sábado, 30 de novembro de 2019

Físicos disseram que era impossível, mas descobriram uma nova forma estável de plutónio

Nanopartícula de dióxido de plutónio

Nada é impossível, e uma equipa de químicos acaba de o provar. Os cientistas criaram um novo composto de plutónio (Pu) com um estado de oxidação pentavalente inesperado – Pu (V).
Este novo composto – Pu (V) – é sólido e estável e pode representar uma fase transitória nos repositórios de resíduos radioativos. O artigo científico foi publicado em outubro na Angewandte Chemie.
Uma das propriedades mais fundamentais do comportamento químico do plutónio é a variedade dos seus estados de oxidação. Este estado é definido pelo número de eletrões que são removidos dos orbitais de valência de um átomo neutro.
Quatro estados de oxidação (de III a VI) podem coexistir sob condições ambientais, já  os estados (VII) e (VIII) são propostos como estáveis ​​sob condições oxidantes altamente alcalinas. O plutónio no estado de oxidação pentavalente, Pu (V), possui três eletrões na camada 5f, deixando os orbitais 6d vazios.
“Tudo começou quando estávamos a tentar criar nanopartículas de dióxido de plutónio usando diferentes precursores”, contou Kristina Kvashnina, física do Helmholtz Zentrum Dresden-Rossendorf, citada pelo Sci-News.
Quando os pesquisadores usaram o precursor Pu (VI) perceberam que uma reação estranha ocorreu durante a formação das nanopartículas de dióxido de plutónio. “Todas as vezes que criamos nanopartículas a partir de outros precursores, Pu (III), (IV) ou (V), a reação foi muito rápida, mas aqui notamos um fenómeno estranho”, explicou Kvashnina.
Depois de terem realizado uma experiência de deteção de fluorescência de alta energia e resolução, os cientistas concluíram que o fenómeno deveria ser o Pu (V), plutónio pentavalente, uma forma nunca observada do elemento. Experiências posteriores confirmaram as premissas iniciais e demonstraram a estabilidade a longo prazo dessa fase.
“A existência desta nova fase sólida de Pu (V), que é estável, terá que ser levada em consideração a partir de agora”, disse Kvashnina. “Esta descoberta mudará as previsões teóricas do comportamento do plutónio no ambiente ao longo de um período de um milhão de anos.”

Fonte: https://zap.aeiou.pt/fisicos-disseram-era-impossivel-descobriram-nova-forma-estavel-plutonio-293318

Antibiótico encontrado no intestino de um verme pode ser nova arma contra as superbactérias

A luta contra as superbactérias resistentes a antibióticos está a ficar cada vez mais difícil, mas os cientistas podem ter encontrado uma nova arma para combater uma das piores.
Segundo o Science Alert, trata-se de um novo antibiótico chamado darobactina, capaz de combater bactérias gram-negativas. Este composto foi descoberto nas bactérias Photorhabdus, depois de dois anos a procurar no intestino de minúsculos vermes parasitas conhecidos como nemátodes.
O que torna as bactérias gram-negativas particularmente difíceis é a membrana externa que essas células desenvolvem, que atua como uma barreira extra contra qualquer tipo de ataque. A darobactina é especial porque rompe essa barreira ao interferir com a proteína BamA, que controla o acesso à membrana externa.
Nos testes feitos em laboratório, o novo antibiótico foi capaz de curar cobaias de infeções provocadas pela Escherichia coli e pela Klebsiella pneumoniae, sem efeitos colaterais tóxicos.
Os investigadores viram no nemátode um possível hospedeiro para um antibiótico eficaz, devido à forma como estes vermes se alimentam de insetos, atacando larvas e libertando bactérias que precisam de combater patógenos semelhantes aos do intestino humano.
E, por isso, é que a darobactina é um candidato promissor para ser usado em humanos. Mesmo que os antibióticos de microbiomas animais não tenham sido ainda bem-sucedidos, o Photorhabdus evoluiu mais de 370 milhões de anos para afastar bactérias gram-negativas.
De acordo com o mesmo site, qualquer que seja a ajuda que consigamos obter da darobactina, precisamos dela o mais rápido possível uma vez que as bactérias gram-negativas estão no topo de uma lista de “patógenos prioritários” que representam atualmente a maior ameaça à vida humana.
Estima-se que cerca de 700 mil pessoas por ano morrem de infeções resistentes a medicamentos, e este número pode aumentar para muitos milhões nos próximos anos.
“Estamos a ficar sem antibióticos. Precisamos de procurar novos compostos sem resistência pré-existente”, afirma Kim Lewis microbiólogo molecular da Northeastern University, nos Estados Unidos, e um dos investigadores do estudo publicado na Nature.

Fonte: https://zap.aeiou.pt/antibiotico-verme-arma-superbacterias-293608

Inteligência Artificial desvenda em segundos o “problema dos três corpos” que desafia cientistas desde Newton

O “problema dos três corpos”, inicialmente formulado por Isaac Newton no século XVII e que desafia cientistas até aos dias que correm, foi resolvido por um programa de Inteligência Artificial (IA) numa questão de segundos.
O problema parece simples, mas revela-se bastante complexo, frisa o Live Science: passa por prever como é que três corpos celestes – como estrelas, planetas e luas – se orbitam.
As interações gravitacionais entre estes objetos resultam de um sistema caótico e complexo, sendo muito sensível às posições iniciais de cada corpo e, por isso, tornava-se complicado encontrar uma forma simples de o resolver.
Resolver este problema, escreve o Hype Science, requer uma quantidade impensável de cálculsos. Por isso, e para tentar resolver a questão, os cientistas recorrem a softwares que podem durar semanas ou até meses para revelar os resultados.
Mas agora, um novo estudo da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, tentou testar se uma rede neuronal – um tipo de IA que imita a forma como o cérebro humano opera – pode resolver o problema de forma mais rápida.
De acordo com a nova investigação, cujos resultados estão disponíveis em pré-visualização no arXiv, a rede neuronal é bem mais rápida: 100 milhões de vezes.
As redes neuronais devem ser treinadas, isto é, alimentadas com dados antes de começarem a fazer previsões. Por isso, para esta investigação, os cientistas começaram por gerar 9.900 cenários simplificados de três corpos recorrendo ao Brutus, o software mais utilizado para resolver este problema.
No Brutus, a análise de cada cenário levou cerca de 2 minutos.
Depois, partiram desde dados para alimentar a rede neuronal, testando 5.000 cenários ainda não previstos recorrendo à IA, descobrindo que a rede artificial pode resolvê-los numa questão de segundos e obtendo resultados semelhantes aos do Brutus.

Potencial da descoberta

Segundo Chris Foley, cientista da Universidade de Cambridge e um dos autores do estudo, esta eficácia pode ser “inestimávelpara astrónomos que estudam o comportamento de aglomerados de estrelas e a própria evolução do Universo.
“Esta rede neural, se fizer um bom trabalho, deve dar-nos soluções num prazo sem precedentes. Então, podemos começar a pensar em progredir com questões muito mais profundas, como a forma como as ondas gravitacionais se formam”, explicou.
Contudo, esta IA tem uma desvantagem óbvia: a rede neuronal é uma prova de conceito que aprendeu a partir de cenários simplificados. Treiná-la para outros cenários mais complexos exige que estes sejam inicialmente calculados com o Brutus – situação que pode ser demorada e cara.
Foley explicou ainda que o Brutus é lento porque resolve problemas recorrendo a “força bruta”, ou seja, realizando cálculos para cada etapa, por menor que esta seja, das trajetórias dos corpos celestes. A rede neural, por sua vez, analisa estes cálculos e deduz um padrão que pode ajudar a prever cenários futuros com eficácia.
“Existe uma separação entre a nossa capacidade de treinar uma rede neural com um desempenho fantástico e a nossa capacidade de derivar dados com os quais treiná-la (…) Então, há um gargalo” nesta situação, explicou Foley.
Segundo o cientista, a ideia não passa por substituir o Brutus pela IA, mas antes utilizá-los em conjunto. O software continuaria a fazer a maior parte do trabalho “braçal” e a rede neuronal assumiria o resto do trabalho quando os cálculos em causa ficassem complexos demais, “travando” o software.
“Criamos esse híbrido. Sempre que o Brutus fica preso, aplicamos a rede neuronal e avançamos. Depois, avaliamos de o Brutus continuou preso”, resumiu.

