou ser resistente à infeção pelo novo coronavírus em procedimentos laboratoriais.

Os resultados, ainda que preliminares, dão alguma esperança ao combate à covid-19, uma vez que os olhos são umas das principais vias de contaminação por SARS-CoV-2, mas é importante não partir já para generalizações.

“As nossas descobertas não provam que todas as córneas são resistentes“, disse o autor principal do estudo, Jonathan J. Miner, citado pelo portal Science Alert.

“Mas cada córnea de dador que testamos mostrou-se resistente ao novo coronavírus. Ainda que seja possível que um subconjuntos de pessoas possa ter córneas que suportam o crescimento do vírus, nenhuma das que testamos suportou o crescimento de SARS-CoV-2”.

Para o procedimento experimental, os cientistas utilizaram tecido da córnea de 25 doadores humanos, bem como córneas de cobaias, os chamados “ratinhos de laboratório”.

Todos os tecidos foram expostos a três vírus – o SARS-CoV-2, o Zika e vírus herpes simplex 1 (HSV-1, que produz herpes labial) – de forma individualizada.

Nos tecidos humanos, que também continham algumas partes da conjuntiva, a membrana que cobre o resto da parte frontal do olho, o Zika e o vírus do herpes foram capazes de se replicar nos tecidos, mas não houve sinais de replicação do novo coronavírus.

“Sabe-se que a córnea e a conjuntiva têm recetores para o novo coronavírus, mas nas nossas investigações, descobrimos que o vírus não se replica na córnea”, disse o oftalmologista Rajendra S. Apte, também envolvido no novo estudo. “Os nossos dados sugerem que o novo coronavírus parece não ser capaz de penetrar na córnea“.

Os cientistas não sabem ainda como é que este tecido humano foi capaz de travar a replicação do novo coronavírus neste estudo, frisando ser necessário levar a cabo mais estudos para confirmar as descobertas. Ou seja, para já, todas as pessoas devem continuar a proteger os seus olhos de eventuais situações de risco.

É importante respeitar o que este vírus é capaz de fazer e tomar as precauções adequadas (…) Podemos aprender que coberturas para os olhos não são necessárias para proteger contra infeções na comunidade em geral, mas os nosso estudos são apenas o começo”, rematou Miner, alertando a população.

https://zap.aeiou.pt/encontrado-tecido-no-olho-humano-parece-resistente-ao-sars-cov-2-357638

 

A Terra pulsa repetidamente a cada 26 segundos e não se sabe porquê !

A Terra pulsa repetidamente a cada 26 segundos e não sabemos o porquê

Nosso planeta pulsa e a ciência não tem uma explicação convincente sobre porque ou como isso acontece.

Os cientistas sabem há muito tempo que nosso planeta pulsa a cada 26 segundos, mas nas não conseguiram entender o porquê disso. A pulsação tem sido estudada detalhadamente nas últimas décadas, mas até o momento os motivos de sua ocorrência não foram explicados. Alguns pesquisadores acreditam que a pulsação pode significar uma mudança iminente nos pólos magnéticos da Terra.

Claro, essa pulsação não pode ser sentida pelos sentidos humanos normais, nem é poderosa o suficiente para sacudir o solo da mesma forma que sentimos os terremotos. No entanto, a cada 26 segundos, sismólogos de todo o mundo monitoram um pequeno pulso em seus detectores, uma ocorrência que ainda não foi explicada pela ciência.

Estudos sobre o assunto

O primeiro a registrar o pulso estranho da Terra foi o geólogo Jack Oliver no início dos anos 1960, quando um cientista ouviu um barulho estranho enquanto trabalhava no Observatório Geológico da Universidade de Columbia. Desde então, os pesquisadores ouvem essa pulsação, tentando entender sua origem.

