O consumo frequente de alimentos industrializado
ultraprocessados favorece o envelhecimento biológico, sugere uma nova
investigação levada a cabo por cientistas da Universidade de Navarra, em
Espanha.
Em comunicado, citado pelo portal Eureka Alert,
a Associação Europeia para o Estudo da Obesidade revela os resultados
da investigação, que serão apresentado na Conferência Internacional
sobre Obesidade (ECOICO 2020), entre 1 e 4 de setembro.
De acordo com o estudo, uma dieta que inclua o consumo frequente destes produtos, que incluem refeições pré-preparas, bolachas e refrigerantes, faz com que as células humanas envelheçam mais rápido, potenciando o envelhecimento.
Para chegar a esta conclusão, os cientistas mediram um marcador de
envelhecimento biológicos – os telómeros – de 886 espanhóis com mais de
55 anos, tendo em conta o seu conta o seu consumo diário de alimentos
ultraprocessados.
Tal como explica a agência noticiosa AFP, os telómeros são estruturas protetoras que preservam a estabilidade e integridade do património genético e, portanto, do ADN necessário para o funcionamento de cada célula do corpo.
À medida que envelhecemos, estes componentes ficam mais curtos, uma
vez que cada vez que uma célula se divide, esta perde uma parte do
telómero.
Este processo repete-se, culminando no envelhecimento biológico das
células, que deixam, então, de se dividir e funcionar normalmente.
Partindo deste marcador, a equipa, liderada por Lucía Alonso-Pedrero, concluiu que as pessoas que consumiam mais de três porções diárias de alimentos processados
tinham quase o dobro do risco de ter telómero curtos, quando
comparadas com pessoas que consumem estes alimentos com menos
frequência.
Outra patologias associadas
Apesar de reconhecerem que são necessários mais estudos para
confirmar uma correlação direta entre uma dieta rica em alimentos
processados e o envelhecimento, os cientistas frisam que já existem
investigações que associam doenças graves, como a hipertensão, a
obesidade, depressão, dia bates ou cancro, a estes alimentos.
Os cientistas observaram ainda que os participantes que consumiam mais produtos ultraprocessados eram mais suscetíveis a ter histórico familiar de doenças cardiovasculares e outras patologia.
Os resultados da investigação foram esta semana publicados na revista científica especializada American Journal of Clinical Nutrition.
https://zap.aeiou.pt/consumo-alimentos-ultraprocessados-favorece-envelhecimento-344007
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