Fonte: https://zap.aeiou.pt/ia-desvenda-problema-tres-corpos-290280

Bill Gates financia projeto que pode vir a substituir combustíveis fósseis

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O co-fundador da Microsoft, Bill Gates, está a investir numa empresa que procura converter energia solar em calor acima dos 1.000 graus Celsius, visando alimentar a indústria pesada sem recorrer a combustíveis fósseis.
Bill Gates, que é também o homem mais rico do mundo, juntou-se aos investidores da Heliogen, uma empresa que está a tentar utilizar energia solar para desintegrar moléculas de hidrogénio da água e criar gás quente que aquece casas e abastece meios de transporte e fábricas, conta o diário britânico The Guardian.
A empresa, sediada na Califórnia, nos Estados Unidos, desenvolveu um software que assenta num enorme conjunto de espelhos para refletir a luz do sol em direção a um determinado alvo, criando assim uma fonte de calor quase três vezes mais intensa do que os sistemas solares criados anteriormente, detalha a Russia Today.
Através deste método, explicaram os investidores, é possível gerar temperaturas altas o suficiente para fazer cimento – a terceira maior fonte de emissões de dióxido de carbono – sem recorrer a combustíveis fósseis. Na prática, elucida o jornal Público, a empresa transforma luz solar numa espécie de combustível.
“Atualmente, processos industriais como os da produção de cimento, aço e outros materiais são responsáveis por mais de um quinto de todas as emissões” globais, disse Bill Gates, citado em comunicado.
“Estes materiais são omnipresentes na nossa vida, mas não temos nenhum progresso comprovado que nos ofereça versões acessíveis e sem carbono. Se queremos atingir zero emissões de carbono, temos que fazer muitas invenções”, defendeu.
Entre os investidores deste projeto, estão as empresas Neotribe e Nant Capital, que pertencem ao milionário Patrick Soon-Shiong.
Bill Gross, CEO e fundador da Heliogen, disse que a técnica da sua empresa representa um salto tecnológico na gestão das emissões de gases com efeito estufa causadas pelas indústrias pesadas e pelo transporte.
A Heliogen tem cientistas e engenheiros do Caltech, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts e outras instituições líderes nos campos da engenharia e da tecnologias.

Fonte: https://zap.aeiou.pt/bill-gates-financia-projeto-podem-substituir-combustiveis-fosseis-292788

NASA mostra novo conceito impressionante de módulo de pouso lunar !

NASA mostra novo conceito impressionante de módulo de pouso lunar
Enquanto a NASA se prepara para retornar à Lua em 2024, a agência espacial está trabalhando em novos projetos para um módulo de pouso lunar, incluindo um desenho futurista.

A NASA mostrou a ilustração conceitual de um módulo de aterrissagem que usará a ‘tecnologia de primeira linha’ para não apenas pousar no satélite natural da Terra, mas também coletar dados a partir dele. Um estudo recente mostrou que uma sonda de médio porte levaria um veículo espacial para as regiões polares da Lua, disse a NASA em um comunicado em seu site.

Logan Kennedy, engenheiro líder de sistemas do projeto, disse em uma liberação de imprensa:

Esta sonda foi projetada com simplicidade em mente para entregar um veículo espacial de 300 kg a um polo lunar. Usamos sistemas únicos, mecanismos mínimos e tecnologia existente para reduzir a complexidade, embora avanços no pouso de precisão tenham sido planejados para evitar perigos e beneficiar operações do jipe-sonda. Mantemos o veículo espacial vivo durante o trânsito e o pouso, para que ele possa fazer seu trabalho.

De acordo com um artigo técnico sobre a sonda, vários centros da NASA contribuíram para o esforço.

Kennedy adicionou:

À medida que os pousos lunares robóticos crescem para acomodar cargas úteis maiores, serão necessários módulos de pouso simples, mas de alto desempenho, com um volume de carga útil contíguo. Esse conceito foi desenvolvido por uma equipe diversificada de pessoas ao longo de muitos anos e atende a essa necessidade. Esperamos que outros projetistas de módulos de pouso possam se beneficiar do nosso trabalho.

O conceito lunar é o mais recente de uma linha de ideias de projetos, já que a NASA busca informações de parceiros públicos e privados à medida que avança em seu próximo programa Artemis Moon, o sucessor do programa Apolo.

No início deste mês, a Boeing mostrou sua ideia de pousar na Lua com tripulação, que, segundo ela, exigirá os “menores passos para chegar à Lua”. O projeto entregará o Elemento de Ascensão e o Elemento de Pouso à órbita lunar em um foguete, disse a Boeing.

Em julho, a NASA revelou detalhes de sua visão para o Módulo de Pouso Artemis que retornará os astronautas dos EUA à superfície lunar até 2024. Separadamente naquele mês, a agência espacial publicou um aviso no site Federal Business Opportunities de que estava buscando “propostas da indústria para o desenvolvimento de módulos de pousos lunares integrados com humans e a execução de demonstrações de voo com tripulação para a superfície lunar até 2024.”

O programa Artemis visa pousar astronautas estadunidenses na Lua até 2024 e estabelecer uma presença humana sustentável no satélite natural da Terra. O Artemis também fará história ao desembarcar a primeira mulher na Lua.

No início deste mês, a NASA escolheu a Starship da SpaceX, a Blue Moon da Blue Origin e três outras empresas de pousos lunares comerciais para licitar propostas para o programa Artemis.

Depois que os astronautas da Apolo 11, Neil Armstrong e Buzz Aldrin, pisaram na Lua em 20 de julho de 1969, apenas mais 10 homens, todos estadunidenses, caminharam na superfície lunar. O último astronauta da NASA a pisar na Lua foi o comandante da missão Apolo 17, Gene Cernan, em 14 de dezembro de 1972.

After Apollo 11 astronauts Neil Armstrong and Buzz Aldrin set foot on the Moon on July 20, 1969, only 10 more men, all Americans, walked on the lunar surface. The last NASA astronaut to set foot on the Moon was Apollo 17 Mission Commander Gene Cernan on Dec. 14, 1972.

Fonte: https://www.ovnihoje.com/2019/11/30/nasa-mostra-novo-conceito-impressionante-de-modulo-de-pouso-lunar/


sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Pentágono está a criar bactérias que detectam explosivos no subsolo

O Pentágono, em conjunto com a empresa de defesa Raytheon, está a desenvolver um sistema capaz de produzir bactérias geneticamente modificadas no subsolo, com o objetivo de detetar explosivos no subsolo.
Neste projeto, iniciado pela Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa (DARPA), serão criadas duas espécies bacterianas para monitorizar superfícies terrestres e encontrar materiais explosivos, disse a Raytheon num comunicado de imprensa conjunto com o Instituto Politécnico de Worcester, dos Estados Unidos (EUA), noticiou a Sputnik Brasil.
A primeira das duas espécies, conhecida como biossensor, “detetará a presença ou ausência de explosivos enterrados no subsolo”, enquanto a segunda produzirá uma “luz incandescente” caso esses materiais sejam encontrados.
Em caso de deteção de materiais explosivos, câmaras ou drones operados remotamente seriam enviados para inspecionar a área em busca dos germes incandescentes, o que os levaria aos objetos enterrados.
“Já sabemos que algumas bactérias podem ser programadas para serem muito boas na deteção de explosivos, mas é mais difícil no subsolo”, disse a pesquisadora da Raytheon, Allison Taggart. “Estamos a investigar como transportar a bactéria citada até a profundidade necessária no subsolo”, acrescentou.
Embora a iniciativa seja destinada a detetar dispositivos explosivos improvisados enterrados em zonas de guerra estrangeiras, Allison Taggart revelou que o “design modular” do sistema de entrega de bactérias e os seus componentes permitem outras aplicações, consoante seja “necessário”.