Jack Oliver não tinha a tecnologia necessária para monitorar com precisão essas pulsações nos anos 60. Seus recursos não permitiam que ele tivesse acesso a sismômetros digitais, mas, em vez disso, todos os seus dados consistiam em registros em papel e muitas questões insolúveis. Sua descoberta foi deixada sem vigilância e as pesquisas sobre o assunto demoraram várias décadas para começar.

Avançamos até 2005, quando pesquisadores da Universidade do Colorado começaram a questionar os sinais inexplicáveis ​​que estavam recebendo em seus dados sísmicos. Apesar de suas tentativas para encontrarem uma resposta, o mistério permaneceu sem solução. Eles até redigiram um relatório detalhado com base em seus estudos e no trabalho de Jack Oliver que conseguiram adquirir. Se você estiver interessado, pode ler o relatório (em inglês) AQUI.

Limitando as possíveis localizações do pulso da Terra

Seis anos depois, em 2011, Garrett Euler, um estudante da Universidade de Washington em St. Louis, conseguiu restringir a localização do pulso do planeta Terra a um lugar chamado Bight of Bonny no Golfo da Guiné.

Além disso, sua hipótese subsequente sugere que a plataforma continental sob os oceanos do mundo funciona como uma quebra ondas gigante. Isso ocorre na borda da mesa continental da América do Norte, onde a parte mais alta do prato se transforma abruptamente em um profundo abismo. Quando as ondas estão neste lugar, a mesma pulsação é formada.

Outros pesquisadores acreditam que a causa da pulsação pode ser um vulcão ativo que está muito perto do ponto crítico. Esta teoria foi sugerida porque a origem do pulso está localizada perto de um vulcão na ilha de São Tomé, na Baía de Bonny.

Qualquer que seja a causa real, há outra questão importante a ser respondida. Vulcões e plataformas continentais existem em todos os cantos do mundo, mas nenhum mostrou sinais ou atividades semelhantes no passado. Com isso dito, por que exatamente essas pulsações estão ocorrendo?

https://www.ovnihoje.com/2020/11/07/a-terra-pulsa-repetidamente-a-cada-26-segundos-e-nao-sabemos-o-porque/

 

 

sexta-feira, 6 de novembro de 2020

O maior icebergue do mundo ameaça chocar com a Geórgia do Sul !

O maior icebergue do mundo ameaça o ecossistema da ilha da Geórgia do Sul, casa de muitos pinguins e focas e considerada um refúgio de vida selvagem.

Em causa está o icebergue A68a, que tem 4.200 quilómetros quadrados de gelo flutuante.

Em declarações à emissora britânica BBC, especialistas alertam que este corpo gigante de gelo pode encalhar na costa da Geórgia do Sul, ameaçando todo o ecossistema: as rotas habituais de alimentação podem ser bloqueadas e os vários espécimes que lá habitam podem não conseguir alimentar adequadamente as suas crias.

“Os ecossistemas podem e vão recuperar-se, é claro, mas há o perigo de que, se este icebergue ficar preso, possa ficar assim durante 10 anos (…) E isso faria uma enorme diferença, não só para o ecossistema, mas também para a economia da Geórgia do Sul”, afirmou o professor Geraint Tarling, do British Antarctic Survey (BAS).

A Geórgia do Sul, Território Britânico Ultramarino, é uma espécie de “cemitério” para os maiores icebergues da Antártida, segundo escreve a agência Europa Press.

Neste momento, o A68a está a atravessar o chamado “beco do icebergue”, localizando-se a apenas algumas centenas de quilómetros a sudoeste da ilha. Há grandes possibilidades de seguir a sua rota, flutuando até à costa da ilha antes de ficar preso no fundo do mar.

“Um icebergue próximo tem implicações enormes relativamente à área onde os predadores terrestres se podem alimentar (…) Quando falamos de pinguins e focas, num período realmente crucial para estes animais como é a criação dos seus filhotes, a distância que precisam percorrer para encontrar comida é realmente importante“, disse Tarling.

