sexta-feira, 29 de maio de 2020

Campo magnético enfraquecendo na região do Atlântico Sul

Dados registrados pelo satélite Swarm, da Agência Espacial Europeia (ESA), mostraram que o campo magnético da Terra está se enfraquecendo gradualmente na região conhecida como Anomalia do Atlântico Sul, que fica entre a África e a América do Sul.
O enfraquecimento intensificado tem sido detectado principalmente na região sudoeste da África, onde surgiu um segundo centro de intensidade mínima, levando os cientistas a acreditar que a Anomalia do Atlântico Sul possa estar se dividindo em dois núcleos distintos.
Este fenômeno, investigado pela rede de satélites europeus desde o seu lançamento, em 2013, pode ter ligação com a queda na força do campo magnético global, cuja redução chegou a 9% nos últimos 200 anos.
Satélites e a Estação Espacial podem sofrer com distúrbios ao passar pela região.
Satélites e a Estação Espacial podem sofrer com distúrbios ao passar pela região.
Conforme o pesquisador do Centro Alemão de Pesquisa em Geociência Jürgen Matzka, o novo mínimo oriental da Anomalia do Atlântico Sul, surgido na última década, está se desenvolvendo vigorosamente, deixando os pesquisadores intrigados: “O desafio, agora, é entender os processos no núcleo da Terra que impulsionam estas mudanças”, disse ele.

Há motivo para alarde?

Segundo a ESA, não há motivo para se preocupar com a alteração, pois o enfraquecimento do campo magnético pode estar relacionado à inversão de polo para a qual a Terra caminha. Esta inversão é um evento ocorrido várias vezes desde a formação do planeta, acontecendo a cada 250 mil anos, em média, de acordo com a agência.
Porém, se a queda de intensidade magnética na região não traz grandes riscos para a humanidade, ela pode afetar os satélites que passam sobre o local, assim como a Estação Espacial Internacional. Conforme a ESA, os equipamentos experimentam “perturbações” ao sobrevoar a Anomalia do Atlântico do Sul.
Entre os problemas mencionados, há falhas na comunicação e também nos computadores, além de flashes repentinos visualizados pelos astronautas da Estação, ao sobrevoar o local, causados pelas explosões de radiação.

https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114666-campo-magnetico-esta-se-enfraquecendo-na-regiao-do-atlantico-sul.htm

Nova pesquisa reporta que exoplaneta mais próximo da Terra pode hospedar vida

Nova pesquisa: O exoplaneta mais próximo da Terra pode hospedar vida

“É um dos planetas mais interessantes conhecidos no bairro solar.”

Usando instrumentos astronômicos de ponta, uma equipe internacional de pesquisadores confirmou a existência do Proxima b, um planeta semelhante à Terra que orbita a estrela mais próxima do nosso sistema solar, o Proxima Centauri.
Alejandro Suarez Mascareño, principal autor de um artigo sobre a pesquisa publicada esta semana na revista Astronomy & Astrophysics, disse em uma declaração:
Confirmar a existência do Proxima b foi uma tarefa importante e é um dos planetas mais interessantes conhecidos no bairro solar.
Eles descobriram que Proxima b tem 1,17 vezes a massa da Terra, menor que a estimativa mais antiga de 1,3 vezes. Ele orbita sua estrela em apenas 11,2 dias. Confirmar a massa de um planeta distante com tanta precisão “é inédito”, disse Michel Mayor, vencedor do Nobel de 2019, que lançou as bases para a tecnologia que tornou possível a descoberta.
O Proxima b foi descoberto pela primeira vez em 2016 usando o HARPS (High Precision Radial Velocity Planet Searcher), um espectrógrafo de caça a planetas montado em um dos telescópios do Observatório Europeu do Sul, no Observatório La Silla, no Chile.
Os cientistas conseguiram aprimorar o planeta com o ESPRESSO, um espectrógrafo de nova geração também no observatório do Chile, que possui três vezes a precisão do HARPS.
Francesco Pepe, professor de astronomia da Universidade de Genebra, na Suíça, e líder do ESPRESSO e coautor do artigo, informou:
Nós já estávamos muito felizes com o desempenho do HARPS, que foi responsável pela descoberta de centenas de exoplanetas nos últimos 17 anos.
Estamos realmente satisfeitos que a ESPRESSO possa produzir medições ainda melhores, e é gratificante e justo recompensar o trabalho em equipe que dura quase 10 anos.
Embora Proxima b orbite sua estrela a uma distância tão próxima, ele ainda recebe aproximadamente a mesma quantidade de energia que a Terra recebe do Sol. E isso deixou os astrônomos empolgados com o potencial de encontrar vida alienígena.
Mas há algumas más notícias: o Proxima Centauri tende a bombardear todos os planetas nas proximidades com uma quantidade feroz de raios X – o Proxima b recebe cerca de 400 vezes a quantidade que a Terra recebe do Sol.
Isso leva à pergunta do coautor do artigo, Christophe Lovis, pesquisador que trabalhou no ESPRESSO, no comunicado.:
Existe uma atmosfera que protege o planeta desses raios mortais?
Lovis espera que a próxima geração de espectrógrafos – o sucessor do ESPRESSO, ‘RISTRETTO’, que já está em construção – nos ajude a encontrar esta resposta.

No entanto, para que possamos examinar mais de perto o Proxima b, o Proxima Centauri está a “apenas” 4,2 anos-luz do Sol – o que significa que ainda levaria vários milhares de anos para chegarmos lá usando a tecnologia de propulsão de hoje.

https://www.ovnihoje.com/2020/05/29/nova-pesquisa-o-exoplaneta-mais-proximo-da-terra-pode-hospedar-vida/

Astrônomos registram a pulsação do 'coração' da Via Láctea

Utilizando o rádio-observatório Large Millimeter/Submillimeter Array (ALMA), localizado em San Pedro de Atacama, no Chile, astrônomos conseguiram perceber oscilações de luz quase periódicas vindo do interior da Via Láctea, de um local conhecido como Sagitário A*. A aposta dos pesquisadores é que isso seja resultado de rotações das ondas de rádio circulando o buraco negro que fica no centro da nossa galáxia, revelando que ele teria um raio menor do que o planeta Mercúrio.
De acordo com Yuhei Iwata em entrevista ao Phys.org, já era de conhecimento científico que o Sagitário A* às vezes brilha em milímetros de comprimento de onda. "Desta vez, usando o ALMA, obtivemos dados de alta qualidade da variação de intensidade de ondas de rádio de Sagitário A* por dez dias, 70 minutos por dia. Em seguida, encontramos duas tendências: variações quase periódicas com uma escala de tempo típica de 30 minutos e variações lentas de uma hora”. Um artigo sobre o tema foi publicado na revista Astrophysical Journal Letters.
Esses clarões não foram observados apenas no comprimento de onda na faixa de milímetros, mas também na luz infravermelha e de raios X. Porém, as novas detecções são menores do que as captadas anteriormente, o que pode significar que essas variações são normais.


Representação dos pontos de luz na Via Láctea. Fonte: Phys.org / Divulgação
Representação dos pontos de luz na Via Láctea. Fonte: Phys.org / Divulgação

Por que essas luzem existem?

Não é o buraco negro em si que faz a emissão dessas luzes, mas o disco gasoso abrasador em seu entorno. De acordo com Tomoharu Oka, professor da Universidade Keio, "essa emissão pode estar relacionada a alguns fenômenos exóticos que ocorrem nas proximidades de um buraco negro supermassivo".
Os astrônomos acreditam que pontos quentes são formados no disco e circulam pelo buraco negro, emitindo ondas milimétricas. Ao levar em conta a teoria da relatividade especial de Einstein, a emissão é ampliada quando a fonte está se movendo em direção ao observador com velocidade parecida com a da luz.
Por conta da rotação da borda interna do disco ser bastante grande, ocorre-se então a emissão dessas luzes. "Os pesquisadores pretendem extrair informações independentes para entender o ambiente misterioso ao redor do buraco negro supermassivo", diz Oka.