Fonte: https://zap.aeiou.pt/pentagono-criar-bacterias-detetam-explosivos-subsolo-291271

Portugal propõe constelação de satélites à ESA para observar oceanos

Portugal propõe constelação de satélites à ESA para observar oceanos
Portugal é um membro da Agência Espacial Europeia (ESA, European Space Agency) desde 14 de novembro de 2000. Muito se tem falado nos últimos dias sobre a ESA até porque a Agência conseguiu o maior financiamento de sempre. Ao todo serão 14 400 milhões de euros para os próximos cinco anos.
Portugal propôs à ESA uma nova constelação de satélites para observação de oceanos e o pedido foi aceite. Além disso, Portugal também vai contribuir com mais dinheiro.
Na futura constelação de satélites, Portugal vai liderar a parte que diz respeito ao Atlântico, e o projeto será feito em colaboração com outros parceiros, nomeadamente a Alemanha e os países nórdicos para o Mar Báltico, e a Itália, França e Grécia para o Mediterrâneo, revela o DN.
De referir que Portugal também aumentou a sua contribuição para a ESA, passando de 73 milhões de euros para cerca de 102 milhões. Sabe-se também que, do valor pago por Portugal:
  • 2 milhões são para tecnologia
  • 12,5 milhões para telecomunicações
  • 1,5 milhões para o satélite meteorológico do Ártico
  • 7,5 milhões para a terceira missão espacial “Cornerstone – ADRIOS”
Portugal propõe constelação de satélites à ESA para observar oceanos
Projetos da ESA para os próximos anos


Os 20 Estados-membros da organização à qual Portugal pertence estiveram reunidos em Espanha, mas concretamente em Sevilha no “Space 19+”. O encontro de Sevilha adotou a segurança espacial como um novo pilar básico das atividades da agência. Tal aposta criará projetos de remoção de resíduos perigosos em órbita da Terra. Serão também criados planos para a automação do controlo do tráfego espacial e o desenvolvimento de sistemas de alerta precoce e mitigação de danos causados por perigos vindos do Espaço, como asteróides e radiações provocadas por explosões solares, refere o Público.
Destaque também para a missão Hera, em parceria com a NASA. Esta missão tem como objetivo testar as capacidades de desvio de asteróides de rotas de colisão com a Terra com Didymos. Este um sistema de dois asteróides que vai passar mais perto (11 milhões de quilómetros) do nosso planeta em 2022.
As ambições para os próximos anos são muitas. Conjuntamente com a NASA, a ESA quer voltar a colocar astronautas na Lua já em 2024. O objetivo passa por recolher e trazer para a Terra amostras do solo marciano. A missão tem data prevista de lançamento em 2026.

Fonte: https://pplware.sapo.pt/ciencia/portugal-propoes-nova-constelacao-de-satelites/

Buraco Negro Supermassivo está a caminho da Terra a 110 km por segundo, e aniquilará a vida tal como a conhecemos !

Existe um enorme buraco negro com milhões de vezes mais massa do que o nosso sol está mergulhando em direção à Terra e um dia aniquilará a vida como a conhecemos. Esse buraco negro em particular está vindo em nossa direção a 110 quilômetros por segundo e fica no centro da Grande Galáxia de Andrômeda - o vizinho mais próximo e muito maior da Via Láctea.
No centro das galáxias mais conhecidas, existe um buraco negro supermassivo, que gira em torno das estrelas e ajuda a manter tudo em formação. Mas essa é a poderosa força gravitacional da Via Láctea e de Andrômeda que eles estão sendo atraídos um pelo outro e que um dia cairá.
Fraser Cain, editor do site espacial Universe Today, escreveu para o  Phys.org :
“Há um buraco negro no centro da Via Láctea. E não apenas qualquer buraco negro é um buraco negro supermassivo com mais de 4,1 milhões de vezes a massa do Sol. É logo ali, na direção da constelação de Sagitário. Localizado a apenas 26.000 anos-luz de distância. E enquanto falamos, está em processo de destruir estrelas inteiras e sistemas estelares, consumindo-os ocasionalmente, aumentando sua massa como um tubarão voraz. ”
Devido ao tamanho de Andrômeda, no entanto, só haverá um vencedor quando colidir com a Via Láctea. Mas, como Andrômeda está a 2,5 milhões de anos-luz de distância, levará mais de quatro bilhões de anos para chegar até nós, então estamos seguros por enquanto.
Cain disse:

“O pânico acontecerá quando a Via Láctea colidir com Andrômeda em cerca de 4 bilhões de anos. De repente, você terá duas nuvens inteiras de estrelas interagindo de todos os tipos, como uma família instável. Estrelas que teriam sido seguras passarão por outras estrelas e serão desviadas para a boca de qualquer um dos dois buracos negros supermassivos disponíveis. O buraco negro de Andrômeda pode ser 100 milhões de vezes a massa do Sol, por isso é um alvo maior para estrelas com um desejo de morte. ”

Fonte: http://ufosonline.blogspot.com/

Astrónomos identificam buraco negro tão enorme que nem deveria existir !

Astrônomos identificam buraco negro tão enorme que "nem deveria existir"
Estima-se que a Via Láctea contenha 100 milhões de buracos negros, mas o LB-1 é duas vezes maior do que qualquer coisa que os cientistas pensassem ser possível (Crédito da foto: Stock Image)

Astrônomos descobriram um buraco negro estelar na Via Láctea tão grande que desafia os modelos existentes de como as estrelas evoluem, disseram pesquisadores na quinta-feira (28).

Estima-se que a Via Láctea contenha 100 milhões de buracos negros, mas o LB-1 é duas vezes maior do que qualquer coisa que os cientistas pensavam ser possível, disse Liu Jifeng, professor do Observatório Astronômico Nacional da China que liderou a pesquisa.

Ele adicionou:

Buracos negros com essa massa nem deveriam existir em nossa galáxia, de acordo com a maioria dos modelos atuais de evolução estelar.

Os cientistas geralmente acreditam que existem dois tipos de buracos negros.

Os buracos negros estelares mais comuns – até 20 vezes mais massivos que o Sol – se formam quando o centro de uma estrela muito grande entra em colapso.

Mas os pesquisadores acreditam que estrelas típicas da Via Láctea liberam a maior parte de seu gás através de ventos estelares, impedindo o surgimento de um buraco negro do tamanho de um LB-1, disse Liu.

Ele informou:

Agora os teóricos terão que aceitar o desafio de explicar sua formação.

Os astrônomos ainda estão apenas começando a entender “a abundância de buracos negros e os mecanismos pelos quais eles se formam”, disse David Reitze, físico do Instituto de Tecnologia da Califórnia que não estava envolvido na descoberta.

Buracos negros estelares geralmente são formados após as explosões de supernovas, um fenômeno que ocorre quando estrelas extremamente grandes queimam no final de suas vidas.

Reitze disse:

A grande massa do LB-1 cai dentro de um intervalo ‘conhecido como ‘gap de instabilidade do par’, onde as supernovas não deveriam tê-lo produzido.

Isso significa que este é um novo tipo de buraco negro, formado por outro mecanismo físico!

O LB-1 foi descoberto por uma equipe internacional de cientistas usando o sofisticado telescópio LAMOST da China.

Imagens adicionais de dois dos maiores telescópios ópticos do mundo – o espanhol Gran Telescopio Canarias e o telescópio Keck I nos Estados Unidos – confirmaram o tamanho do LB-1, que o Observatório Nacional Astronômico da China disse “não é nada menos que fantástico”.

Fonte: https://www.ovnihoje.com/2019/11/28/astronomos-identificam-buraco-negro-tao-enorme-que-nem-deveria-existir/

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

O cometa interestelar está a vir em nossa direção e está a evaporar-se !