Se tiverem de fazer um grande desvio, isto significa que podem não consegui voltar para as suas crias a tempo de impedir que morram de fome durante o compasso de espera.

Imagens de satélite captadas recentemente sugerem que o A68a está numa rota de colisão direta em direção à Geórgia do Sul, mas o icebergue ainda pode escapar.

Tudo é possível, segundo Peter Fretwell, especialista em mapeamento remoto.

“As correntes devem levá-lo no que parece ser um estranho loop em torno da ponta sul da Geórgia do Sul, antes de virar ao longo da borda da plataforma continental e voltar para noroeste. Mas é muito difícil dizer exatamente o que vai acontecer“, explicou.

https://zap.aeiou.pt/maior-icebergue-do-mundo-ameaca-ecossistema-da-georgia-do-sul-357615

 

Já houve vida na gigante cratera do asteróide que dizimou os dinossauros

Uma nova investigação liderada pelo geólogo David Kring, do Instituto Lunar e Planetário de Houston, nos Estados Unidos, encontrou evidências de que o sistema hidrotermal da cratera Chicxulub, formada pelo asteróide que dizimou os dinossauros, já abrigou um ecossistema subterrâneo.

De acordo com os cientistas, o sistema hidrotermal da cratera, formada há 65 milhões de anos depois do impacto do asteróide na Península de Yucatán, no México, já teve vida.

Durante uma expedição à cratera, os cientistas extraíram cerca de 15.000 quilogramas de rochas das suas profundezas, nas quais detetaram pequenas esferas minerais de pirite.

A análise de isótopos de enxofre no mineral mostrou que as esferas eram formadas por colónias de microrganismos termófilos, que se alimentavam das reações químicas que ocorriam na rocha devido ao sistema hidrotermal gerado pelo impacto.

Por sua vez, explicam os cientistas em comunicado, estes micróbios subterrâneos aproveitaram o sulfato presente nos fluidos hidrotermais que passavam através das rochas, convertendo-se em enxofre, que se conservou como pirite.

As descobertas destes organismos reforçam a hipótese de que a vida na Terra pode ter sido fruto do bombardeamento de asteróides e cometas durante o Hadeano.

Segundo esta teoria, alguns asteróides e cometas que colidiram com a Terra durante este período geológico, há cerca de 4 mil milhões de anos, produziram vários sistemas hidrotermais subterrâneos, potencias habitats para a evolução precoce da vida.

A nova descoberta é um marco importante e sugere que as áreas de impacto durante o Hadeano poderiam ter abrigado sistemas semelhantes que proporcionaram nichos para a evolução precoce da vida no nosso planeta”, escreveram os cientistas, que publicaram os resultados da investigação na revista cientifica especializada Astrobiology.

Apesar dos resultados, os cientistas frisam que precisam ainda de mais evidências fósseis e de uma maior compreensão sobre as possíveis fontes de energia para os organismos durante o Hadeano para dar ainda mais força à teoria.

Com cerca de 180 quilómetros de diâmetro, a cratera de Chicxulub é considerada a estrutura de impacto melhor conservada da Terra. O seu sistema hidrotermal é nove vezes maior do que a caldeira do supervulcão Yellowstone, localizado nos Estados Unidos

https://zap.aeiou.pt/ja-houve-vida-na-gigante-cratera-do-asteroide-dizimou-os-dinossauros-357364

 

NASA encontra fonte de misteriosos sinais de rádio vindos do espaço

NASA encontra fonte de misteriosos sinais de rádio vindos do espaço
NASA encontra fonte de misteriosos sinais de rádio vindos do espaço

Os misteriosos sinais vindos do espaço, conhecidos como Rajadas Rápida de Rádio (de sigla em inglês FRB), são muito intrigantes – ninguém tem certeza de como elas são criados, quase todas vêm de fora de nossa galáxia, e sua frequência varia de uma rajada única a algumas em uma programação regular. É por isso que os astrônomos ficaram especialmente entusiasmados com a primeira a ser descoberto na Via Láctea, emocionados por ela estar relativamente perto da Terra e perplexos com o que parece ser sua causa – um magnetar ou estrela morta que ainda é bastante magnética.

