Investigadores conseguiram decifrar como o SARS-CoV-2
interage e infeta as células humanas do rim e, a partir daí, começaram a
testar o potencial do fármaco.
Investigadores de um estudo internacional identificaram um fármaco, em fase clínica de testes, que bloqueia os efeitos da doença causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) na etapa inicial de infeção.
Os investigadores do Instituto de Bioengenharia da Catalunha, em
Espanha, do Instituto Karolinska, na Suécia, do Instituto de
Biotecnologia Molecular da Academia de Ciências da Áustria e do
Instituto de Ciências da Vida da Universidade de British Columbia, no
Canadá, identificaram o fármaco, que está em fase clínica de testes, utilizando rins minúsculos gerados a partir de células estaminais humanas, num laboratório de Barcelona, com recurso a técnicas de bioengenharia.
Os investigadores conseguiram decifrar como o SARS-CoV-2 interage e infeta as células humanas do rim e, a partir daí, começaram a testar o potencial do fármaco, segundo um artigo publicado hoje na revista científica Cell.
Estudos recentes demonstraram que, para infetar uma célula, os
coronavírus utilizam uma proteína, denominada S, que se une a um recetor
das células humanas denominado ACE2. Ora, tendo em conta que essa união
é a porta de entrada do vírus no organismo, evitá-la pode ser uma
possível terapêutica.
“Estas descobertas são prometedoras para um tratamento
capaz de deter a infeção num estádio inicial deste novo coronavírus“,
comentou Núria Montserrat, investigadora espanhola, em declarações à
agência espanhola Efe.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia de Covid-19, já infetou mais de um milhão de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 51 mil.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o
mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma
situação de pandemia.
Em Portugal, segundo o balanço feito pela Direção-Geral da Saúde,
registaram-se 209 mortes e 9.034 casos de infeções confirmadas. Dos
infetados, 1.042 estão internados, 240 dos quais em unidades de cuidados
intensivos, e há 68 doentes que já recuperaram.
Fonte: https://zap.aeiou.pt/farmaco-bloqueia-efeitos-covid-19-317251
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