Um relatório divulgado na Revista da Sociedade Brasileira de Medicina
Tropical sugere que medidas de isolamento social são uma forma eficaz
de combater a disseminação do coronavírus no
Brasil neste período considerado pela publicação como inicial. O
documento ressalta ainda que novos estudos indicam o potencial de
circulação do SARS-CoV-2, estimada até setembro deste ano.
Ainda de acordo com o relatório, pelas estimativas,
é importante que o isolamento seja reforçado neste momento para que o
sistema de saúde não seja sobrecarregado, proporcionando, assim, menos
impactos tanto econômicos quanto sociais. O artigo é assinado por vários
cientistas do país, inclusive pelo ministro da Saúde Luiz Henrique
Mandetta. Todos defendem a adoção da estratégia.
(Fonte: Pixabay)
“Vários modelos matemáticos mostraram que o vírus estará
potencialmente circulando até meados de setembro, com um pico importante
de casos em abril e maio”, escrevem os autores. “Assim, existem preocupações
quanto à disponibilidade de unidades de terapia intensiva (UTI) e
ventiladores mecânicos necessários para pacientes hospitalizados com
Covid-19, bem como a disponibilidade de testes diagnósticos
específicos.”
Achatando a curva
O documento traz mais apontamentos, como os relacionados à postura da Organização Mundial da Saúde no início do que viria a se tornar uma pandemia,
sugerindo que, se tivesse sido mais específica com relação aos perigos
da doença, possibilitaria ações internacionais em tempo hábil.
(Fonte: Pixabay)
“É importante notar, no entanto, que em 27 de janeiro a OMS admitiu
um erro significativo associado ao risco global do COVID-19, avaliação
que, até três dias antes, era considerada moderada", afirmam. O período
de três dias foi o tempo levado para aumento do alerta de risco e,
segundo os cientistas, poderia ter feito a diferença.
"O isolamento social é uma medida que deve ser sugerida no início
para achatar a curva epidemiológica com o mínimo possível impacto
econômico", finalizam. Até esta manhã, foram registrados 14.072
infectados em todos os estados brasileiros, acumulando 691 mortes.
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