Os pequenos reatores nucleares nasceram com um objetivo definido: tentar impulsionar a popularização da energia nuclear.
Dividir uma instalação deste tipo em pequenas versões que, quando
conjugadas, possam ter a mesma capacidade de um grande reator nuclear é
uma grande vantagem, já que dispensa a necessidade de construir um
complexo gigante para o acomodar.
A empresa NuScale decidiu pôr este plano em prática e criou um
pequeno reator nuclear modular, que recebeu recentemente uma
certificação de projeto da Comissão Reguladora Nuclear dos Estados
Unidos, o que significa que este reator atende aos requisitos de
segurança necessários.
O reator não é assim tão pequeno: é um cilindro de aço com 23 metros de altura
e cinco metros de largura, capaz de produzir 50 megawatts de
eletricidade. Os planos da empresa passam por implementar 12 reatores
deste tipo numa central nuclear.
Segundo o Ars Technica, este projeto utiliza barras de urânio para aquecer água
num circuito interno pressurizado. A água transfere a sua alta
temperatura para um circuito de vapor externo através de uma serpentina
e, dentro da central, o produto resultante seria transportado para uma
turbina geradora que, depois de um processo de arrefecimento, retornava
aos reatores.
O novo reator conta ainda com um sistema de arrefecimento passivo, de forma a que nenhuma bomba ou peça móvel seja necessária para manter o reator a operar com segurança.
O design modular pequeno tem uma enorme vantagem – cada unidade retém
uma quantidade mais pequena de combustível radioativo e,
consequentemente, uma quantidade inferior de calor, que pode ser uma
mais-valia em situações problemáticas.
Depois da aprovação, a empresa quer agora implementar os primeiros reatores em “meados da década de 2020”.
https://zap.aeiou.pt/nuscale-historia-reator-nuclear-344212
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