Caem na Terra, em média, 16 toneladas de rochas espaciais,
revelou uma nova investigação que analisou meteoritos encontrados na
Antártida.
O clima, a superfície branca e o movimento do fluxo de gelo fazem da
Antártida uma boa localização para preservar e detetar rochas oriundas
do Espaço, explicam os cientistas no novo estudo, cujos resultados foram
publicados na revista Geology.
“A grande maioria dos objetos que atinge a Terra é realmente pequena.
Estamos a falar de objetos que, quando atingem o solo, os seus
fragmentos somam mais de 50 gramas. Portanto, normalmente, têm entre 10 a 50 quilogramas no total.
Objetos maiores do que estes são realmente muito muito raros”, disse à
BBC Geoff Evatt, matemático da Universidade de Manchester, no Reino
Unido, e autor do estudo, citado pela BBC.
O estudo permitiu à equipa extrapolar os dados e aplicá-lo num
ambiente global para deduzirem onde é que a maioria dos meteoritos acaba
por cair.
Segundo os investigadores, este mapeamento pode ajudar a criar um
melhor plano de contingência para a eventualidade de uma rocha espacial
vier em direção à Terra.
“A nossa modelagem também nos permite reavaliar o risco para a Terra de maiores impactos de meteoritos: é 12% maior no Equador e 27% mais baixo nos pólos do que se o fluxo fosse globalmente uniforme”, aponta o estudo.
“O investimento na metodologia fornece uma ferramenta valiosa para
planear novas missões de recolha de meteoritos em regiões não visitadas
da Antártida”.
https://zap.aeiou.pt/caem-na-terra-16-toneladas-rocha-espacial-os-anos-322109
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