Os anticorpos que o corpo humano produz para combater o novo
coronavírus duram pelo menos quatro meses depois do diagnóstico e não
desaparecem rapidamente, ao contrário do que apontavam alguns estudos
iniciais, segundo uma descoberta científica.
Um relato, divulgado na terça-feira, de testes a mais de 30 mil
pessoas na Islândia, é o trabalho mais extenso já feito sobre a resposta
do sistema imunitário ao novo coronavírus e constitui uma boa notícia
para os esforços de desenvolver uma vacina, informou esta quarta-feira a agência Lusa.
Se uma vacina puder estimular a produção de anticorpos duradouros,
como as infeções naturais fazem, vai dar esperança que “a imunidade para
este imprevisível e muito contagioso vírus possa não ser efémera”,
escreveram peritos independentes da Universidade de Harvard e dos
Institutos de Saúde dos Estados Unidos, em comentário publicado com o estudo na New England Journal of Medicine.
Um dos grandes mistérios da pandemia é saber se ter tido o coronavírus ajuda a proteger contra futuras infeções
e por quanto tempo. Alguns estudos, com uma dimensão mais reduzida,
sugerem que os anticorpos desaparecem rapidamente e que algumas pessoas,
com poucos ou nenhuns sintomas, podem não produzir muitos.
O novo estudo foi feito pela empresa deCODE Genetics, baseada em
Reiquiavique, uma subsidiária da biotecnológica norte-americana Amgen,
com uma forte presença hospitalar, universitária e nos agentes de saúde
na Islândia.
https://zap.aeiou.pt/anticorpos-duram-4-meses-diagnostico-estudo-344135
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