Uma nova investigação sugere que o ADN e o ARN podem ter coexistido antes do surgimento dos primeiros organismos vivos.
O ADN é encarado como uma estrutura presente nos organismos
biológicos, uma espécie de mapa que os corpos usam para crescer, viver e
reproduzir. No entanto, de acordo com um novo estudo britânico, esta
interpretação pode estar ligeiramente equivocada.
O artigo científico, publicado recentemente na Nature, aponta que os componentes brutos do ADN podem ter existido muito antes dos organismos vivos – e, eventualmente, ter-se transformado.
Nas várias experiências levadas a cabo pela equipa do Laboratório de
Biologia Molecular do Conselho de Investigação Médica de Cambridge, os
investigadores usaram cianeto de hidrogénio para simular o que acreditam
ser as condições iniciais da Terra, que foram responsáveis pela origem
da vida no planeta.
Segundo o Scientific American,
há muito tempo que se sabe que o ARN (ácido ribonucleico), ao contrário
do ADN, é anterior aos organismos vivos. Este ácido formou a base da
biosfera muito antes do ADN e de outras moléculas fundamentais para a
origem da vida.
No entanto, nesta investigação, os cientistas concluíram que, sob certas condições químicas, tanto o ARN como o ADN podem ter “coexistido em pares estritos ante de a vida ter surgido no nosso planeta”.
“As pessoas tendem a pensar no ARN como o pai do ADN. Este artigo sugere que são irmãos moleculares“, explicou o cientista John Sutherland.
Apesar destes resultados, há muitos cientistas que ainda não estão
convencidos com esta descoberta. “Há hipóteses melhores sobre o
surgimento da vida e das moléculas”, disse Frances Westall, diretora de
exobiologia do Centro Nacional Francês.
https://zap.aeiou.pt/adn-existido-muito-antes-vida-331831
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