Os planetas se formam a partir da poeira e gás cósmicos presentes nos
discos protoplanetários que circundam as estrelas – material este que
vai se chocando e agregando gradativamente até ter gravidade suficiente
para que tudo se mantenha coeso e um novo mundo nasça. Pois, um grupo de
astrônomos conseguiu capturar imagens desse processo a centenas de
anos-luz distância da Terra, algo que jamais havia sido obtido com tanta
riqueza de detalhes antes.
Maternidade planetária
Os cientistas sabem como a formação de planetas acontece e os discos
protoplanetários – que, basicamente, funcionam como maternidades
planetárias – já foram observados em inúmeras ocasiões. No entanto, esta
é a primeira vez que o processo propriamente dito é observado e
fotografado com tantos detalhes. Veja abaixo:
Nascimento de novos mundos
Pode não parecer grande coisa, mas as observações anteriores de
discos protoplanetários resultaram em imagens com resoluções muito
inferiores a essa que você acabou de ver e, portanto, revelavam muito
menos informações aos cientistas. Para você ter ideia, apesar de a
maioria de nós não enxergar nada de mais a partir das fotos, os
astrônomos conseguem identificar padrões de formação planetária e
caracterizar as propriedades dos discos.
No caso das observações que compartilhamos com você, os astrônomos
empregaram uma técnica conhecida como interferometria por infravermelho –
e usaram o Observatório Europeu do Sul (ESO), situado no Deserto do
Atacama, no Chile, para capturar as imagens. O método é relativamente
novo para este tipo de observação e, como você viu, não gera uma foto
propriamente dita, mas permite a obtenção de uma imensa quantidade de
dados.
Depois, por meio do uso de modelos matemáticos e do processamento das
informações, os cientistas conseguiram eliminar a luz emitida pelas
estrelas que se encontram no centro dos discos e identificar detalhes
que outras técnicas de observação nem sempre permitem. Só a título de
comparação, os astrônomos disseram que, através desta técnica, é como se
eles conseguissem estudar um fio de cabelo que se encontra a 10
quilômetros de distância.
E você quer saber onde nas imagens é possível ver planetas
“nascendo”? Reparou que existem pontos mais e menos brilhantes nas
fotos? Segundo os astrônomos que conduziram as observações, eles indicam
possíveis instabilidades no disco protoplanetário que podem resultar em
vórtices que, por sua vez, podem gerar um maior acúmulo de gás e poeira
cósmica, propiciando a aglomeração e acreção de materiais que,
eventualmente, resultarão no surgimento de um novo planeta.
https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114359-astronomos-capturam-imagens-incriveis-de-maternidade-planetaria.htm
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