quarta-feira, 17 de junho de 2020

A mais longa cauda de um cometa estendeu-se por mais de mil milhões de quilómetros

Uma equipa de cientistas detetou a cauda de cometa mais longa alguma vez observada, com um comprimento superior a mil milhões de quilómetros.
As descobertas da sonda Cassini, da NASA, revelaram um cometa com uma cauda que se estendia mais de sete vezes a distância entre a Terra e o Sol, um comprimento superior a mil milhões de quilómetros.
Para fazer esta descoberta, os astrónomos tiveram de analisar dados de há quase 20 anos. Em 2002, a sonda Cassini detetou um número crescente de protões enquanto viajava entre as órbitas de Júpiter e Saturno.
Os cientistas não encontraram uma justificação para este fenómeno, mas Geraint Jones, da University College London, suspeita que estes protões são provenientes da cauda ionizada do cometa 153P/Ikeya-Zhang.
Segundo o New Scientist, as interações entre o Sol e um cometa em órbita podem fazer com que o corpo solte dois tipos de cauda. A mais conhecida é a cauda de poeira, produzida à medida que a radiação solar derrete o núcleo do cometa, deixando um rasto de poeira e gás preso na chamada “bola de neve suja”.
Há ainda a causa de iões, formada quando a radiação ioniza o gás neutro no núcleo do cometa. Neste caso, os protões removidos do hidrogénio durante a ionização podem ter sido transportados pelo vento solar na direção de Cassini.
Apesar do impressionante comprimento da cauda do 153P/Ikeya-Zhang, é importante ressalvar que as sondas espaciais raramente se cruzam com as caudas dos cometas. O artigo científico está disponível para consulta no arXiv.

https://zap.aeiou.pt/longa-cauda-de-um-cometa-329475

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