Numa estratégia “kamikaze”, as bactérias cometem suicídio em
massa para protegerem a sua colónia, concluiu um recente estudo
realizado por uma equipa de cientistas da Universidade de Oxford, no
Reino Unido.
As bactérias são organismos muito agressivos que desenvolveram várias
formas de inibir e destruir os seus rivais. Agora, uma equipa de
cientistas da Universidade de Oxford, no Reino Unido, descobriu que,
numa estratégia “kamikaze”, as bactérias cometem suicídio em massa para protegerem a sua colónia.
De acordo com a investigação, milhões de bactérias envolvem-se
simultaneamente num suicídio em massa com um objetivo comum e, segundo
os cientistas, esta estratégia tem semelhanças com comportamentos
observados em alguns insetos, abelhas e formigas, animais que também
lançam ataques em massa contra invasores.
Elisa Granato, uma das cientistas que integrou este projeto, adiatou
que o grande número de bactérias que morrem nestes ataques “é muito surpreendente“.
As células envolvem-se neste tipo de comportamento suicida quando já
estão prestes a morrer pela toxina de um “concorrente”. “Este
comportamento representa o último ataque ofegante das células
moribundas, que lhes permite planear um contra-ataque formidável antes
que eles próprios pereçam.”
A análise deste fenómeno foi possível graças à microscopia de
fluorescência em lapso de tempo 3D, uma técnica que permitiu aos
cientistas encontrar uma forma de mudar a cor das células quando estão
envolvidas neste “ataque suicida”.
“Bactérias como a E. coli podem ser patógenos mortais e [ao mesmo tempo] organismos protetores que vivem dentro de nós”, disse Kevin Foster, da Universidade de Oxford, citado pelo Phys. “Estudar esta guerra bacteriana pode ajudar-nos a afastar patógenos e a promover as chamadas bactérias amigáveis.”
Os investigadores acreditam que, ao entender melhor esta estratégia
kamikaze das bactérias, seja possível projetar, em laboratório,
bactérias probióticas que possam ser usadas para promover a saúde e
tratar infecções.
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