A expectativa do Instituto Butantan, responsável pela vacina, é que se encerre o período de teste de imunização nos humanos a partir do fim de 2015
Oportunidade
Fonte: http://sites.uai.com.br/app/noticia/encontrobh/atualidades/2015/03/26/noticia_atualidades,152772/vacina-brasileira-contra-a-dengue-pode-estar-disponivel-no-ano-que-vem.shtml
A vacina que está sendo testada pelo Instituto Butantan é capaz de imunizar as pessoas contra quatro tipos de vírus da dengue
Pesquisadores do Instituto Butantan estão solicitando à Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (Anvisa) a autorização para antecipar a última
fase de testes clínicos – ou seja, a apliação em humanos – da vacina
contra a dengue, que vem sendo desenvolvida com apoio da Fundação de
Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Segundo os
coordenadores do estudo, seria possível abreviar em até dois anos o
processo de desenvolvimento do imunizante, caso a autorização seja
concedida. Se os testes forem positivos, a vacina poderia estar
disponível para a população já em 2016.
"Estamos tendo excelentes resultados com os ensaios clínicos de fase 2 e queremos apressar o processo para disponibilizar mais rapidamente a vacina para a população. A epidemia está tão grande que a eficácia do imunizante seria rápida e claramente demonstrada", diz Jorge Elias Kalil Filho, diretor do Instituto Butantan. Ele conta que já apresentou a ideia à vice-diretora geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Marie-Paule Kieny.
O diretor do Butantan lembrou ainda, que, diante da epidemia de ebola que atingiu a África em 2014, os ensaios clínicos de algumas vacinas candidatas foram acelerados graças a um mecanismo regulatório conhecido como "fast-track", que permite em casos de urgência epidemiológica acelerar as avaliações e, até mesmo, realizar duas fases de testes simultaneamente.
"Estamos tendo excelentes resultados com os ensaios clínicos de fase 2 e queremos apressar o processo para disponibilizar mais rapidamente a vacina para a população. A epidemia está tão grande que a eficácia do imunizante seria rápida e claramente demonstrada", diz Jorge Elias Kalil Filho, diretor do Instituto Butantan. Ele conta que já apresentou a ideia à vice-diretora geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Marie-Paule Kieny.
O diretor do Butantan lembrou ainda, que, diante da epidemia de ebola que atingiu a África em 2014, os ensaios clínicos de algumas vacinas candidatas foram acelerados graças a um mecanismo regulatório conhecido como "fast-track", que permite em casos de urgência epidemiológica acelerar as avaliações e, até mesmo, realizar duas fases de testes simultaneamente.
Pesquisadores do Instituto
Butantan querem antecipar a última fase de testes da vacina contra a
dengue, para que chegue à população em 2016
Até o
momento, a vacina contra a dengue já foi aplicada em cerca de 150
voluntários (outros 150 receberam placebo) e não houve registro de
reação adversa grave. Os ensaios para avaliar a resposta imunológica
ainda estão em andamento; porém, na avaliação de Kalil, há dados
suficientes para garantir que a vacina é segura o suficiente para
avançar até a terceira etapa de testes, inicialmente prevista para
começar no fim de 2015.
"Na etapa A da fase 2 aplicamos a vacina em 50 voluntários de 18 a 59 anos sem contato prévio com o vírus. Agora, na etapa B, prevista para terminar em 30 dias, estão sendo vacinados outros 150 indivíduos na mesma faixa etária, sendo que parte já havia contraído dengue anteriormente", explica Alexander Roberto Precioso, pesquisador do Butantan.
"Na etapa A da fase 2 aplicamos a vacina em 50 voluntários de 18 a 59 anos sem contato prévio com o vírus. Agora, na etapa B, prevista para terminar em 30 dias, estão sendo vacinados outros 150 indivíduos na mesma faixa etária, sendo que parte já havia contraído dengue anteriormente", explica Alexander Roberto Precioso, pesquisador do Butantan.
Oportunidade
Além
de aproveitar o excedente de 13 mil doses cuja validade é de um ano,
outra razão para antecipar a fase 3, na avaliação de Precioso, é
aproveitar o momento atual de alta circulação do vírus da dengue, o que
permitiria comprovar a eficácia da vacina mais rapidamente.
"É preciso que os voluntários vacinados sejam expostos ao vírus para termos certeza da capacidade protetora da vacina. Isso poderia levar mais tempo em um período de baixa ocorrência da doença. Frente à situação epidemiológica que o país está vivendo, em particular a região sudeste e o estado de São Paulo, o Butantan está elaborando um programa específico com o objetivo de acelerar os testes", diz o pesquisador.
"É preciso que os voluntários vacinados sejam expostos ao vírus para termos certeza da capacidade protetora da vacina. Isso poderia levar mais tempo em um período de baixa ocorrência da doença. Frente à situação epidemiológica que o país está vivendo, em particular a região sudeste e o estado de São Paulo, o Butantan está elaborando um programa específico com o objetivo de acelerar os testes", diz o pesquisador.
Fonte: http://sites.uai.com.br/app/noticia/encontrobh/atualidades/2015/03/26/noticia_atualidades,152772/vacina-brasileira-contra-a-dengue-pode-estar-disponivel-no-ano-que-vem.shtml
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