Fósseis dos primeiros anfíbios modernos conhecidos na
Antártida dão mais evidências de que esta tinha um clima quente e
temperado antes da sua separação do supercontinente Gonduana.
De acordo com a agência Europa Press,
a equipa de cientistas do Museu Sueco de História Natural descobriu
estes fósseis (um osso da anca e um crânio) durante as expedições na Seymour Island, na Península Antártica, entre 2011 e 2013.
Os espécimes têm aproximadamente 40 milhões de anos, sendo do período Eoceno, e pertencem à família de anfíbios Calyptocephalellidae.
Até ao momento, não tinham sido encontrados vestígios de anfíbios de
sangue frio ou répteis de famílias que ainda existem na Antártida.
Segundo a agência espanhola, evidências anteriores sugerem que as
camadas de gelo se formaram na Península Antártica antes da rutura do
supercontinente Gonduana nos continentes do atual hemisfério sul.
Esta descoberta sugere que as condições climáticas da Península
Antártica durante o final do Eoceno podem ter sido comparáveis ao atual clima húmido e temperado das florestas da América do Sul, onde se encontram as cinco espécies vivas da Calyptocephalellidae.
Os resultados do estudo, publicado na revista científica Scientific Reports,
indicam que estas florestas sul-americanas podem ser o análogo moderno
do clima antártico pouco antes da separação do supercontinente, e podem
agora abrigar espécies originalmente encontradas em toda a Península
Antártica.
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