Uma equipa de astrónomos da Universidade de Yale capturou uma imagem do cometa interestelar 2I/Borisov no domingo, usando o Observatório WM Keck, localizado no Havai.

De acordo com um comunicado, Gregory Laughlin, professor de astronomia da Universidade de Yale, indicou que o 2I/Borisov está a evaporar-se, à medida que se aproxima do nosso planeta, deixando um rastro de gás e pó por onde passa.

O núcleo sólido do cometa interestelar deverá ter pouco mais de um quilómetro e meio de diâmetro. Segundo os investigadores, quando começou a reagir ao efeito de aquecimento do Sol, o cometa adquiriu uma aparência “fantasmagórica”.

Estima-se que o cometa alcance a sua posição mais próxima do Sol – a cerca de 305 milhões de quilómetros – em meados de dezembro e da Terra no fim deste mês, para depois se distanciar do nosso Sistema Solar.

A equipa de investigadores da Universidade Yale também criou uma ilustração para perceber como é que o nosso planeta seria visto ao lado do cometa. A sua cauda terá quase 160 mil quilómetros de largura, que é a longitude média do diâmetro da Terra. “É surpreendente dar conta do quão pequena é a Terra perto deste visitante de outro sistema”, afirmou o astrónomo Pieter van Dokkum.
O astrónomo amador Guennadi Borísov, residente na Crimeia, detetou o cometa em 30 de agosto usando um telescópio de 0,65 metros de diâmetro fabricado por ele próprio. Este cometa é o segundo objeto interestelar descoberto na história.

Estudos recentes revelaram que o Borisov vem de um sistema binário de estrelas anãs vermelhas localizado a 13,15 anos-luz de distância do Sol. O sistema, onde ainda não foram encontrados exoplanetas, é conhecido como Kruger 60 e localiza-se na constelação de Cepheus.

Os astrónomos estão a aproveitar a “visita de Borisov” para obter valiosas informações sobre a composição dos planetas em sistemas diferentes do nosso.

O primeiro objeto interestelar detetado, o Oumuamua ou “Mensageiro das Estrelas”, está rodeado de mistérios desde o dia em que foi descoberto por astrónomos da Universidade do Hawai, em outubro de 2017.

Depois de constatar mudanças na velocidade do seu movimento, o Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian sugeriu que o asteróide poderia ser uma “sonda” enviada à Terra intencionalmente por uma “civilização alienígena”.

No último ano, o mundo da astronomia debruçou-se no estudo do corpo celeste e as mais várias teorias já foram apresentadas em artigos científicos: desde o seu passado violento, passando pela possibilidade de ser um sistema binário, e até o provável local de onde veio o Oumuamua.

Investigadores também sugeriram que milhares de objetos semelhantes ao Oumuamua podem estar presos no Sistema Solar.

O Oumuamua parece ter vindo da direção da estrela brilhante Vega, mas, de acordo com o Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, os cientistas não acreditam que esse é o local de onde o objeto veio originalmente, sugerindo que provavelmente veio de um recém-formado sistema estelar.

Fonte: https://zap.aeiou.pt/novo-visitante-interestelar-esta-vir-nossa-direcao-293844

Pela primeira vez, astrónomos descobriram uma galáxia com três buracos negros supermassivos !

Quase todas as galáxias do Universo têm um buraco negro supermassivo no seu centro. Mas, agora, os astrónomos descobriram, pela primeira vez, uma galáxia com três buracos negros.

A galáxia NGC 6240 tem uma forma irregular por ser o produto final de uma fusão de galáxias. Supõe-se que duas galáxias colidiram há muito tempo devido à presença de dois buracos negros supermassivos. Mas, de acordo com o estudo publicado em outubro na revista especializada Astronomy & Astrophysics, novas observações revelaram que a galáxia tem três buracos negros, não dois.

Cada um dos três buracos negros supermassivos tem uma massa superior a 90 milhões de vezes a massa do Sol. Em comparação, Sagitário A*, o buraco negro supermassivo no centro da Via Láctea, é pouco mais de quatro milhões de vezes a massa do nosso Sol. Os três buracos negros estão localizados num volume inferior a três mil anos-luz de diâmetro.

“Até agora, esta concentração de três buracos negros supermassivos nunca tinha sido descoberta no Universo”, disse Peter Weilbacher, do Instituto Leibniz de Astrofísica de Potsdam (AIP), em comunicado. “O presente caso fornece evidências de um processo de fusão simultâneo de três galáxias, juntamente com os seus buracos negros centrais”.

As fusões da galáxia são eventos incomuns – mas cruciais – na evolução das galáxias. É o mecanismo para a formação das galáxias mais massivas do cosmos. Os astrónomos não têm certeza da forma como se formaram num tempo cósmico relativamente curto. A existência de muitas fusões múltiplas, como a NGC 6240, pode explicar essa formação.

“Se processos simultâneos de fusão de várias galáxias ocorrerem, as maiores galáxias, com os seus buracos negros supermassivos centrais, poderão evoluir muito mais rapidamente”, explicou Weilbacher. “As nossas observações fornecem a primeira indicação desse cenário”.

Ainda separados, por enquanto, os buracos negros supermassivos continuarão a mover-se em direção uns dos outros. Nos próximos milhões de anos, fundir-se-ão num só.

Fonte: https://zap.aeiou.pt/pela-primeira-vez-astronomos-descobriram-galaxia-tres-buracos-negros-supermassivos-293400

Planetas podem ser muito comuns na vizinhança hostil dos buracos negros

Afinal, as estrelas jovens podem não ser os únicos objetos com discos de poeiras capazes de formar planetas. Uma nova investigação, conduzida por cientista do Japão, sugere que alguns buracos negros também admitem estas estruturas.

“Com as condições certas, os planetas podem formar-se mesmo em ambientes hostis, como por exemplo em torno de um buraco negro”, explicou Keiichi Wada, professor da Universidade Kagoshima que investiga núcleos galácticos ativos, objetos luminosos energizados por buracos negros, citado pela agência Europa Press.

As teorias sobre a formação planetária sustentam que os mundos são formados a partir de agregados de poeira num disco protoplanetário que está em torno de uma estrela jovem. Contudo, estes corpos não são os únicos com discos de poeira.

Uma nova investigação, cujos resultados foram disponibilizados no portal arXiv, debruçou-se sobre grandes discos localizados em torno de buracos negros supermassivos em núcleos de galáxias e descobriu que estes enorme objetos podem ter mundos por perto.

“Os nosso cálculos mostram que dezenas de milhares de planetas com 10 vezes a massa da Terra poderiam formar-se a cerca de 10 anos-luz a partir de um buraco negro”, explicou Eiichiro Kokubo, professor do Observatório Astronómico Nacional do Japão que estuda a formação de planetas. “Em torno dos buracos negros, sistemas planetários de incrível escala poderiam existir”, aponta.

Alguns buracos negros supermassivos têm grandes quantidades de matéria à sua volta sob a forma de um disco pesado e denso. Este disco pode conter quantidades astronómicas de pó: cerca de 100.000 vezes a massa do nosso Sol. Noutras palavras, pode ter mil milhões de vezes a massa da poeira de um disco protoplanetário.

Atualmente, não existem técnicas para detetar estes potencial planetas que estarão na vizinhança dos buracos negros. Ainda assim, os cientistas esperam que a nova investigação, que carece ainda de revisão dos pares, abra um novo campo de Astronomia.

Fonte: https://zap.aeiou.pt/planetas-comuns-perto-hostis-buracos-negros-293411

Abanar a cabeça para tirar água dos ouvidos pode causar danos cerebrais !

Água presa nos ouvidos podem causar inflamações, mas, segundo um novo estudo, os métodos que as pessoas mais usam para se livrarem da água podem causar ainda mais complicações.

Adultos e crianças costumam abanar a cabeça depois de entrar em contacto com a água para evitar a “orelha do nadador” (Otite externa), uma infeção no canal auditivo externo que resulta do crescimento de bactérias no ambiente húmido, de acordo com a Clínica Mayo. A “orelha do nadador” é caracterizada por comichão no canal auditivo e desconforto que piora com o tempo e pode ser particularmente doloroso em crianças pequenas.