Pesquisadores buscam mais informações sobre o buraco negro presente na Via Láctea. Fonte: Pixabay / Divulgação
Pesquisadores buscam mais informações sobre o buraco negro presente na Via Láctea. Fonte: Pixabay / Divulgação

https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114660-astronomos-registram-a-pulsacao-do-coracao-da-via-lactea.htm

Universidade de Israel cria máscara autolimpante que custa US$ 1

A universidade israelense Technion de Haifa desenvolveu uma máscara autolimpante e reutilizável. O projeto foi conduzido pela Faculdade de Ciências e Engenharia de Materiais da Instituição e promete combater patógenos, como o novo coronavírus. Para isso, ela foi fabricada com uma camada interna de fibra de carbono e entrada para um carregador, o mesmo de dois amperes usado em celulares.
Ao ser conectada na tomada ou porta USB, ela é aquecida através de correntes elétricas, então capazes de matar microrganismos acumulados em sua superfície. O design do produto ainda traz uma válvula central de ventilação, para facilitar a respiração dos usuários — possivelmente médicos —, enquanto em sua lateral fica a entrada para o carregador.

Máscara autolimpante tem porta USB na lateral para conectar o carregador à tomada.
Máscara autolimpante tem porta USB na lateral para conectar o carregador à tomada.

Segundo um porta-voz da universidade, a patente foi registrada nos Estados Unidos e medidas estão sendo tomadas para que o produto final seja oferecido comercialmente o mais breve possível. O plano é que chegue às lojas especializadas com o baixo de custo de somente US$ 1.
A máscara autolimpante tornaria a rotina de plantões médicos mais eficiente e reduziria consideravelmente os gastos com EPIs descartáveis ou higienizáveis, sobretudo neste período de pandemia.

https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114653-universidade-de-israel-cria-mascara-autolimpante-que-custa-us-1.htm

quarta-feira, 27 de maio de 2020

Raios cósmicos podem ter desempenhado um papel fundamental na origem da vida

A influência dos raios cósmicos no início da vida na Terra pode explicar a preferência da natureza pela estrutura das moléculas biológicas.
Dois investigadores da Universidade de Stanford, nos EUA, sugerem que a interação entre proto-organismos antigos e raios cósmicos pode ter sido responsável por uma preferência estrutural crucial, conhecida como quiralidade, nas moléculas biológicas. Se esta teoria estiver correta, significa que toda a vida pode compartilhar a mesma preferência quiral.
Segundo o Sci-News, a quiralidade baseia-se na existência de versões espelhadas das moléculas: tal como as nossas mãos (esquerda e direita), duas formas quirais de uma mesma molécula têm formas que correspondem ao reflexo uma da outra, mas não se alinham se forem sobrepostas.
Nas principais biomoléculas, a visa usa apenas uma forma quiral. No entanto, se a versão espelhada for substituída pela versão regular dentro de um sistema biológico, o sistema deixará de funcionar por completo.  No caso do ADN, por exemplo, um único açúcar na posição incorreta perturbaria a estrutura helicoidal estável da molécula.
Há muito tempo que a comunidade científica debate o facto de a quiralidade da vida ser fruto do acaso ou de alguma influência ainda desconhecida. Louis Pasteur, que descobriu a homoquiralidade biológica em 1848, levantou a hipótese de que, se a vida é assimétrica, tal pode ser explicado pela assimetria nas interações fundamentais da física.
De acordo com o novo artigo científico, publicado no dia 20 deste mês no Astrophysical Journal Letters, os investigadores propõem que a quiralidade biológica que testemunhamos atualmente na Terra se deve à evolução e à radiação magneticamente polarizada, onde uma pequena diferença na taxa de mutação pode ter promovido a evolução da vida baseada no ADN, em vez de se basear na imagem espelhada”, explicou Noemie Globus.
Depois de atingirem a atmosfera da Terra, os raios cósmicos degradam-se em partículas fundamentais e criam uma espécie de “chuva de partículas”. Ao nível do solo, a maioria dos raios cósmicos existe apenas como partículas conhecidas como muões.
Os muões são extremamente instáveis e polarizados magneticamente, o que significa que compartilham a mesma orientação magnética. Quando os muões decaem, produzem eletrões com a mesma polarização.
Os investigadores acreditam que essa capacidade de penetração dos muões permite que, tanto eles como os eletrões, consigam afetar as moléculas quirais na Terra e em qualquer outro lugar do Universo. “Somos irradiados constantemente por raios cósmicos. Os efeitos são pequenos, mas constantes em todos os lugares do planeta onde a vida pode evoluir, e a polarização magnética dos muões e dos eletrões é sempre a mesma. Mesmo noutros planetas, os raios cósmicos teriam os mesmos efeitos“, disse Globus.
A hipótese dos cientistas é que, no início da vida na Terra, a radiação constante e consistente afetou a evolução das duas formas de vida espelhadas de maneiras diferentes, fazendo com que uma prevalecesse em relação à outra.
Essas pequenas diferenças na taxa de mutação teriam sido mais significativas quando a vida estava a começar e as moléculas envolvidas eram muito simples e mais frágeis. Nessas circunstâncias, a influência quiral dos raios cósmicos, pequena mas persistente, poderia ter produzido a quiralidade biológica única que vemos atualmente.
Os investigadores querem realizar várias experiências para comprovar a sua teoria, e esperam que futuras amostras orgânicas, recolhidas de cometas, asteróides ou de Marte, podem também exibir um viés quiral. A física fundamental pode estar relacionada com a origem da vida.

https://zap.aeiou.pt/raios-cosmicos-origem-da-vida-326392

Sintomas da doença de Lyme podem ser perigosamente confundidos com covid-19

Alguns dos sintomas característicos da doença de Lyme podem ser confundidos com covid-19. Isto pode trazer sérias consequências devido ao diagnóstico tardio da doença.
Quando doenças semelhantes a uma gripe se desenvolvem em pessoas que passam o tempo ao ar livre em áreas onde carraças são comuns, doenças transmitidas por carraças, como a doença de Lyme, devem ser consideradas um provável culpado.
No entanto, neste verão, o surgimento global do novo coronavírus está a apresentar um novo conjunto de desafios para o diagnóstico da doença de Lyme e de outras doenças transmitidas por carraças.
A doença de Lyme compartilha uma série de sintomas com a covid-19, incluindo febre, dor e calafrios. Qualquer pessoa que confunda a doença de Lyme com covid-19 pode, sem saber, atrasar o tratamento médico necessário, e isso pode levar a sintomas graves e potencialmente debilitantes.
À medida que avançamos da primavera para o verão e para o período de pico da atividade de carraças em grande parte do Hemisfério Norte, o tempo passado ao ar livre aumentará, assim como o risco de doenças transmitidas por carraças.
Nalguns casos, existem sintomas principais de uma doença transmitida por carraças que podem ajudar no diagnóstico. Por exemplo, a doença de Lyme precoce é comummente associada a uma erupção cutânea em expansão. 70% a 80% dos pacientes apresentam este sintoma.
No entanto, outros sintomas da doença de Lyme – febre, dores de cabeça e no corpo e fadiga – são menos distintos e podem ser facilmente confundidos com outras doenças, incluindo a covid-19. Isto pode dificultar o diagnóstico de um paciente que não notou uma erupção cutânea ou não sabia que alguma vez tinha sido mordido por uma carraça. Como resultado, os casos da doença de Lyme podem ser diagnosticados incorretamente.
Se a doença de Lyme é identificada e tratada rapidamente, duas a quatro semanas de antibióticos geralmente podem derrubar a Borrelia burgdorferi, a espécie de bactéria que a causa.
Mas atrasos no tratamento da doença de Lyme podem levar a sintomas mais graves e persistentes. Se a doença de Lyme não for tratada, podem ocorrer problemas neurológicos e cognitivos e problemas cardíacos potencialmente fatais, e pode surgir uma artrite dolorosa muito mais difícil de tratar.
Relatórios recentes sugerem que a vida selvagem tornou-se mais ousada nesta primavera, vagueando pelos subúrbios e cidades onde o tráfego de pessoas e veículos é reduzido por causa da covid-19.
As mudanças no comportamento da vida selvagem e no uso do habitat podem afetar as doenças transmitidas por carraças. Por exemplo, veados-de-cauda-branca são hospedeiros importantes para várias espécies de carraças que picam seres humanos no leste da América do Norte. Assim, mais veados em torno das casas e vizinhanças podem levar a mais carraças que têm a probabilidade de morder seres humanos.
As pessoas devem estar cientes das atividades que podem expô-las às carraças, e os médicos devem considerar a possibilidade de doenças transmitidas por carraças, especialmente devido à possível sobreposição de sintomas com a covid-19.
 
