Com as preocupações cada vez mais crescentes relacionadas com
o novo coronavírus, os desinfetantes para as mãos começam a faltar nas
prateleiras dos supermercados e farmácias. O desinfetante caseiro pode
ser uma solução, mas os especialistas alertam para a necessidade de ser
usada a “receita” certa.
O desinfetante para as mãos não é a primeira estratégia para prevenir
a infeção. A lavagem frequente com água e sabão, durante pelo menos 20
segundos, é o melhor método para reduzir os germes e a transmissão de
doenças, de acordo com os Centros de Controlo e Prevenção de Doenças
(CDC). Na falta de água e sabão, os desinfetantes podem ser a
alternativa.
O CDC recomenda que os desinfetantes contenham 60% a 95% de álcool
para eliminar os germes. Além disso, é de salientar que os
desinfetantes funcionam melhor em mãos limpas e podem ser menos eficazes
quando as mãos estão oleosas ou visivelmente sujas.
Os desinfetantes para as mãos caseiros podem reduzir a exposição aos micróbios, mas somente se tiverem a proporção correta de álcool para outros ingredientes.
“Sabemos que funciona – apenas verifique se tem a quantidade de álcool
suficiente”, alerta Stephen Morse, professor de epidemiologia na
Universidade Columbia, em Nova York.
À CBS News, o especialista explicou que a adição de um emoliente,
como gel de aloe vera ou glicerina, impedirá o desinfetante de secar a
pele. Além disso, os óleos essenciais darão à mistura um cheiro
agradável.
Segundo a Live Science,
com base na proporção recomendada pelo CDC, um desinfetante caseiro
feito com 161 mililitros de álcool isopropílico necessita de 79
mililitros de emoliente.
Por outras palavras, se a solução for composta por dois terços de álcool isopropílico
a 91% e um terço de emoliente, o teor de álcool da mistura será de
60,6% (91 vezes 2/3). Para um teor alcoólico mais alto, poderá fazer uma
solução com três quartos de álcool a 91% e um quarto de emoliente,
produzindo uma mistura com um teor de álcool de 68% (91 vezes 3/4).
Uma receita artesanal de desinfetante para as mãos da Organização Mundial da Saúde (OMS) descreve uma solução com muito mais teor alcoólico.
A mistura é feita com 833,3 mililitros de álcool etílico a 96% (à venda
nos supermercados e farmácias), 41,7 ml de água oxigenada e 14,5 ml de
glicerina (98%). Depois, é só encher um recipiente com água destilada ou
fervida e já arrefecida até completar um litro, descreve o Público.
Se for armazenado numa embalagem bem fechada e com segurança, o desinfetante caseiro para as mãos pode durar semanas.
Ainda assim, a lavagem das mãos é mais eficaz na prevenção de
doenças, uma vez que o sabão remove alguns micróbios que os produtos à
base de álcool não conseguem remover.
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