Uma equipa de investigadores da Universidade de Cornell e Virginia Tech demonstraram que abanar a cabeça para libertar água presa nos ouvidos pode causar danos cerebrais em crianças pequenas.

“A nossa investigação foca-se principalmente na aceleração necessária para tirar a água do canal auditivo”, disse Anuj Baskota, um dos autores do estudo, em comunicado divulgado pelo EurekAlert. “A aceleração crítica que obtivemos experimentalmente em tubos de vidro e canais auditivos impressos em 3D foi cerca de dez vezes a força da gravidade para tamanhos de ouvidos infantis, o que poderia causar danos ao cérebro“.

Para adultos, a aceleração foi menor devido ao maior diâmetro dos canais auditivos. Os investigadores disseram que o volume e a posição geral da água no canal alteram a aceleração necessária para removê-la.

“A partir das nossas experiências e modelo teórico, descobrimos que a tensão superficial do fluido é um dos fatores cruciais para promover que a água fique presa nos canais auditivos”, disse Baskota.

De acordo com os cientistas, há uma solução que não envolve nenhum movimento da cabeça. Algumas dessas opções são deitar-se de lado ou simplesmente mexer no lóbulo da orelha. Outras soluções envolvem líquidos, que podem alterar a tensão superficial dentro do ouvido.

“Presumivelmente, colocar algumas gotas de um líquido com tensão superficial mais baixa do que a água, como álcool ou vinagre, no ouvido reduziria a força de tensão superficial, permitindo que a água escorresse”, disse Baskota.

Estas descobertas são preliminares, baseadas em experiências que simularam a quantidade de força envolvida e sem pessoas reais. Portanto, não podem ser tomadas como prova clínica de danos cerebrais decorrentes desta atividade. As descobertas foram apresentadas no encontro anual da Divisão de Dinâmica de Fluidos da American Physical Society.

Fonte: https://zap.aeiou.pt/abanar-cabeca-tirar-agua-dos-ouvidos-pode-causar-danos-cerebrais-293336

Humanos colocados em animação suspensa… Para enganar a morte !

Imagem de execução de animação suspensa para driblar a morteÉ uma espécie de ressurreição de uma morte suspensa. Para casos onde a vida chega ao fim, como resultado de um trauma, esta técnica pode ser uma segunda oportunidade para viver. Nesse sentido, os médicos estão a já a colocar humanos em animação suspensa. Uma técnica nunca tentada e que tem o aval da entidade reguladora nos Estados Unidos.

Samuel Tisherman, da Faculdade de Medicina da Universidade de Maryland, referiu que a sua equipa já colocou um paciente em animação suspensa. A medicina dá um salto “um pouco surrealista”, mas poderá ser um novo e revolucionário impulso no tratamento médico.

Samuel Tisherman, da Faculdade de Medicina da Universidade de Maryland, referiu que a sua equipa já colocou um paciente em animação suspensa. A medicina dá um salto “um pouco surrealista”, mas poderá ser um novo e revolucionário impulso no tratamento médico.

Animação suspensa pode “ressuscitar os mortos”

 

A técnica, chamada oficialmente de preservação e ressuscitação de emergência (EPR), já está a ser testada. Assim, este estado de morte temporária é aplicado a pessoas com trauma agudo. Por exemplo, quando chegam ao hospital com ferimentos de bala ou outros danos graves que levaram a uma paragem cardíaca.
Cenário de aplicação: O coração parou de bater e a pessoa terá perdido mais de metade do seu sangue. Há apenas alguns minutos para operar, com menos de 5% de hipótese de sobrevivência.
A EPR envolve o arrefecimento rápido da pessoa para cerca de 10 a 15 °C. Posteriormente, todo o seu sangue é substituído por soro fisiológico gelado. Como resultado, a atividade cerebral do paciente para quase completamente. São então desligados do sistema de arrefecimento e o corpo – que de outra forma seria classificado como morto – é transferido para a sala de operações.
Uma equipa cirúrgica tem então 2 horas para reparar os ferimentos da pessoa antes de esta ser aquecida e o seu coração reiniciado.

Arrefecer o corpo até este quase parar de viver e enganar a morte

 

A uma temperatura corporal normal – cerca de 37 °C – as nossas células precisam de um fornecimento constante de oxigénio para produzir energia. Quando o nosso coração para de bater, o sangue já não transporta oxigénio até às células. Sem oxigénio, o nosso cérebro só pode sobreviver durante 5 minutos antes que ocorram danos irreversíveis. No entanto, baixar a temperatura do corpo e do cérebro abranda todas as reações químicas nas nossas células, que necessitam de menos oxigénio como consequência.
O ensaio foi aprovado pela Food and Drug Administration dos EUA. A FDA tornou-o isento da necessidade de consentimento do paciente, uma vez que as lesões dos participantes são altamente suscetíveis de terminarem na morte. A equipa teve discussões com a comunidade local e colocou anúncios em jornais a descrever o estudo. Além disso, a equipa encaminhou as pessoas para um site onde podem optar por não participar.

Um evento que mudou a vida e a visão do investigador

 

O interesse de Tisherman nesta investigação de trauma foi desperto por um incidente no início da sua carreira. Nessa altura um jovem foi esfaqueado no coração após uma discussão por causa de sapatos de bowling.
Era um jovem saudável poucos minutos antes, então de repente estava morto. Poderíamos tê-lo salvo se tivéssemos tido tempo suficiente.
Referiu o investigador.
Foi esse incidente que marcou Samuel Tisherman. Nesse sentido, o investigador começou a desenvolver técnicas pelas quais o arrefecimento poderia dar aos cirurgiões mais tempo para fazer o seu trabalho.
Estudos em animais mostraram que porcos com trauma agudo podiam ser arrefecidos durante 3 horas. Posteriormente, eram costurados e ressuscitados.
Sentimos que era hora de levar a técnica aos nossos pacientes. Agora estamos a fazer isso e aprendemos muito à medida que avançamos com o estudo. Assim que pudermos provar que funciona aqui, podemos expandir a utilidade desta técnica para ajudar os pacientes a sobreviverem, o que de outra forma não aconteceria.
Quero deixar claro que não estamos a tentar enviar pessoas para Saturno. Estamos a tentar ganhar mais tempo para salvar vidas.

Lesões ainda não calculadas numa animação suspensa

 

Na verdade, não está claro quanto tempo se pode prolongar o estado em que alguém está em animação suspensa. Quando as células de uma pessoa são aquecidas, podem experimentar lesões de reperfusão, nas quais uma série de reações químicas danificam a célula – e quanto mais tempo ficam sem oxigénio, mais danos ocorrem.
Pode ser possível dar às pessoas um cocktail de fármacos para ajudar a minimizar essas lesões e prolongar o tempo em que elas são suspensas, mas ainda não identificamos todas as causas das lesões por reperfusão.
Concluiu o investigador.

Tisherman descreveu o progresso da equipa na segunda-feira num simpósio na Academia de Ciências de Nova York. Referiu também que espera poder anunciar os resultados completos do ensaio até ao final de 2020.

Fonte: https://pplware.sapo.pt/ciencia/humanos-colocados-em-animacao-suspensa-pela-primeira-vez/

Interceptor - Máquina de limpeza oceânica que remove 50 mil kg de plástico por dia !

Imagem do Interceptor que remove a poluição dos rios para levar o plástico para reciclar
A temática da poluição dos rios e mares com plástico está cada vez mais acesa. Como se tem notado, o planeta está pejado de plástico e pouco se está a fazer contra essa poluição. Assim, com o olhar na esperança de fazer mais em prol da limpeza, nasceu o Interceptor. Esta é uma solução da The Ocean Cleanup para resíduos plásticos fluviais.
Segundo os responsáveis, esta é a primeira solução escalável para evitar que o plástico chegue aos oceanos do mundo a partir dos rios.
 

