terça-feira, 31 de maio de 2022

Hubble descobre testemunha da morte explosiva de uma estrela que sobreviveu !


O Telescópio Hubble descobriu uma testemunha da morte explosiva de uma estrela: uma companheira escondida no brilho da supernova.

Os astrónomos estudam as supernovas através da deteção da assinatura dos vários elementos envolvidos na explosão.

Esses elementos estão em camadas, como uma cebola: o hidrogénio encontra-se na camada mais externa e, se não for detetado após a supernova, significa que o gás foi, de alguma forma, eliminado antes da explosão.

A causa da perda de hidrogénio é um mistério entre a comunidade científica. Os investigadores estavam precisamente a usar o Telescópio Hubble para procurar pistas e testar teorias para explicar supernovas sem hidrogénio.

As novas observações dão força à hipótese de que é uma estrela companheira invisível a responsável por “drenar” o gás da estrela parceira antes de ela explodir.

“Este era o momento pelo qual esperávamos, para finalmente ver provas de um sistema binário progenitor de uma supernova totalmente despojada [de hidrogénio],” disse o astrónomo Ori Fox, do Instituto de Ciências Telescópicas Espaciais em Baltimore, citado pelo Europa Press.

“O objetivo é mover esta área de estudo da teoria para o trabalho com dados e ver como estes sistemas são na realidade”, acrescentou o astrónomo.

O Hubble já tinha detetado, em observações anteriores da supernova SN 2013ge, dois picos na luz ultravioleta, em vez de apenas um. Fox diz que esse duplo brilho pode ser explicado pelo facto de o segundo pico representar o momento em que a onda de choque da supernova atinge a estrela companheira.

O mais surpreendente é que as últimas observações do Hubble indicam que a estrela companheira sobreviveu. O artigo científico foi publicado recentemente no The Astrophysical Journal Letters.

É a primeira vez que se descobre algo deste género numa supernova completamente sem envelope de gás externo antes de explodir.

A descoberta é essencial para se entender a natureza binária de estrelas massivas, assim como a fusão final das estrelas companheiras, que irá espalhar-se pelo Universo na forma de ondas gravitacionais.

https://zap.aeiou.pt/testemunha-da-morte-explosiva-estrela-477775

 

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