https://zap.aeiou.pt/lyme-confundida-covid-19-consequencias-326877

Proteína “antienvelhecimento” que atrasa crescimento celular é fundamental na longevidade

Uma equipa de cientistas identificou uma nova proteína antienvelhecimento, que controla o metabolismo das outras proteínas, um processo implicado no envelhecimento e na doença.
Os seres humanos estão a viver mais do que nunca. No entanto, a par destes aumentos na esperança média de vida, há um aumento na ocorrência de doenças relacionadas com a idade, como cancro e demência.
Num estudo recentemente publicado na revista científica Cell Reports, uma equipa de cientistas identificou uma nova proteína antienvelhecimento, chamada Gaf1. Os investigadores descobriram que a Gaf1 controla o metabolismo das proteínas, um processo que está implicado no envelhecimento e na doença. E, sem a Gaf1, as células têm uma vida útil mais curta.
O envelhecimento é um processo complexo e depende de genes e fatores ambientais, como a dieta. É sabido que dietas com restrição calórica podem prolongar a vida útil. Alguns estudos sugerem que também
No entanto, os cientistas agora percebem que pode ser realmente a quantidade de nutrientes específicos – como aminoácidos – que estão associados à longevidade e não a quantidade de calorias consumidas.
As células detetam a quantidade de nutrientes no seu ambiente através de moléculas específicas dentro das nossas células. Uma dessas moléculas é uma enzima conhecida como TOR, que deteta a quantidade de aminoácidos presentes no corpo e disponíveis para as células. Quando as nossas células possuem muitos aminoácidos, a enzima TOR altera o nosso metabolismo e instrui as células a crescer ao produzir muitas proteínas.
Mas se os aminoácidos forem limitados, a TOR instrui o corpo a ficar em alerta. Agora sabemos que esta “resposta ao stresse” é benéfica para as células e para o organismo em geral. Isto ocorre porque a longevidade está intimamente relacionada com a capacidade de um organismo lidar efetivamente com tensões internas e externas. Uma célula que está “em alerta” lida melhor.
Por exemplo, num estudo de abril disponível para consulta no bioRxiv, os cientistas analisaram o turnover de proteínas nas células de diferentes animais com esperança média de vida de quatro a 200 anos. Eles descobriram que os animais de vida mais longa têm menor turnover proteico e demandas de energia dentro das suas células em comparação com os de vida curta.

Gaf1 e envelhecimento

Recentemente, os cientistas descobriram novas funções da proteína Gaf1. Gaf1 é uma proteína capaz de se ligar ao ADN da célula e ativar ou reprimir genes específicos. Quando a TOR está ativa, a Gaf1 é encontrada no citoplasma da célula e não se liga ao ADN. No entanto, quando a TOR é desativada por intermédio de uma dieta ou medicamentos, a Gaf1 pode viajar para o núcleo e ligar-se ao ADN.
A equipa de investigadores descobriu que, quando se liga ao ADN, a Gaf1 interrompe todos os genes responsáveis pela produção de tRNAs. Além disso, também interrompe outros genes necessários, como os responsáveis pela produção de ribossomos.
Isto é feito controlando uma rede de genes responsáveis por fornecer todos os elementos básicos para a produção de proteínas. Isso significa que a Gaf1 garante que a célula pare de produzir os componentes necessários para esse processo de tradução. No entanto, isto é apenas temporário e pode reverter quando os aminoácidos estiverem disponíveis.
Também se descobriu que as células que não possuem Gaf1 têm uma vida curta. Sem a Gaf1, o crescimento não é interrompido e a extensão da vida útil observada não está a ocorrer totalmente. Por outras palavras, encontrou-se uma molécula que medeia alguns dos efeitos benéficos da restrição alimentar.
Proteínas semelhantes à Gaf1 existem em muitos animais, incluindo seres humanos – e demonstraram controlar nosso desenvolvimento e células estaminais, que são importantes para o desenvolvimento de doenças, como o cancro.
A função da TOR, o crescimento celular e a produção de proteínas são importantes na nossa fisiologia e saúde, mas também podem contribuir para o desenvolvimento de certas doenças, como cancro ou Alzheimer. Este novo estudo mostrou como a restrição alimentar é controlada até os genes da célula. Saber isto pode permitir examinar como medicamentos ou dietas específicas podem ajustar a função destes fatores para nosso benefício – o que talvez possa até aumentar a nossa expectativa média de vida.

https://zap.aeiou.pt/proteina-fundamental-longevidade-325595

A Terra em 4K - Empresa vai transmitir vídeos do Espaço em tempo real !

A empresa Momentus assinou um novo contrato que fornecerá transporte e implementação no Espaço para a Sen, uma empresa britânica que está atualmente a construir um serviço de streaming de vídeo 4k e em tempo real.
TV Espacial vai transmitir vídeos em 4K em tempo real para ...A empresa britânica Sen quer fornecer vídeos em ultra-alta definição (UHD) do nosso planeta. Para isso, assinou um contrato com a norte-americana Momentus, com o objetivo de lançar o primeiro satélite da sua “EarthTV”, em meados de 2021.
De acordo com o Tech Crunch, o satélite será lançado a bordo de um foguete Falcon 9, da SpaceX, e conectado a um rebocador Vigoride, da Momentus. O rebocador irá puxar o satélite da posição onde se desprender do foguete até ao seu destino final, uma órbita síncrona ao Sol que passa pelos pólos do planeta.
O contrato inclui ainda a opção de lançamento de mais quatro satélites usando um Falcon 9 e o Vigoride, num único lançamento, em 2022.
“A constelação de nanosatélites EarthTV irá transmitir vídeos do Espaço em tempo real para smartphones em todo o mundo, para que todos possam apreciar a perspetiva ímpar da Terra vista do Espaço”, adiantou Charles Black, fundador e CEO da Sen.
A constelação EarthTV terá cerca de 100 satélites em órbita baixa. Segundo a empresa, os vídeos serão “informativos e educacionais” e vão inspirar uma “mudança global, à medida que nos tornamos uma democracia com múltiplos mundos”.
O objetivo da Sen é transmitir em tempo real e cobrir eventos tanto ambientais como humanos, sensibilizando as pessoas para observar “o mundo e as grandes mudanças planetárias” através de um smartphone.

https://zap.aeiou.pt/terra-4k-empresa-videos-espaco-326458

sexta-feira, 22 de maio de 2020

Mínimo solar profundo - O Sol está muito calmo e os cientistas em alerta !

