O novo coronavírus
pode não ser mais tão novo assim. Pesquisadores identificaram mutações
do microrganismo em carregamentos ilegais de pangolins malaios com
destino à China. As amostras foram recolhidas de 18 espécimes no período
de agosto de 2017 a janeiro de 2018, e os estudos foram revelados nesta
semana na revista Nature.
Enquanto a contaminação por muitas versões não gera sintomas sérios, a
situação pandêmica atual causada pelo SARS-CoV-2 preocupa
especialistas, já que, além de ter origem apenas pressuposta, mostrou ao
mundo os perigos de tais variações.
(Fonte: AP Images)
Pangolins são pequenos mamíferos similares a tamanduás, conhecidos
por carregarem cepas do coronavírus. Ainda não está claro se esses
animais auxiliaram a transmissão a seres humanos, entretanto, após a
realização do sequenciamento genético, é possível que cientistas sejam capazes de desvendar a origem desses organismos.
Infelizmente, estabelecer essas conexões para evitar situações
futuras pode levar algum tempo. A princípio, foi levantada a hipótese de
que o novo coronavírus tenha vindo de uma espécie de morcego, mas não
houve confirmação científica do fato, principalmente porque esses
animais não vivem perto do mercado de Wuhan, na China.
Acontece que muitas outras espécies são encontradas por lá; entre elas o pangolim.
(Fonte: Carta Capital)
Hipóteses e prevenção
A descoberta do carregamento sugere a possibilidade de que os
pangolins tenham desempenhado o papel de intermediários na disseminação
do vírus entre morcegos e humanos. Mesmo que não tenham "participado" da
pandemia do SARS-CoV-2, não se pode descartar que as novas versões
encontradas do coronavírus possam ser transmitidas ao homem.
Por isso, algumas medidas preventivas são sugeridas. "Esses animais
devem ser removidos de mercados em que estejam disponíveis, para evitar
transmissão zoonótica", aconselham os pesquisadores.
https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113916-novos-coronavirus-sao-detectados-em-animais-contrabandeados.htm
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