A NASA tem se concentrado na FRB200428 e em seu magnetar hospedeiro, SGR J1935 + 2154, então, com o anúncio de que as rajadas estão voltando – tornando-se uma repetidora – a NASA formalizou sua localização exata e distribuiu elogios ao seu equipamento espacial e projetos responsáveis ​​pela descoberta.

Um projeto financiado pela NASA chamado Survey for Transient Astronomical Radio Emission 2 (STARE2) também detectou a rajada de rádio vista pelo CHIME. Composto por um trio de detectores na Califórnia e em Utah e operado pela Caltech e o Jet Propulsion Laboratory da NASA (JPL) no sul da Califórnia, o STARE 2 é liderado por Bochenek, Shri Kulkarni no Caltech e Konstantin Belov no JPL. Eles determinaram que a energia da explosão era comparável às FRBs.

Os astrônomos estavam cientes da existência do magnetar localizado na constelação de Vulpecula e o monitoraram em abril de 2020 por causa de uma tempestade incomum de raios-X que “durou horas” – tempo suficiente para ser observado pelo Swift, da NASA, o Telescópio Espacial Fermi Gamma-ray e o telescópio de raios-X da estrela Neutron Interior Composition Explorer (NICER) da NASA na Estação Espacial Internacional. Depois que ele saiu do campo de visão desses telescópios, uma breve explosão de rádio, durando apenas um milésimo de segundo, foi detectada pelo CHIME (experimento canadense de mapeamento de intensidade de hidrogênio) e pelo STARE2. Outras pesquisas ligaram a FRB ao magnetar, tornando esta a primeira prova de que essas estranhas estrelas magnéticas mortas podem criar FRBs, o que digno de dois artigos na edição atual da revista Nature.

A segunda FRB da FRB200428 foi postada no quadro de avisos dos astrônomos “The Astronomer’s Telegram” em 8 de outubro. Os cientistas ainda estão estudando essas três novas explosões e não fizeram nenhum anúncio formal até o momento desta redação. No entanto, está claro que as FRBs são um tema quente e a NASA gosta de receber todo o crédito que pode por suas descobertas.

A FRB200428 do magnetar SGR J1935 + 2154 na Via Láctea provavelmente não está sendo enviado por uma civilização alienígena, mas com tantos telescópios e equipes monitorando-os, a NASA e as outras agências espaciais obviamente pensam que isto se trata de muito algo grande.

https://www.ovnihoje.com/2020/11/06/nasa-encontra-fonte-de-misteriosos-sinais-de-radio-vindos-do-espaco/

 

 

Sol novamente apresentando manchas

Após diversos meses sem apresentar qualquer atividade expressiva, finalmente o Sol mudou de feição. Duas novas manchas solares, uma delas de grande tamanho, estão cravadas em suas superfície e podem produzir ejeções de massa coronal há muito desaparecidas. Acompanhe!

Observação da região ativa AR2781. A feição mede cerca de 450 milionésimos do disco estelar, equivalente a 1,36 bilhão de quilômetros quadrados.
Observação da região ativa AR2781. A feição mede cerca de 450 milionésimos do disco estelar, equivalente a 1,36 bilhão de quilômetros quadrados.

Nos últimos dias, duas regiões ativas passaram a ser observadas na fotosfera solar. A maior delas, batizada de AR2781, mede cerca de 450 milionésimos do disco estelar, o equivalente a 1,36 bilhão de quilômetros quadrados.

De acordo com dados do Centro de Previsão de Clima Espacial dos EUA, SWPC, o grupo AR2781 apresenta configuração magnética do tipo BETA, quando os campos magnéticos negativos e positivos estão presentes mutuamente, mas separados por um simples divisão tênue entre as polaridades.