Com um baixo número de manchas solares a surgir na superfície, o Sol entrou num período de calmaria incomum que colocou os cientistas em alerta.
O nível de atividade do Sol está tão baixo que alguns cientistas sugerem que podemos estar a aproximar-nos de um período profundo de atividade solar mínima e, potencialmente, de um grande mínimo. Segundo a Newsweek, o último episódio semelhante aconteceu no século XVII e coincidiu com uma curta era do gelo.
A nossa estrela tem um ciclo de 11 anos, causado pelo fortalecimento e enfraquecimento do campo magnético. Quando a atividade é mais alta – máximo solar – aparecem várias manchas na superfície do Sol. O último evento deste tipo aconteceu em 2014.
Por contraste, o mínimo solar é registado quando a atividade decai, fazendo com que apareçam menos manchas na superfície do Sol.
Em abril, uma equipa de investigadores da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos previu que a chegada do mínimo solar seria muito semelhante com o último ciclo. Em comunicado, Lisa Upton afirmou que o próximo ciclo solar seria muito parecido com o anterior, com um máximo fraco e um “longo e profundo mínimo“.
A cientista acrescentou, no entanto, que não existiam indicações de que nos estariamos a aproximar de um mínimo solar como o último grande mínimo registado – conhecido como Mínimo de Maunder.
O Mínimo de Maunder ocorreu entre 1650 e 1715, quando a atividade solar foi extremamente baixa. Este período de tempo é muitas vezes associado a um período de arrefecimento global, uma vez que as temperaturas eram cerca de um grau centígrado mais baixas em comparação com o começo da Revolução Industrial.
À Newsweek, Mathew Owens, professor de Física Espacial da Universidade de Reading, no Reino Unido, começou por explicar que entrar num mínimo solar não é algo incomum, mas o nível de atividade solar atual é fora do padrão.
“O Sol não tem apresentado manchas durante uma grande parte do ano, o que é mais calmo do que o comum”, descreveu o cientista.
O investigador espera que este período de “calmaria” do Sol termine em breve. “Com base nos ciclos solares anteriores, eu esperaria um aumento da atividade nos próximos meses. No entanto, o Sol pode sempre surpreender-nos.”

https://zap.aeiou.pt/minimo-solar-profundo-sol-calmo-325385

Nos enxames estelares, os buracos negros fundem-se com estrelas de neutrões mas sem ninguém ver

As fusões entre buracos negros e estrelas de neutrões em enxames estelares densos são bastante diferentes daquelas que se formam em regiões isoladas, onde existem poucas estrelas. As suas características associadas podem ser cruciais para o estudo das ondas gravitacionais e da sua fonte.
O Dr. Manuel Arca Sedda, do Instituto de Computação Astronómica da Universidade de Heidelberg, chegou a esta conclusão num estudo que utilizou simulações de computador. A investigação pode fornecer informações críticas sobre a fusão de dois objetos estelares massivos que os astrónomos observaram em 2019.
Os achados foram publicados na revista Communications Physics.
As estrelas muito mais massivas do que o nosso Sol geralmente terminam as suas vidas como uma estrela de neutrões ou como um buraco negro. As estrelas de neutrões emitem pulsos regulares de radiação que permitem a sua deteção.
Por exemplo, em agosto de 2017, quando foi observada a primeira fusão de duas estrelas de neutrões, os cientistas de todo o mundo detetaram luz da explosão com os seus telescópios. Os buracos negros, por outro lado, geralmente permanecem ocultos porque a sua atração gravitacional é tão forte que nem a luz pode escapar, tornando-os invisíveis aos detetores eletromagnéticos.
Se dois buracos negros se fundirem, o evento pode ser invisível, mas, no entanto, é detetável graças a ondulações no espaço-tempo na forma das chamadas ondas gravitacionais. Certos detetores, como o LIGO (Laser Interferometer Gravitational Waves Observatory) nos EUA, são capazes de detetar essas ondas.
A primeira observação bem-sucedida foi feita em 2015. O sinal foi criado pela fusão de dois buracos negros. Mas este evento pode não ser a única fonte de ondas gravitacionais, pois também podem surgir da fusão de duas estrelas de neutrões ou da fusão de um buraco negro com uma estrela de neutrões. De acordo com o Dr. Arca Sedda, descobrir as diferenças é um dos principais desafios na observação destes eventos.
No seu estudo, o investigador da Universidade de Heidelberg analisou a fusão de pares de buracos negros e estrelas de neutrões. Usou simulações detalhadas  para estudar as interações entre um sistema composto por uma estrela e um objeto compacto, como um buraco negro, e um terceiro objeto massivo e deambulante necessário para uma fusão.
Os resultados indicam que estas interações de três corpos podem de facto contribuir para fusões de estrelas neutrões com buracos negros em regiões estelares densas como enxames globulares. “Pode ser definida uma família especial de fusões dinâmicas que é distintamente diferente de fusões em áreas isoladas,” explica Manuel Arca Sedda.
A fusão de um buraco negro com uma estrela de neutrões foi observada pela primeira vez com observatórios de ondas gravitacionais em agosto de 2019. No entanto, observatórios óticos de todo o mundo não conseguiram localizar a contraparte eletromagnética na região da qual o sinal da onda gravitacional teve origem, sugerindo que o buraco negro devorou completamente a estrela de neutrões sem antes a destruir.
Se confirmada, esta poderá ser a primeira fusão entre um buraco negro e uma estrela de neutrões detetada num ambiente estelar denso, conforme descrito pelo Dr. Arca Sedda.

https://zap.aeiou.pt/nos-enxames-estelares-os-buracos-negros-fundem-estrelas-neutroes-325669

Empresa está a “editar” fruta e vegetais para torná-los mais saborosos

A startup norte-americana Pairwise Plants está a editar geneticamente fruta e vegetais para torná-los mais saborosos. Está também a trabalhar para melhorar várias culturas básicas em grande escala como milho, soja, trigo, canola e algodão.
Manter uma dieta saudável nem sempre é uma tarefa fácil. Muitas vezes, os alimentos que nos fazem bem acabam por não ser apelativos ao nosso paladar, deixando-nos como derradeira alternativa comer por obrigação. Esta realidade pode estar prestes a mudar graças à prática de uma startup norte-americana que está a usar edição genética para tornar fruta e vegetais mais saborosos.
A Pairwise Plants conta com um financiamento de 125 milhões de dólares da Monsanto, que é detida pela farmacêutica Bayer. Graças à ferramenta de edição genética CRISPR, a empresa está a tentar tornar alguns dos alimentos mais nutritivos em verdadeiras iguarias para os consumidores.
Além disso, de acordo com o OneZero, a Pairwise também está a trabalhar para melhorar várias culturas básicas em grande escala, como milho, soja, trigo, canola e algodão. Neste sentido, a CRISPR pode ser uma ferramenta útil para acabar com a fome no mundo ao produzir melhores colheitas e fortalecendo culturas contra doenças e alterações climáticas.
A Pairwise começou por editar geneticamente a mostarda-castanha, uma parente próxima da couve e do repolho, rica em vitaminas e minerais essenciais. Este é um ingrediente tipicamente usado na cozinha chinesa, japonesa e indiana, não sendo muito utilizado no ocidente. O seu sabor característico acaba por o deixar fora de muitas dietas.
“Não temos a certeza de como será o sabor final”, disse Ryan Rapp, chefe de tecnologias de edição de genoma da Pairwise Plants.
Os cientistas identificaram vários genes associados ao sabor picante da mostarda-castanha e programaram a CRISPR para encontrar e excluir esses genes. O resultado final era um ingrediente menos picante e apimentado do que o habitual. A Pairwise espera colocar fruta e vegetais como estes nos supermercados entre 2021 e 2022.
Um alimento geneticamente modificado já está no mercado, um tipo de óleo de canola mais saudável, mas é produzido com uma tecnologia mais antiga de edição de genoma conhecida como TALENs.
“Estamos a fazer alterações pequenas, muito precisas e discretas nos genes que já existem na planta”, diz Aaron Hummel, chefe de tecnologias de edição de genoma da Pairwise. O especialista vê a CRISPR como uma maneira de acelerar o melhoramento de plantas para certas características desejáveis.

https://zap.aeiou.pt/editar-fruta-vegetais-mais-saborosos-325418

Descoberta a primeira evidência do nascimento de um novo planeta

Os astrônomos acreditam que podem ter encontrado a primeira evidência direta do nascimento de um novo planeta.