O oceano recebe dos rios toneladas de plástico todos os dias

 

Conforme foi apresentado e colocado em operação, este “barco” é alimentado 100% por energia solar. Além disso, tem um funcionamento autónomo e permite extrair o lixo plástico na maioria dos rios mais poluentes do mundo.
De facto este é um novo projeto da Ocean Cleanup na luta contra o lixo plástico. Este novo dispositivo flutuante é movido a energia solar e tem o nome de Interceptor.
Conforme podemos perceber, a sua ação tem como finalidade remover a poluição plástica dos rios antes deste chegar aos oceanos. Por outras palavras, esta é a primeira barreira de combate ao plástico nos oceanos!
Segundo o diretor-executivo Boyan Slat, o Interceptor será usado para limpar 1.000 dos rios mais poluidores de plástico do mundo. Estes rios são responsáveis por cerca de 80% da poluição plástica dos oceanos.
 

Poluição é retirada e vai para a reciclagem

 

O Interceptor pode extrair 50.000 kg de lixo por dia e pode recolher até 100.000 kg por dia em condições ótimas. Nesse sentido, o dispositivo foi concebido para ser amigo do ambiente.
Assim, as suas baterias de iões de lítio são carregadas por painéis solares. Desta forma, o dispositivo pode trabalhar silenciosamente, sem produzir gases, de dia e de noite.
O Ocean Cleanup Interceptor já está a operar em dois locais: Jacarta, na Indonésia, e Klang, na Malásia. No entanto, um terceiro sistema vai para Can Tho no Delta do Mekong, no Vietname, e um quarto é destinado à República Dominicana.
Temos de fechar a torneira, o que significa impedir que mais plástico chegue ao oceano.
Em suma, a empresa, na sua página, descreve com grande detalhe o dispositivo. Nesse sentido, podemos acompanhar o que poderá vir a ser “um grande projeto”, isto se o ser humano não cuidar de mudar os hábitos.
 
Fonte: https://pplware.sapo.pt/ciencia/interceptor-uma-maquina-de-limpeza-oceanica-que-remove-50-000-kg-de-plastico-por-dia/

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

NASA testa novo dispositivo na procura de vida alienígena debaixo do gelo antártico

Imagem Rover BRUIE da NASA para explorar EUROPA
Parece haver uma maior convicção na existência de vida extraterrestre. A NASA é das maiores entidades a procurar essa vida alienígena. Nesse sentido, a agência espacial norte-americana testa um novo equipamento debaixo do gelo antártico. Este veículo espacial é aquático e tem o objetivo de um dia ir explorar Enceladus, Europa e outros mundos aquáticos do Sistema Solar.
A NASA acredita que poderá encontrar muitas respostas debaixo do gelo no satélite natural de Júpiter.

BRUIE, o rover que irá estudar mares de outros mundos

 

O dispositivo espacial em testes chama-se BRUIE “Buoyant Rover for Under-Ice Exploration” ou, em tradução livre “rover flutuante para exploração sob gelo”. Apesar de ir trabalhar para dentro de água, este não é um veículo submarino de natação. É um veículo com rodas projetado para rolar de cabeça para baixo em camadas de gelo. BRUIE é flutuante, o que o mantém pressionado contra o teto de gelo.
Muitos cientistas pensam que a melhor hipótese de se encontrar vida alienígena no nosso sistema solar é procurar nos mundos aquosos como as luas Europa (de Júpiter) ou Encélado (de Saturno). No entanto, explorar estes mundos gelados e de ambiente desconhecido irá exigir um pouco mais de criatividade.
Não chega ter um veículo a percorrer as paisagens desérticas de Marte.

Preparar o rover aquático para mergulhar na Europa


Atualmente, o BRUIE está na Antártica, na Estação de investigação Casey da Austrália. Durante o próximo mês, o equipamento será submetido a testes de alta resistência. O intuito destes testes é preparar qualquer cenário que possa ser encontrado numa futura missão a um mundo oceânico gelado, provavelmente na lua Europa.
Os testes concentram-se nas áreas de confrontação, onde a camada de gelo encontra a água.
As áreas onde o gelo toca a água são importantes porque, em mundos como a Lua Europa, elas podem ter uma química muito dinâmica. Assim, poderão estar aqui concentradas as impurezas dissolvidas que são rejeitadas da frente de gelo.
Em mundos vivos como a Terra, também existem concentrações mais elevadas de formas de vida nesses tipos de confrontações. Nesse sentido, os cientistas também podem aprender muito com a topografia da parte inferior do gelo, incluindo como se forma o gelo. Além disso, é importante perceber que o gelo atua como uma armadilha para gases, seja de processos biológicos ou geológicos.
A comunidade científica pensa que os oceanos lunares no nosso Sistema Solar – Europa, Encélado e outros – provavelmente são o melhor lugar para procurar a vida. Nesse sentido, os robôs submersíveis terão que desempenhar um papel na exploração desses sítios.
As conchas de gelo que cobrem esses oceanos distantes servem como uma janela para os oceanos abaixo, e a química do gelo pode ajudar a alimentar a vida nesses oceanos. Aqui na Terra, o gelo que cobre os nossos oceanos polares tem um papel semelhante, e a nossa equipa é particularmente interessada no que está a acontecer onde a água encontra o gelo.
Referiu Kevin Hand, o principal cientista do JPL no projeto BRUIE.


Procurar vida extraterrestre por baixo do gelo

 

Tendo em conta os cenários de difícil investigação, o BRUIE irá usar a flutuabilidade para permanecer ancorado ao gelo. Além disso, o rover pode ser desligado com segurança, ligando-se apenas quando precisar de fazer uma medição. Então, este equipamento poderá passar meses a observar o ambiente de gelo.
Ainda que esta máquina seja muito tentacular, existem outros problemas a ultrapassar. Um dos obstáculos examinado será a grossura do gelo. Na Europa, o oceano está enterrado sob uma camada com 30 quilómetros de gelo. Os testes na Antártica vão envolver furar o gelo para inserir o BRUIE, além da análise da autonomia do dispositivo.

Um conceito preliminar para explorar o oceano sob o manto de gelo de Europa é um robô perfurar um túnel. Assim, além do BRUIE, a missão terá de levar um robô movido a energia nuclear. É o resultado de um estudo de conceito onde o objetivo é começar a pensar no desafio de explorar a Europa.
O calor da energia nuclear derreteria o gelo e o veículo deslocar-se-ia através do buraco. Uma vez concluído, algum outro tipo de veículo poderia ser despachado para explorar. Como podemos ver nas imagens de conceitos, os cenários de mergulho podem ser realistas.

NASA lançará a missão Clipper que irá até à Europa em 2023

 

O objetivo deste teste antártico é fazer com que o BRUIE sobreviva sob o gelo durante meses a fio. Desta forma, a equipa também desenvolverá ainda mais a capacidade do veículo de operar sem amarras e de explorar em maiores profundidades.
Pese o facto de não haver cronograma para uma missão na Europa que realmente explore o oceano, há a próxima missão Europa Clipper. De acordo com o programa, a NASA irá lançar o Clipper em meados da década de 2020.
Esta missão tem como objetivo estudar detalhadamente Europa. Além disso, com sorte ainda nos ajudará a entender se este satélite natural de Júpiter pode sustentar vida.

Este artigo foi publicado originalmente por Universe Today.

Fonte: https://pplware.sapo.pt/ciencia/nasa-testa-novo-dispositivo-na-procura-de-vida-alienigena-debaixo-do-gelo-antartico/

Astrónomos revelam imagens de cometa 14 vezes maior que a Terra no nosso Sistema Solar

Imagem do cometa interestelar 2I/Borisov.
Astrónomos da Universidade Yale, nos Estados Unidos, captaram uma impressionante imagem de primeiro plano do cometa interestelar 2I/Borisov. A foto foi tirada em 24 de novembro, utilizando um espectrómetro do Observatório WM Keck, localizado no Havai. Este gigante corpo celeste é 14 vezes maior que a Terra e vem de fora do nosso sistema solar.