Esse tipo de região ativa normalmente não apresenta grandes instabilidades, mas devido ao seu grande tamanho é possível que evolua magneticamente, podendo chegar ao tipo Beta-Gama, com campo magnético bipolar. Nesse tipo de grupo a dinâmica é tão complexa que é impossível observar linhas de fluxo conectando duas manchas de polaridade oposta.


IMPORTANTE
 

Atualmente, AR2781 já pode ser vista sem o uso de telescópios ou binóculos, mas sua observação exige o uso de óculos especiais, dotados de filtro do tipo Baader e capazes de atenuar em 99,9% o brilho da estrela. Na falta desse tipo de óculos, muito comum em países desenvolvidos, pode-se utilizar o tradicional de óculos de soldador número 14, embora a qualidade óptica não seja das melhores.

AR2781 se encontra no hemisfério Sul da fotosfera e deverá permanecer no campo de visão da Terra pelos próximos dias.

https://www.apolo11.com/noticias.php?t=O_Sol_esta_manchado_de_novo_finalmente!&id=20201106-094151

 

 

quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Diamantes sustentáveis desenvolvidos em laboratório - São feitos a partir do céu !

A empresa britânica Ecotricity, fundada pelo ambientalista Dale Vince, quer “sugar” dióxido de carbono da atmosfera e usá-lo para criar uma versão de diamante mais amiga do ambiente.

A exploração dos diamantes sai caro ao ambiente. Nesse sentido, Dale Vince quer pôr em marcha um plano para desenvolver pedras preciosas em laboratório, os primeiros diamantes sem impacto ambiental do mundo.

O fundador da Ecotricity disse ter desenvolvido os únicos diamantes sem impacto ambiental a partir de carbono, água e energia, elementos que provêm diretamente do céu de Stroud, em Inglaterra.

“Fazer diamantes a partir de nada mais do que o céu, do ar que respiramos, é uma ideia mágica, evocativa, é uma alquimia moderna. Não precisamos de extrair a terra para termos diamantes, podemos extrair o céu”, disse ao The Guardian.

O método utiliza dióxido de carbono capturado diretamente da atmosfera para criar os diamantes que, segundo Dale Vince, são quimicamente idênticos aos que são extraídos da terra. A única diferença reside no facto de serem mais sustentáveis, já que o processo de criação usa energia eólica e solar e água da chuva.

A produção destas pedras preciosas poderia ainda ajudar a limpar o ar, através da remoção do dióxido de carbono da atmosfera.

Dale Vince abriu uma outra empresa, a Sky Diamonds, que será a responsável pela transformação do diamante em laboratório. O objetivo é produzir cerca de 200 quilates de diamantes todos os meses.

Para tal, a empresa vai proceder à deposição química de vapor, que se baseia em colocar uma semente de diamante dentro de uma estrutura selada e aquecê-la a 800ºC cheia de gás metano rico em carbono. O processo vai ligar os elementos de carbono à semente, originando um diamante quimicamente idêntico a uma pedra extraída do subsolo.

https://zap.aeiou.pt/diamantes-sustentaveis-laboratorio-357362

 

Inteligência Artificial consegue dizer se tem covid-19 só pela tosse !

Cientistas do MIT desenvolveram uma ferramenta baseada em Inteligência Artificial que consegue identificar se uma pessoa tem covid-19 através da tosse.


Uma equipa de investigadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT) descobriu uma maneira de detetar se uma pessoa tem covid-19 só pelo som da sua tosse. Os engenheiros recorreram à ajuda da Inteligência Artificial para desenvolver este método, descrito num estudo publicado recentemente na revista científica IEEE Journal of Engineering in Medicine and Biology.

A ferramenta usa redes neurais que podem detetar as mudanças subtis na tosse de uma pessoa que indicam se ela está infetada, mesmo que não tenha nenhum outro sintoma. De acordo com os investigadores do MIT, até os pacientes assintomáticos podem ser identificados através da tosse.