É descoberta a primeira evidência do nascimento de um novo planeta
O disco ao redor da jovem estrela do AB Aurigae mostra uma ‘torção’ marcando o local onde um novo planeta está sendo formado. Foto: ESO/PA
Um denso disco de poeira e gás foi localizado ao redor de uma jovem estrela chamada AB Aurigae, a cerca de 520 anos-luz da Terra.
Usando o Very Large Telescope (VLT) do Observatório Europeu do Sul, localizado no Chile, os pesquisadores observaram uma estrutura em espiral com uma “torção” perto do centro, o que sugere que um novo mundo pode estar em processo de formação. O disco giratório foi um dos sinais reveladores do nascimento do sistema estelar na constelação de Auriga, disseram os cientistas.
O Dr. Anthony Boccaletti, que liderou o estudo do Observatório de Paris na Universidade PSL, na França, disse:
Milhares de exoplanetas foram identificados até agora, mas pouco se sabe sobre como eles se formam.
Precisamos observar sistemas muito jovens para realmente capturar o momento em que os planetas se formam.
Até agora, os astrônomos foram incapazes de obter imagens nítidas de discos jovens para ver essas reviravoltas.
Boccaletti e sua equipe de astrônomos usaram o instrumento Sphere do VLT para tirar fotos de AB Aurigae, que mostram “uma impressionante espiral de poeira” causada pelo planeta bebê tentando “chutar” o gás.
O mesmo instrumento foi usado em 2018 para tirar fotos de outro planeta infantil, com apenas 5,4 milhões de anos.
Segundo Emmanuel Di Folco, do Laboratório de Astrofísica de Bordeaux (LAB), na França, e um dos autores do estudo, esse chamado fenômeno de chute causa “distúrbios no disco na forma de uma onda, um pouco como o rastro de um barco no lago”.
À medida que o novo planeta gira em torno de AB Aurigae, faz com que o gás e a poeira ao redor sejam moldados em um braço espiral. A região amarela muito brilhante perto do centro da espiral é a torção, que fica aproximadamente à mesma distância da estrela que Netuno do Sol.
Anne Dutrey, da LAB, coautora do estudo, disse:
A torção é esperada de alguns modelos teóricos de formação de planetas. Corresponde à conexão de duas espirais – uma girando para dentro da órbita do planeta, a outra se expandindo para fora – que se juntam na localização do planeta. Eles permitem que o gás e a poeira do disco se acumulem no planeta em formação e o façam crescer.
As observações são relatadas no jornal Astronomy & Astrophysics.

https://www.ovnihoje.com/2020/05/21/e-descoberta-a-primeira-evidencia-do-nascimento-de-um-novo-planeta/

ESA realizou manobras para evitar colisão com objeto desconhecido

Em 11 de maio, a Agência Espacial Europeia (de sigla em inglês, ESA) realizou manobras para evitar a colisão de um satélite Copernicus Sentinel-1B com um objeto desconhecido, que poderiam ter ocorrido às 10h20 UTC daquele dia.

ESA realizou manobras para evitar colisão com objeto desconhecido
Crédito da imagem: ESA
Cinco links para download de dados do Copernicus Sentinel-1B, por meio do Sistema Europeu de Retransmissão de Dados por Satélite (EDRS), que ocorreu entre as 05h30 UTC e as 16h00 UTC de 11 de maio, tiveram que ser cancelados devido a essas manobras em órbita.
Os satélites Sentinel são membros do programa Copernicus da Comissão Europeia e da ESA, uma iniciativa para a observação e monitoramento da Terra e de seus oceanos.
O que aconteceu no espaço em 11 de maio? Por que esse incidente espacial não foi mais relatado? A Agência Espacial Europeia (ESA) esconde algo de nós?

Satélites Sentinel e sua missão no espaço

O Sentinel-1B é o quarto satélite do programa Copernicus de Monitoramento Global Europeu para o Meio Ambiente e Segurança, através do qual a Europa está se dotando de autonomia e capacidade tecnológica para Observação da Terra.
Atualmente, o programa de satélite Copernicus é composto por cinco famílias de satélites: Sentinel-1, projetado para garantir a continuidade dos dados de radar dos satélites ERS e Envisat.
O Sentinel 2 e o Sentinel 3 são dedicados ao monitoramento da Terra e dos oceanos. OsSentinel 4 e o 5 serão dedicado a missões de meteorologia e climatologia, com base no estudo da composição da atmosfera.
O Sentinel-1B e sua órbita gêmea quase idêntica distanciam-se 180 graus, fornecendo uma cobertura muito mais abrangente do planeta para monitorar o meio ambiente.
A constelação de satélites fornece uma enorme quantidade de dados e imagens essenciais ao programa e oferece uma série de serviços essenciais para uma ampla gama de aplicações, tais como o monitoramento do terreno, monitoramento do ambiente marítimo, gerenciamento de crises e catástrofes, conhecimento da atmosfera da Terra e monitoramento das mudanças climáticas, além de segurança.
Nesta transmissão de dados mais rápida e eficiente, o Sentinel-1B também inclui um laser para enviar informações para a constelação de satélites geoestacionários EDRS (European Data Relay System).
O objetivo é formar uma via de dados espaciais em que seu envio e recebimento sejam contínuos, sem interrupções.
No entanto, a missão principal do Sentinel-1B é a de observar o uso da terra e do oceano para mapear a extensão da cobertura de gelo marinho, rastrear o tráfego marítimo e monitorar o solo, a água e a massa florestal do planeta.
Agora, se em 11 de maio eles manobraram para evitar colisões com um objeto desconhecido e a recepção e o envio de dados pararam, o que aconteceu no espaço que não nos dizem?

https://www.ovnihoje.com/2020/05/22/esa-realizou-manobras-para-evitar-colisao-com-objeto-desconhecido/

Aumento na actividade vulcânica ameaça a Terra com nova Era do Gelo

Nos últimos dias, testemunhamos um turbulento aumento na atividade vulcânica global.

Aumento na atividade vulcânica ameaça a Terra com nova Era do Gelo
O satélite meteorológico japonês HIMAWARI-8 registrou duas erupções poderosas em 16 de maio, as quais ocorreram na Indonésia. A primeira ocorreu no IBU – um vulcão relativamente novo, com apenas três erupções visíveis; em 1911, 1998 e 2008 – e foi confirmado pelo Darwin Volcanic Ash Advisory Center (VAAC), o qual alertou que a nuvem de cinzas se elevou para cerca de 13,7 km.
A segunda erupção de alto nível ocorreu poucas horas depois em Semera – um vulcão muito ativo com uma história eruptiva: a primeira erupção aconteceu em 1818, a mais recente em 2014. Assim como no IBU, a erupção do Semeru foi confirmada pelo HIMAWARI-8 e VAAC Darwin, o último confirmando a geração de uma “nuvem de cinzas escuras que atingiu uma altura de 14 km”.
Além disso, os fluxos de lava permanecem ativos no flanco sudeste do Semeru, atualmente com cerca de 1,5 km de comprimento (na manhã de 18 de maio).