Conforme estarão lembrados, este é o segundo objeto interestelar a entrar no nosso sistema solar depois do Oumuamua em 2017.

Fonte: https://pplware.sapo.pt/

Testemunhando a destruição de um asteroide

Testemunhando a destruição de um asteroide
Quando os asteroides se rompem, eles deixam um rastro revelador de detritos e poeira. Crédito: NASA / JPL-Caltech 


O cinturão de asteroides, que fica entre Marte e Júpiter, não é como o campo de detritos desordenados no filme ‘O Império Contra-Ataca‘. Ele pode conter milhões de objetos rochosos e metálicos, mas as distâncias que os separam são vastas e as colisões são raras.

É isso que faz do P/2016 G1 um objeto tão emocionante. Visto através do cinturão de asteroides no início de 2016, esse objeto tinha uma órbita estranha e uma camada de poeira que lembrava um cometa. Através de uma análise cuidadosa das imagens telescópicas, os cientistas identificaram vários chuveiros de detritos que disparavam de sua superfície, do tipo que só poderia ser produzido por um impacto.

O que eles encontraram não foi um cometa, mas as consequências imediatas do assassinato de um asteroide.

Por volta de 6 de março de 2016, um asteroide de pelo menos 400 metros de diâmetro ocupava-se de seus próprios negócios quando outra rocha espacial, pesando cerca de 1.000 quilos, atingiu o asteroide maior a cerca de 18.000 quilômetros por hora. Isso é cerca de cinco vezes mais rápido que uma bala disparada de um rifle sniper. O projétil foi destruído após o impacto; o alvo então se dividiu em etapas nos próximos meses antes de se tornar impossível de ser visto.

Sem essa colisão, esses dois pequenos objetos permaneceriam para sempre anônimos. Em vez disso, os cientistas obtiveram uma visão acidental da destrutibilidade dos asteroides, o que poderia ajudar a defender a Terra contra futuros riscos de asteroides. Afinal, “a melhor maneira de ver quão dura uma coisa é, basta quebrá-la”, disse Olivier Hainaut, astrônomo do Observatório Europeu do Sul e principal autor do estudo publicado no início deste ano em Astronomy & Astrophysics.

Os astrônomos descobriram o P/2016 G1 com o telescópio Pan-Starrs1, no Havaí, em abril de 2016. Retrocedendo através de imagens arquivadas, os astrônomos perceberam que ele havia sido visível no mês anterior pela primeira vez como uma coleção centralizada de aglomerados rochosos: os restos fraturados do asteroide cercados por uma fina nuvem de poeira, provavelmente os detritos imediatos foram descartados pelo impacto.

Nas semanas seguintes, um anel de detritos em expansão também pôde ser visto emergindo do objeto. Simulações em computador revelaram que este era o começo de um cone de entulho elevado, uma característica marcante de um evento de impacto.

Depois que a nuvem inicial de detritos foi criada, o processo de cratera perdeu energia e os fluxos subsequentes de detritos foram mais lentamente escavados na nova cicatriz do asteroide. Na Terra, esse anel de detritos pousaria em torno da cratera. Mas em um pequeno asteroide com pouca gravidade, esse anel de destroços simplesmente voou para o espaço, expandindo-se à medida que avançava.

Não há uma data clara em que o asteroide desapareceu.

O Dr. Hainaut disse:

Documentar o desaparecimento do P/2016 G1 foi como rastrear uma gota de leite em seu café. Os pedaços se espalham e desaparecem individualmente. De qualquer forma, em dezembro de 2018, o asteroide não podia mais ser visto.

Embora o asteroide possa ter desaparecido, os dados coletados podem ser úteis no futuro. Com tempo de aviso suficiente, um asteroide que se dirigisse para a Terra seria idealmente desviado ao colidir com uma espaçonave a velocidades notáveis. Mas um impacto excessivamente zeloso poderia quebrar um asteroide em fragmentos que ainda poderiam desastrosamente cair na Terra.

Saber que tipos de impactos causam desvios e interrupções é essencial para a proteção da Terra contra asteroides errantes. Isso torna o desaparecimento do P/2016 G1 uma fonte vital de informação, disse Megan Bruck Syal, pesquisadora de defesa planetária no Laboratório Nacional Lawrence Livermore, que não participou do estudo.

Esse evento espetacularmente documentado pode não ser tão raro por muito mais tempo. Pesquisas cada vez mais abrangentes de varredura do céu, incluindo o Grande Telescópio de Pesquisa Sinóptica no Chile, capturarão muitos desses impactos na câmera, dando aos pesquisadores de defesa planetária mais dados para estudarem em simulações de ponta.

Fonte: https://www.ovnihoje.com/2019/11/27/testemunhando-a-destruicao-de-um-asteroide/


terça-feira, 26 de novembro de 2019

Detectada uma “monstruosa” explosão de raios gama a 4500 milhões de anos-luz da Terra !

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Equipa internacional de cientistas captou uma explosão de raios gama um bilião de vezes mais energéticos do que a luz visível numa galáxia a 4500 milhões de anos-luz da Terra.

Enquanto está a ler as linhas deste texto, os seus olhos estão a ver sobretudo fotões com energia entre dois e três electrão-volts. No início do ano, uma equipa internacional de cientistas detectou uma explosão de raios gama a 4500 milhões de anos-luz que emitiu fotões com energias entre os 0,2 e um teraelectrão-volts (TeV). Isto significa que essa explosão lançou fotões com 1.000.000.000.000 electrão-volts, o que equivale a cerca de um bilião de vezes mais a energia dos fotões que vemos durante a leitura deste texto. Publicado esta quinta-feira na revista científica Nature, este trabalho revela assim a detecção de uma explosão de raios gama distante de nós com fotões altamente energéticos.

As explosões de raios gama (GRB, na sigla em inglês) analisadas nesta edição da Nature caracterizam-se por serem breves, extremamente poderosas e ocorridas a grandes distâncias cósmicas. A GRB mais próxima de nós fica a pouco mais de 100 milhões de anos-luz. Em poucos segundos, estas explosões libertam energia que é comparável àquela que é emitida pelo Sol durante toda a sua vida. Pensa-se que sejam o resultado do colapso de estrelas maciças no final da sua vida ou de fusões de sistemas binários de objectos compactos como estrelas de neutrões.

Estas explosões começam com uma rápida emissão muito brilhante que pode durar desde fracções de segundo até alguns minutos. A seguir à emissão inicial há um brilho remanescente, que é menos brilhante e mais extenso.

A 14 de Janeiro de 2019, dois satélites espaciais independentes detectaram uma explosão de raios gama, a GRB 190114C. Em poucos segundos, foi logo lançado um alerta electrónico para astrónomos de todo o mundo, nomeadamente para os da Colaboração MAGIC (Major Atmospheric Gamma Imaging Cherenkov Telescopes), que tem dois telescópios para detectar raios gama em La Palma, nas ilhas Canárias.

Com este alerta quase em tempo real, estes telescópios direccionaram-se rapidamente para a posição do céu desta explosão de raios gama. Assim, conseguiram observar a GRB 190114C apenas 50 segundos depois de ter começado.

Publicados em dois artigos científicos na Nature, os resultados dessas observações mostram então que essa GRB emitiu fotões de energia entre 0,2 e um TeV cerca de um minuto depois da explosão. Para perceber qual era o mecanismo por detrás desta emissão, a equipa analisou ainda dados de vários telescópios. Sugere-se agora que fotões de baixa energia interagiram com electrões de elevada energia e que houve uma “troca” de energia, o que fez com que os fotões aumentassem assim a sua energia. Este processo chama-se “efeito de Compton”.