A diferença entre a tosse de uma pessoa saudável e a tosse de uma pessoa infetada com o novo coronavírus é impercetível ao ouvido humano. O algoritmo é bastante eficaz, reconhecendo 98,5% dos pacientes infetados com covid-19. No caso dos pacientes assintomáticos, teve uma eficácia de 100%, escreve o Gizmodo.

Esta tecnologia tem o potencial de ser usada na triagem diária de estudantes, trabalhadores e público, conforme escolas, empregos e transportes reabrem”, escrevem os cientistas, citados pela BBC.

A rede neural mede sons associados à força das cordas vocais, enquanto outra deteta pistas relacionadas com o estado emocional da pessoa, como a frustração. Uma terceira rede ouve mudanças subtis no desempenho pulmonar e respiratório. Os investigadores combinaram os três modelos e sobrepuseram-nos a um algoritmo para detetar degradação muscular.

Os cientistas do MIT alertam que, mesmo com o nível de precisão conseguido, as pessoas não devem usar esta IA como um substituto para o teste de covid-19. Também afirmaram que não foi desenvolvida para diagnosticar pessoas que estão a manifestar ativamente os sintomas de covid-19.

Ainda assim, esta tecnologia pode desempenhar um papel vital como ferramenta de triagem para o vírus. A equipa de investigadores está a desenvolver uma aplicação grátis que pode ser usada como uma ferramenta conveniente de pré-triagem para indivíduos que não apresentam sintomas, mas temem estar infetados.

https://zap.aeiou.pt/ia-covid-pela-tosse-357106

 

Quimerismo humano - Lydia Fairchild é irmã dela mesma !

Em 1999, Lydia Fairchild tinha apenas 23 anos e morava em Washington, capital dos Estados Unidos, quando deu à luz dois filhos de Jamie Townsend. O relacionamento passou por altos e baixos, com muitos términos e reatamentos.

Em meados de dezembro de 2002, solteira, desempregada, incapaz de sustentar seus filhos e ainda com mais um a caminho (fruto de uma das vezes que encontrou Townsend), Fairchild foi solicitar assistência do governo do estado de Washington para poder sobreviver. O processo envolvia um exame de DNA dela, das crianças e de seu ex-marido.

No dia em que os resultados chegaram, Fairchild foi convidada para uma reunião com o Departamento de Serviços Sociais de Washington, onde ela foi confrontada por uma das assistentes sociais: “quem é você?”. No momento, ela não entendeu nada, até que uma das assistentes mostrasse os exames de DNA: Fairchild não era a mãe das crianças, apesar de Townsend ser o pai.

O início de um pesadelo

(Fonte: Social Gazette/Reprodução)
(Fonte: Social Gazette/Reprodução)

Por um momento, a mulher ficou sem saber o que dizer; depois, recuperada, rebateu que era a mãe legítima sim. “O DNA é 100% infalível!”, Fairchild lembra que uma das profissionais explicou. Ela foi pressionada a revelar sua “verdadeira” identidade, visto que os funcionários estavam convictos de que aquele era um caso de sequestro de crianças ou tentativa de fraude na previdência.

Antes que Fairchild pudesse ir embora, atormentada pelos resultados e pelo episódio de opressão, ela ainda foi ameaçada por uma das assistentes.

(Fonte: Boredom Therapy/Reprodução)
(Fonte: Boredom Therapy/Reprodução)

No dia seguinte, a família inteira da mulher foi convocada ao gabinete do procurador do estado de Washington. Todos foram testados pelo menos três vezes no escritório, no intuito de descartar todos os falsos negativos ou erros laboratoriais que poderiam ter ocorrido no primeiro teste. “Eles tiraram fotos de mim e de meus filhos”, revelou Fairchild.

Depois interrogaram Townsend para tentar entender quem era a mãe verdadeira de seus filhos. A princípio, eles tentaram acusá-lo de manter uma relação incestuosa com sua irmã e chegaram a sugerir que os filhos pertencessem a ela. Depois, o homem foi indagado se tinha outra esposa.