Efeito de resfriamento direto

Eessas erupções de alto nível são notáveis ​​pelo fato de partículas sólidas serem lançadas a uma altura superior a 10 km – e na estratosfera – onde elas têm um efeito de resfriamento direto no planeta.
As erupções vulcânicas são um dos principais fatores que impulsionam a Terra para sua próxima rodada de resfriamento global, com o aumento mundial associado à baixa atividade solar, buracos coronais, uma magnetosfera decrescente e o influxo de raios cósmicos que penetram no magma rico em sílica.
Além da Indonésia, os vulcões islandeses se intensificaram e é nesta região vulcânica de altas montanhas do mundo que se acredita abrigar a próxima “grande erupção” – uma que mergulhará o mundo inteiro na nova Era do Gelo quase instantaneamente.
Katla é um vulcão nessa região e mostra sinais de atividade, uma vez que uma produção significativa de gás foi registrada nos últimos dias. Além disso, a atividade sísmica sob um grande vulcão de gelo também aumentou, e essa atividade é provavelmente causada por injeções de novo magma entrando na câmara.
As autoridades islandesas estão cientes do perigo representado pela próxima erupção do Katla, e uma delegação de vulcanologistas se reúne regularmente com o parlamento islandês para discutir como responder em caso de erupção, cuja probabilidade é simplesmente uma questão de ‘quando’, e não de ‘se’.

https://www.ovnihoje.com/2020/05/22/aumento-na-atividade-vulcanica-ameaca-a-terra-com-nova-era-do-gelo/

Novos casos de Covid-19 na China sugerem que o vírus vem mudando

Novos casos de covid-19 na China preocupam os médicos. Pacientes na região norte do país demoram mais do que duas semanas para desenvolver sintomas, carregam o vírus no organismo por mais tempo e sofrem danos diferentes dos causados pela primeira onda de casos, em Wuhan.

Um dos principais médicos chineses, Qiu Haibo, disse que esse maior período assintomático dos pacientes cria focos de infecção familiares. A mudança no comportamento do vírus pode prejudicar as medidas de combate. Os médicos ainda não sabem se ele está mudando significativamente ou se as diferenças se devem ao fato de que agora são capazes de observar com mais atenção.

https://olhardigital.com.br/video/novos-casos-de-covid-19-na-china-sugerem-que-o-virus-esta-mudando/101044

Sonda da Nasa está prestes a tocar asteroide potencialmente perigoso !

A missão OSIRIS-REx, da Nasa, está se aproximando da fase crucial da operação e se tudo der certo, coletará amostras da superfície do asteroide Bennu e as trará à Terra para estudo. Devido à pandemia a missão sofreu ligeiro atraso, mas segundo os engenheiros da missão todos as manobras de aproximação já foram executadas com êxito.
Asteroide 101955 Bennu, registrado pela sonda Osiris-Rex, em 02 de dezembro de 2018, quando a nave estava a apenas 24 km de distância da superfície. Crédito: NASA<BR>
Asteroide 101955 Bennu, registrado pela sonda Osiris-Rex, em 02 de dezembro de 2018, quando a nave estava a apenas 24 km de distância da superfície. Crédito: NASA

A missão OSIRIS-REx (Origins Spectral Interpretation Resource Identification Security Regolith Explorer)foi lançada em 8 de setembro de 2016 e consiste em estudar e coletar amostras do asteroide carbonáceo 101955 Bennu. De acordo com especialistas, o material trazido pelo recoletor de amostras permitirá aos pesquisadores entender o que aconteceu antes da formação e durante a evolução do Sistema Solar, principalmente sobre os compostos orgânicos que levou à formação de vida na Terra.
Asteroide Bennu
Batizado oficialmente como 101955 Bennu, a rocha é um asteroide do tipo Apollo, descoberto pelo projeto LINEAR em 11 de setembro de 1999. Tem cerca de 493 metros de comprimento e é monitorado constantemente pela Rede do Espaço Profundo (Deep Space Network) e pelo radiotelescópio de Arecibo, em Porto Rico.
Modelos orbitais mostram que Bennu possui um grande potencial de atingir a Terra, com uma série de oito impactos potenciais entre 2169 e 2199. Atualmente, 22 de maio de 2020, Bennu se localiza a 236 milhões de km da Terra.
Concepção artísitca mostra a trajetória da sonda OSIRIS-REx durante o ensaio de aproximação do asteroide Bennu.O salto final sobre a superfície permitirá coleta de amostras, que retornarão à Terra em 2023. Crédito: NASA<BR>
Concepção artísitca mostra a trajetória da sonda OSIRIS-REx durante o ensaio de aproximação do asteroide Bennu.O salto final sobre a superfície permitirá coleta de amostras, que retornarão à Terra em 2023. Crédito: NASA

Aproximação da Osiris-REx

Em abril de 2020, a missão OSIRIS-REx concluiu parte dos ensaios e atingiu o ponto mais próximo de Bennu, a 125 metros de altura sobre o ponto escolhido para a coleta de amostras.
A segunda fase, ensaio de aproximação e coleta de amostras, estava prevista para ocorrer em junho e agosto de 2020, mas foi adiada devido às restrições impostas pela pandemia. Assim, a equipe da missão decidiu esta fase para 11 de agosto, quando o OSIRIS-REx atingirá uma altitude de apenas 40 metros da superfície. A coleta das amostras está agendada para 20 de outubro.
A descida será extremamente lenta, com o objetivo de minimizar o uso dos propulsores, que podem contaminar a superfície por restos de propelente de hidrazina não utilizada. O contato com a superfície será detectado pelo uso de acelerômetros.
A operação de coleta de amostras consiste em uma série de eventos Touch-And-Go (TAG). Para isso, a sonda se aproximará da superfície de Bennu e estenderá uma espécie de braço robótico que tocará o solo por cerca de cinco segundos. Em seguida, uma carga de nitrogênio será disparada para perturbar a superfície e permitir que o mecanismo colete amostras de rocha.
A missão deixará a orbita de Bennu em meados de 2021 e retornará em 24 de setembro de 2023. Essa será a terceira missão de retorno de um asteroide, seguindo as sondas japonesas Hayabusa e Hayabusa-2.

https://www.apolo11.com/noticias.php?t=Sonda_da_Nasa_esta_prestes_a_tocar_asteroide_potencialmente_perigoso&id=20200522-105112

Combinações potencialmente fatais de calor e humidade estão a surgir em todo o mundo !

Combinações potencialmente fatais de calor e humidade estão a surgir em todo o mundo
 
© TVI24 Combinações potencialmente fatais de calor e humidade estão a surgir em todo o mundo
Há muito que as investigações que se debruçam sobre os efeitos das alterações climáticas têm vindo a alertar que o aumento das temperaturas, até 2070, tornarão algumas regiões da Terra “quase inabitáveis”.
No entanto, um novo estudo, publicado agora na revista Science Advances, escreve a BBC, descobriu que essas temperaturas extremas já estão a ser registadas em alguns locais.
Os autores do estudo afirmam que condições atmosféricas “perigosas”, que combinam calor e humidade, estão a surgir em todo o mundo e, apesar desses eventos durarem apenas algumas horas, a sua frequência e intensidade está a aumentar.
A investigação afirma que essas condições extremas já foram registadas “várias vezes” em algumas partes da Índia, Bangladesh e Paquistão, mas também no noroeste da Austrália e ao longo das costas do mar Vermelho e do Golfo da Califórnia, no México.
As temperaturas mais altas e potencialmente fatais já foram identificadas mais de uma dezena de vezes nas cidades de Dhahran e Damman, na Arábia Saudita, em Doha, a capital do Qatar e em Ras Al Khaimah, nos Emirados Árabes Unidos.
A par destes locais, também partes do sudeste da Ásia, do sul da China, de África, das Caraíbas e do sudeste dos Estados Unidos também foram afetadas.