Verificou-se ainda que esta GRB se localiza numa galáxia cuja luz levou 4500 milhões de anos até chegar à Terra. Como está a essa distância, os autores notam que a energia inicial dos fotões desta explosão pode ter sido “fortemente absorvida” pela luz de fundo extragaláctica (EBL, na sigla em inglês) até ter chegado à Terra. “Não é bem claro se a GRB 190114C consegue produzir fotões com energias mais elevadas do que um TeV”, sublinha Razmik Mirzoyan, investigador da colaboração MAGIC e um dos autores dos artigos. “Talvez possa produzir, mas não têm capacidade de chegar até nós, porque são absorvidas pela EBL.”

Num comentário aos artigos também na Nature, Bing Zhang (da Universidade do Nevada, nos EUA, e que não fez parte do trabalho) destaca que, até agora, as emissões vindas das GRB só tinham sido observadas em energias abaixo dos 100 gigaelectrão-volts (que equivale a 0,1 TeV). Eram as tais explosões a mais de 100 milhões de anos-luz de nós. Ora, na GRB 190114C detectaram-se fotões com entre 0,2 e um TeV e mais distantes com esta energia.

Mas estes não são os únicos “tipos” de explosões de raios gama. Por exemplo, na nossa galáxia – mais precisamente a cerca de 6500 anos-luz da Terra –, já se detectaram raios gama com 80 teraelectrão-volts na nebulosa de Caranguejo. Razmik Mirzoyan explica que os raios gama desta nebulosa surgiram da remanescente de uma supernova que explodiu em 1054. Como tal, o investigador destaca: “A GRB 190114C ocorreu numa galáxia mais longínqua – cerca de um milhão de vezes mais longe do que a nebulosa de Caranguejo. Por isso, imagine quão poderosa terá sido tendo em conta a sua distância: só nos primeiros 30 segundos, medimos um sinal 130 vezes mais forte do que o da nebulosa de Caranguejo.”

Razmik Mirzoyan realça ainda ao PÚBLICO que antes desta descoberta até “se tinha subestimado a energia total vinda das GRB”. “Agora, depois de termos aprendido diversos detalhes sobre as medições, podemos compreender melhor como é que estas monstruosas explosões funcionam.”

Ainda mais longe…

Mas há mais. Na tarde de 20 de Julho de 2018, já tinha existido um alerta para uma outra explosão de raios gama. Depois da detecção dos telescópios e da análise dos dados, outra equipa internacional de cientistas concluiu que era mesmo uma explosão de raios gama a 7000 milhões de anos-luz da Terra, a GRB 180720B. Esta descoberta é publicada num terceiro artigo científico sobre raios gama na Nature.

Edna Velasco – do Instituto Max Planck para a Física Nuclear (na Alemanha) e uma das autoras do artigo – indica ao PÚBLICO que esta explosão deve ter sido emitida durante a formação de um buraco negro que terá tido origem na morte de uma estrela maciça.

Um dos resultados mais surpreendentes deste trabalho aconteceu mesmo dez horas depois da emissão inicial: no brilho remanescente, verificou-se que os fotões tinham energias bastante elevadas, nomeadamente entre 100 e 440 gigaelectrão-volts. Tal como os fotões das explosões de raios gama de 2019, também estas ultrapassaram 100 gigaelectrão-volts (ou seja, mais de 0,1 TeV).

“Estamos a falar de energias comparáveis às que são atingidas no LHC [Grande Colisor de Hadrões, o maior acelerador de partículas do mundo]. Esta luz é 100 mil milhões de vezes mais energética do que a luz visível”, refere Edna Velasco. “Mostra-se também que as GRB são capazes de emitir luz energética que pode durar várias horas depois da explosão ter começado. Isto dá-nos uma ideia de como estas explosões podem ser energéticas e quão eficiente é o ambiente que as envolve.”

Para se descobrir mais segredos sobre os raios gama, Portugal e mais oito países juntaram-se numa colaboração internacional para construir um observatório de raios gama nos Andes que servirá para detectar raios gama de energia mais alta e procurar sinais de matéria escura no centro da Via Láctea. Por enquanto, sabe-se que o projecto da infra-estrutura será concluído em 2022 para que o consórcio avance com candidaturas a financiamento para a obra que durará cinco anos. Este será assim o primeiro laboratório de observação de raios gama no hemisfério Sul.

Fonte: https://www.publico.pt/2019/11/20/ciencia/noticia/detectada-monstruosa-explosao-raios-gama-4500-milhoes-anosluz-1894427

Sismo de magnitude 6,4 na Albânia !

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Pelo menos 16 pessoas morreram na Albânia depois de o país ter sido atingido na madrugada desta terça-feira por um sismo de magnitude 6,4 na escala de Richter, noticia a AFP, citando o Ministério da Defesa albanês. O abalo foi sentido às 4h (3h em Portugal) e fez com que vários edifícios colapsassem, deixando pessoas soterradas. Há registo de centenas de feridos. 
O epicentro do sismo está localizado a 30km da capital Tirana, a dez quilómetros de profundidade (considerado superficial), segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). A Albânia regista actividade sísmica com regularidade e este é o segundo sismo forte a atingir a região em menos de dois meses.
Dois porta-vozes do Governo disseram à Reuters que os maiores danos em edifícios foram registados em Durres. Na capital do país, a Reuters viu moradores a fugirem dos seus apartamentos, alguns deles com bebés nos braços. Há falhas eléctricas em alguns bairros de Tirana. 
O Presidente da Albânia, Ilir Meta, disse que a situação era dramática, sobretudo na região de Thumane. “Estão a ser feitos todos os esforços para tirar as pessoas dos escombros”, afirmou, pedindo ajuda internacional. A ministra da Saúde albanesa, Ogerta Manastirliu, disse que havia pelo menos 600 pessoas feridas a receberem tratamento médico em Durres, Tirana e Thumane, havendo mais a chegar aos hospitais.
O jornalista da televisão albanesa A2TV Blendi Salaj conta ao PÚBLICO que teve de fugir de sua casa durante a madrugada com os seus filhos, um de oito anos e outro de quatro meses. “Tivemos uma manhã terrível, os abalos fortes antes das 4h fizeram com que fugíssemos de casa” na capital albanesa, diz, por email. “As pessoas foram para a rua e muitos edifícios colapsaram perto do mar Adriático. A cidade portuária de Durres foi a mais afectada”, escreve. O jornalista diz ainda que pelo menos 41 pessoas foram socorridas dos escombros e que são muitas as pessoas que tentam salvar as outras dos destroços.
O facto de muitos edifícios serem antigos, e estruturalmente frágeis, em especial na cidade portuária de Durres, terá contribuído para a severidade dos estragos e para o grande número de vítimas, dizem especialistas em estruturas e sismos gregos, ouvidos pelo jornal Ekathimerini — a Grécia é um país vizinho, e preocupado com eventuais réplicas. “A falha geológica de Durres é um centro sísmico, cuja actividade é conhecida desde tempos antigos”, disse o geofísico Konstantinos Papazachos, da Universidade de Tessalónica, frisando que os danos são atribuíveis sobretudo à má qualidade da construção. Por outro lado, a “Grécia não corre qualquer perigo”, assegurou.​
Antes do abalo mais forte, houve uma série de sismos com menos magnitude e, nas últimas horas, houve mais de 100 réplicas. Segundo a BBC, o sismo foi sentido também em Itália e na cidade sérvia de Novi Sad, a mais de 600km de distância do epicentro. Na Bósnia, foi sentido um sismo de magnitude 5,4 na escala de Richter, com epicentro a cerca de 75km a sul da capital, Sarajevo, sem que se tenha notícia de danos ou ferimentos, diz a Reuters.
A 21 de Setembro, um sismo de magnitude 5,6 na escala de Richter abalou a Albânia, que é um dos mais pobres da Europa, causando estragos em cerca de 500 casas. Na altura, o Ministério da Defesa tinha dito que era o sismo mais forte a afectar a Albânia nos últimos 30 anos. 

Fonte: https://www.publico.pt/2019/11/26/mundo/noticia/sismo-magnitude-64-faz-seis-mortos-150-feridos-albania-1895095

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