“Eu vi aquelas crianças nascerem de Lydia!”, afirmou Townsend no documentário The Twin Inside Me. “Você estava lá?”, indagou o promotor, cético e suspeito. O homem confirmou que estava, porém o promotor seguiu sem acreditar.

“Não é o suficiente”

(Fonte: Alchetron/Reprodução)
(Fonte: Alchetron/Reprodução)

O governo foi atrás de o Dr. Leonard Dreisbach, o obstetra de Fairchild. O médico ficou sem saber o que pensar quando ouviu da boca de sua ex-paciente que ela não era a mãe dos próprios filhos, uma vez que ele foi o responsável por trazê-los ao mundo.

O hospital forneceu os documentos médicos das crianças de Fairchild desde o nascimento. O Dr. Dreisbach apresentou os exames do pezinho das crianças ao lado do nome de Lydia Fairchild e todos os seus dados. “A pegada é impressa no momento em que os bebês nascem e esses cartões são feitos ainda na sala de parto”.

(Fonte: NewsD/Reprodução)
(Fonte: NewsD/Reprodução)

Contudo, para os assistentes sociais e o promotor, isso não era o suficiente. O obstetra se lembra de como eles estavam obcecados pelo resultado apresentado pelo teste de DNA. “A tecnologia do exame do pezinho é a mais antiga e tem sido usada de maneira confiável no sistema de justiça há anos. Mas eles simplesmente se recusavam a ouvir qualquer coisa diferente”, alegou o médico.

Não satisfeito, o promotor público usou um polígrafo para descobrir se Lydia Fairchild estava mentindo sobre tudo. O equipamento acusou que ela estava falando a verdade, mas ninguém se convenceu.

Por conta própria

(Fonte: Jornal da Fronteira/Reprodução)
(Fonte: Jornal da Fronteira/Reprodução)

Após ser submetida a todo o tipo de intimidação e situações vexatórias, Fairchild recebeu a temida notificação judicial acusando-a de fraude na previdência e na determinação da maternidade legal das crianças.

“Eu liguei para cada advogado da lista telefônica, mas nenhum deles aceitou o meu caso. Eu entrei naquele tribunal e era apenas eu contra o Estado, que tinha evidências de DNA”, se recordou Fairchild em seu documentário.

Assim que a sessão começou, o primeiro pedido do promotor foi que colocassem os filhos de Fairchild em tutelas separadas. Ela não teve ninguém por perto para ajudá-la, nem mesmo a própria família. Foi somente após sua terceira audiência no tribunal que a mulher finalmente conseguiu contratar o advogado Alan Tindell.

Depois que todas as sugestões médicas se tornaram um beco sem saída que apenas levava à condenação de Fairchild e à perda da guarda de seus filhos, o juiz decidiu que a única maneira de descobrir sobre a maternidade era durante o parto do terceiro filho da mulher. Sendo assim, o magistrado ordenou que testemunhas legais estivessem no momento do nascimento para que coletassem amostras de sangue da criança e da mãe imediatamente.

O fenômeno quimera

(Fonte: Hashtagchatter/Reprodução)
(Fonte: Hashtagchatter/Reprodução)

Apesar de ter consentido que a vigiassem durante o parto, Fairchild sentiu como se o governo tivesse tirado dela  experiência do milagre da vida por estabelecer um ambiente que mais condenaria seu futuro do que o tornaria melhor.

O juiz abriu os resultado durante uma audiência, onde comunicou a todos que ela não era a mãe do filho que testemunharam nascer. Mais testes foram feitos, só que, dessa vez, Carol Fairchild, mãe de Lydia, forneceu sua amostra de DNA para provar que era a avó das crianças. O resultado foi compatível, o que gerou certo alívio à Fairchild, porém apenas com mais interrogações.