Quando a combinação de fatores pode ser fatal

Para os seres humanos, as combinações extremas de calor e humidade podem ter efeitos potencialmente fatais, num mundo em que o aquecimento global é uma preocupação. É por isso que a medição da humidade, também conhecida como sensação térmica, é muito importante.
Enquanto a temperatura normal do nosso corpo é de 37ºC, na nossa pele, ela geralmente fica nos 35ºC. Essa pequena diferença de temperatura permite-nos arrefecer o corpo através do suor, um processo que funciona bem em desertos, onde o ar é mais seco, mas que é menos eficiente em regiões húmidas, onde o ar já está sobrecarregado de água.
Assim, se a humidade aumenta e leva os níveis de medição da humidade a registar 35ºC ou mais, a evaporação do suor diminui e a nossa capacidade de eliminar o suor cai rapidamente.
Os especialistas alertam que, até as pessoas com uma ótima saúde poderiam morrer em cerca de seis horas, uma vez que nos casos mais extremos, esse processo de arrefecimento do corpo pode parar e os órgãos começarem a falhar.

Estudo mostra nova nuance

Escreve a BBC que, segundo o artigo, a maioria dos estudos climáticos feitos no passado não detectou esses incidentes extremos, uma vez que em muitas ocasiões, os investigadores analisaram, em média, níveis de calor e humidade em grandes áreas e por períodos mais longos.
"O nosso estudo vai ao encontro dos anteriores, na medida em que aponta que, em áreas metropolitanas, as medições dos níveis de humidade nos 35ºC se tronarão comuns até 2100. O que acrescentamos é que, por breves momentos e em áreas localizadas, esses extremos já se estão a verificar”, refere Raymond, um dos autores do estudo.
https://www.msn.com/pt-pt/noticias/mundo/combina%C3%A7%C3%B5es-potencialmente-fatais-de-calor-e-humidade-est%C3%A3o-a-surgir-em-todo-o-mundo/ar-BB14slXM?ocid=spartandhp

quinta-feira, 21 de maio de 2020

Estudo sugere que populações asiáticas têm maior proteção imunológica ao vírus

As populações do Japão e países da Ásia oriental têm maior proteção imunológica contra o novo coronavírus graças à exposição anterior a outros patógenos relacionados, sugere um novo estudo da Universidade de Tóquio.
Isso poderia explicar “a menor mortalidade no Japão e em outros países do sudeste da Ásia”, disse o professor e co-autor do estudo Tatsuhiko Kodama, do Centro de Estudos de Ciência Avançada e Tecnologia da Universidade de Tóquio, em videoconferência.
A análise de amostras de anticorpos de mais de 100 japoneses “indica que existe imunidade contra SARS-CoV-2 em muitos indivíduos não expostos ao patógeno devido à exposição prévia à proteína de outro coronavírus da mesma família” explicou Kodama.
Os resultados preliminares do estudo, que continua o seu trabalho de analisar dezenas de amostras de pacientes diariamente, “sugerem que a imunidade ao novo coronavírus já existe em muitos países da Ásia oriental”, disse o investigador.
Kodama acrescentou que a sua hipótese é apoiada por outro estudo publicado há uma semana por cientistas norte-americanos e conduzido entre moradores da cidade de San Diego que não haviam sido expostos à SARS-CoV-2, dos quais 50% tinham “memória de imunidade” contra o novo coronavírus.
Esta cidade, no estado da Califórnia, possui um alto número de residentes de origem asiática e extensas conexões com a Ásia-Pacífico e nessa região houve sucessivas epidemias de resfriado comum nos últimos anos, possivelmente causadas por estirpes relacionadas com SARS-CoV-2, explicou o investigador.
O motivo dessa imunidade subjacente seria o aumento da circulação na Ásia oriental de outras variedades de coronavírus, incluindo aqueles que causam surtos da síndrome respiratória aguda (SARS) em 2003 e a epidemia de síndrome respiratória do Médio Oriente (MERS) em 2012.
“Na Ásia oriental, temos uma longa história de doenças com sintomas semelhantes aos da gripe. Muitos desses vírus vieram originalmente da China e de outras partes do sudeste da Ásia e depois espalharam-se para o Médio Oriente e Europa”, disse o professor.
Assim, os autores do estudo acreditam que a exposição anterior aos vírus da família SARS-CoV-2 “faz uma grande diferença na resposta imune e na taxa de mortalidade” do novo patógeno entre os países da Ásia e o resto do mundo, disse Kodama, interpretando que “se trata de uma diferença imunológica, não genética”.

“Enorme diferença” nas taxas de mortalidade

Enquanto a China, a Coreia do Sul e o Japão registaram entre três e seis mortes por milhão de habitantes, em outros países como Espanha, Itália ou Reino Unido essa proporção sobe para mais de 500 por milhão de habitantes.
“É uma enorme diferença que não foi estudada extensivamente e precisamos entender porquê”, continuou, dizendo desconfiar dos dados sobre infeções por covid-19 oferecidas pelas autoridades japonesas devido ao número reduzido de testes PCR realizados.
Dados oficiais indicam que somente em Tóquio houve cerca de 5.000 infeções, um número que pode ser “até 16 vezes maior”, segundo estimativas da equipa liderada por Kodama e com base nos seus testes de anticorpos.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 320 mil mortos e infetou quase 4,9 milhões de pessoas em 196 países e territórios. Mais de 1,7 milhões de doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

https://zap.aeiou.pt/populacoes-asiaticas-maior-proteccao-imunologica-ao-virus-325566

Sementes de rúcula podem ser cultivadas em Marte

Cientistas descobriram que sementes de rúcula podem ser cultivadas em Marte. Esta descoberta pode tornar mais provável a hipótese de um dia colonizarmos o planeta Marte.
O sonho de um dia viver noutro planeta que não a Terra não é novo e move muitas investigações científicas. Agora, sabemos que estamos um pouco mais perto dessa realidade após uma equipa de investigadores ter descoberto que as sementes de rúcula podem ser cultivadas no Espaço.
Marte é o planeta mais habitável do sistema solar e tem sido considerado como um dos principais candidatos à colonização humana extensiva e permanente. Não apenas por estar mais próximo ao nosso planeta, mas também pelas condições da sua superfície, que se assemelham às da Terra.
Através do projeto ‘Rocket Science’, cientistas do Royal Holloway enviaram 2 quilogramas de sementes de rúcula para o Espaço. As sementes passaram seis meses na Estação Espacial Internacional antes de regressarem à Terra. Cá, 600 mil crianças do Reino Unido participaram na experiência de cultivar as sementes e monitorizar o seu crescimento comparativamente com sementes que nunca saíram do nosso planeta.
Desta forma, descobriram que as sementes apenas crescem um pouco mais devagar quando regressam à Terra. Esta descoberta abre portas para a possibilidade de um dia cultivar alimentos noutro planeta.
“O nosso estudo descobriu que uma jornada de seis meses para o Espaço reduziu o vigor das sementes de rúcula em comparação com as que permaneceram na Terra, indicando que os voos espaciais aceleraram o processo de envelhecimento”, disse Jake Chandler, autor do estudo publicado em abril na revista científica Life.
Assim, o cientista afiança que a perspetiva de comer salada caseira em Marte pode estar um pequeno passo mais perto.
“Quando os humanos viajarem para Marte, vão precisar de encontrar maneiras de se alimentar, e esta investigação ajuda-nos a entender algumas das biologias de armazenamento e germinação de sementes, que serão vitais para futuras missões espaciais“, explicou, por sua vez, o astronauta da ESA, Tim Peake.
Segundo o Tech Explorist, durante toda a experiência, os cientistas determinaram os mecanismos fisiológicos e moleculares subjacentes aos efeitos do voo espacial nas sementes secas. O vigor da germinação das sementes foi reduzido e a sensibilidade ao envelhecimento aumentou. No entanto, a viabilidade das sementes não foi comprometida.
A equipa de especialistas também recomenda proteção adicional para manter a qualidade das sementes durante os voos espaciais.