Enquanto isso, estudando maneiras de poder provar a inocência de sua cliente, Alex Tindell descobriu o caso de Karen Keegan, que foi informada que não tinha o DNA compatível com dois de seus filhos para poder efetuar um transplante de rins.

(Fonte: Guardian Liberty Voice/Reprodução)
(Fonte: Guardian Liberty Voice/Reprodução)

Após rodadas de testes e interrogatórios, um médico foi atrás de um dos nódulos da tireoide que Keegan retirara anos antes para realizar exames nele. Incrivelmente, o código genético dos outros três filhos estava presente no nódulo. “Em seu sangue, ela era uma pessoa, mas em outros tecidos, ela tinha evidências de ser uma fusão de dois indivíduos”, explicou o Dr. Uhl, do Hospital Beth Israel.

Assim como Keegan, eles descobriram que Lydia Fairchild sofria de “quimerismo humano”, uma condição rara, com apenas 30 casos documentados mundialmente. Isso acontece quando um organismo possui células de dois genótipos distintos. No caso de Fairchild, ela carrega dois tipos distintos de DNA em seu organismo, sendo, biologicamente falando, sua própria irmã gêmea.

Finalmente

(Fonte: Social Gazette/Reprodução)

O juiz concordou que mais pesquisas e testes fossem feitos, assim como Fairchild foi submetida a um último exame, onde eles coletaram amostras de diferentes partes de seu corpo, incluindo o colo de seu útero.

Em sua audiência final, após 16 meses de batalha judicial, estresse e picos de ansiedade, Fairchild ouviu com alívio que os médicos encontraram uma conexão genética com seus filhos a partir de suas células cervicais.

No documentário The Twin Inside Me, Fairchild falou de toda a sua trajetória de angústia e revelou que o que importa é que ela se sente mãe, da cabeça aos pés, apesar de tudo.

https://www.megacurioso.com.br//misterios/116650-quimerismo-humano-lydia-fairchild-e-irma-dela-mesma.htm

 

 

Marte pode ter roubado um pedaço da nossa Lua !

Marte pode ter roubado um pedaço da nossa Lua
A ilustração acima não mostra o asteroide referido no artigo, mas sim as luas de Marte Fobos e Deimos. Crédito: NASA

De acordo com um novo estudo, um pedaço da Lua da Terra pode estar orbitando Marte.

Segundo um comunicado de imprensa, há um asteroide em uma órbita excêntrica de Marte chamado (101429) 1998 VF31, que os cientistas do Observatório e Planetário de Armagh (AOP) na Irlanda do Norte determinaram ter um espectrógrafo surpreendentemente semelhante à leitura da Lua. Depois de ser ejetado por algum tipo de colisão antiga em órbita, eles suspeitam que 101429 foi preso pela atração gravitacional de Marte.

A pesquisa da equipe AOP, publicada na revista Icarus, descobriu que as assinaturas químicas do asteroide 101429 são extremamente semelhantes à nossa Lua, sugerindo que ele foi desalojado durante a pré-história do sistema solar.

O espectro deste asteroide em particular parece ser quase um sinal de morte para partes da Lua onde há rochas expostas, como o interior de suas crateras e montanhas.

Porém, o estudo não descarta a possibilidade de que o asteroide seja na verdade um fragmento de rocha marciana ou um asteroide que por acaso é muito parecido com a Lua, mas a semelhança com a nossa lua é difícil de ignorar. E o passado turbulento de nosso sistema solar torna possível que nossa Lua se fragmentou após ser atingida em uma colisão.

O astrônomo da equipe AOP, Apostolos Christou, disse no comunicado:

O início do Sistema Solar era muito diferente do lugar que vemos hoje. O espaço entre os planetas recém-formados estava cheio de destroços e as colisões eram comuns. Grandes asteroides atingiam constantemente a Lua e outros planetas.

https://www.ovnihoje.com/2020/11/05/marte-pode-ter-roubado-um-pedaco-da-nossa-lua/

 

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