https://zap.aeiou.pt/sementes-rucula-cultivadas-marte-325149


Astrónomos descobrem estrela tão antiga quanto o Universo - É anémica e está a morrer

Uma equipa de astrónomos acredita ter encontrado uma das estrelas mais antigas do Universo. A SMSS J160540.18–144323.1 tem os níveis mais baixos de ferro já analisados na Via Láctea.
Um grupo de cientistas, da Universidade Nacional Australiana e do Centro de Excelência para Todos os Atrofísicos do Céu em 3 Dimensões, pensa ter encontrado uma das estrelas mais antigas do Universo.
A estrela, uma gigante vermelha batizada de SMSS J160540.18–144323.1, foi encontrada 35 mil anos-luz da Terra e tem os níveis de ferro mais baixos da nossa galáxia.
Esta estrela incrivelmente anémica, que provavelmente se formou poucos centenas de milhões de anos depois do Big Bang, tem níveis de ferro 1,5 milhões de vezes mais baixos que os do Sol. É como uma gota de água numa piscina olímpica”, explicou o astrónomo Thomas Nordlander, citado pelo ScienceAlert.
O Universo primitivo não possuía metais. Por esse motivo, as primeiras estrelas eram compostas basicamente por hidrogénio e hélio. Quantificar o nível de ferro ajuda, portanto, a determinar a idade destes astros.
É muito provável que a estrela recém-descoberta tenha sido uma das primeiras a surgir na segunda geração – os cientistas acreditam que o nosso Sol, por exemplo, seja da centésima.
Além disso, a SMSS J160540.18-144323.1 está a morrer. Por ser uma gigante vermelha, encontra-se já no final da sua vida útil, consumindo o hidrogénio que lhe resta para a fusão de hélio.

https://zap.aeiou.pt/estrela-tao-antiga-quanto-universo-325373

Com a quarentena, há queda de 17% na emissão de CO2 na atmosfera

Embora a pandemia do coronavírus tenha infectado quase 5 milhões de pessoas no mundo todo e matando um número muito significativo — o Brasil já soma quase 18 mil mortes — ao menos algumas notícias boas podem surgir de vez em quando. Com a maioria das pessoas em casa em quarentena e lockdown decretado em algumas regiões, o impacto positivo com a queda na poluição é algo a ser celebrado. 
E isso já pode ser visto em diversos lugares, como é o caso da cordilheira do Himalaia, na Ásia, que pôde ser visto novamente de uma região afastada, após quase 31 anos. Contudo, a pandemia tem atingido diversas regiões do mundo que são emissores frequentes do dióxido de carbono na atmosfera, contribuindo com o efeito estufa. Países como Estados Unidos, China e Rússia, além de muitos outros na Europa são apenas alguns dos citáveis que sofrem gradativamente com a infecção generalizada da covid-19.

(Fonte: Unsplash)
(Fonte: Unsplash)

Comparações analíticas

Um estudo publicado recentemente pela revista científica mensal Nature Climate Change, mostra a investigação de pesquisadores que analisaram políticas governamentais durante este período conturbado em que vivemos. Os especialistas exploraram a forma como essas políticas alteraram a demanda de energia no mundo todo, estabelecendo uma relação entre os dados obtidos recentemente e os que estavam disponíveis até o mês de abril. 
“As emissões atingiram seu pico de declínio em 7 de abril, com uma queda de 17% em relação ao mesmo período do ano passado", relatou o Dr. Pep Canadell, pesquisador da Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation (CSIRO), órgão nacional para pesquisa científica na Austrália por meio de um comunicado acerca dos resultados do estudo. "Para colocar esse número em contexto, as emissões diárias caíram em média entre janeiro e abril em 8,6% novamente em comparação com o mesmo período do ano passado”, completou.
A mudança nessas emissões de poluentes vem em maior parte da redução no transporte terrestre. Com menos gastos em energia para esse setor, as emissões foram significativas. Além disso, apesar de uma boa parte da população mundial estar confinada dentro de casa, a energia gasta pelas pessoas é compensada pelos ganhos de outros setores.
Os dados analisaram 69 países que são responsáveis por 97% das emissões de CO2 para constatar a redução global. Em média, as emissões diárias diminuíram 26% por país.
https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114572-com-a-quarentena-ha-queda-de-17-na-emissao-de-co2-na-atmosfera.htm

Abelhas azuis raras podem estar voltando da extinção !

Em uma época na qual vemos tantas espécies ameaçadas de extinção, uma boa notícia é sempre bem-vinda! Aparentemente, um tipo raro de abelha azul conseguiu fazer um retorno triunfal dos “mortos” após ser vista na Flórida, Estados Unidos, pela última vez em 2016.
Segundo os pesquisadores, acreditava-se que abelha calamintha azul (Osmia calaminthae) teria sido extinta logo após sua descoberta, mas novos avistamentos geraram esperanças de que talvez seja possível trazê-las de volta.
(Fonte: Chase Kimmel/Reprodução)
(Fonte: Chase Kimmel/Reprodução)
Essas abelhas azuis costumam ser solitárias, se nidificando sozinhas, e possuem uma dieta bem seletiva, alimentando-se apenas da Clinopodium ashei, uma espécie vegetal encontrada apenas na Flórida que também está ameaçada de extinção.
Quando a calamintha foi descoberta em 2011, esforços como petições foram feitos em uma tentativa de proteger seu habitat ameaçado no centro da Flórida, mas cinco anos, a espécie aparentemente tinha desaparecido.
Mas este ano, o pesquisador Chase Kimmel, do Museu de História Natural da Flórida, retornou a uma área anteriormente habitada pelas abelhas azuis, e não tinha muita esperança de encontrar qualquer evidência delas. “Eu estava aberto à possibilidade de não encontrarmos as abelhas. Quando a vimos no campo, foi realmente emocionante”, afirmou o pesquisador.
(Fonte: Chase Kimmel/Reprodução)
(Fonte: Chase Kimmel/Reprodução)
Devido a este retorno incrível, o museu irá conduzir um estudo de dois anos para compreender melhor a situação real da população destas abelhas e aprender mais sobre seu comportamento.
“Estamos tentando preencher muitas lacunas que não eram conhecidas anteriormente. Há muitas descobertas legais que ainda podem ocorrer”, explicou o pesquisador.
Kimmel e o pesquisador Jaret Daniels, estão tentando continuar o estudo o melhor que podem, mas sem violar as atuais restrições do isolamento social devido à pandemia do novo coronavírus. Infelizmente, esta espécie exibe uma curta temporada de voo entre março e maio, o que significa que a pesquisa não pode parar se eles quiserem ter alguma chance de encontrar abelhas vivas.
“É um voo com tempo muito limitado. Agora é o momento em que a maior parte dessa atividade deve ocorrer. Chase está fazendo um trabalho fantástico e estamos obtendo muitos dados excelentes, mas se não fosse a covid-19, teríamos mais pessoas em campo, então, definitivamente tivemos que reduzir o que somos capazes de fazer”, disse Daniels.

https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114568-abelhas-azuis-raras-podem-estar-voltando-da-extincao.htm

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