domingo, 1 de março de 2015

Natalidade das estrelas em queda

Natalidade das estrelas em quedaUm grupo de investigadores, liderados por um português, concluiu que estão a formar-se 30 vezes menos estrelas do que há 11 mil milhões de anos, mas a galáxia da Terra ainda dá um contributo positivo.

O astrofísico David Sobral coordena uma equipa de investigadores de várias nacionalidades, entre ingleses, um japonês, um italiano e um holandês, a trabalhar em diferentes locais do mundo, de Edimburgo a Quioto, dedicados a estudar o universo.

A partir da Universidade de Leiden, na Holanda, David Sobral lidera o projeto que está a utilizar três dos melhores telescópios do mundo, dois no Havai e um no Chile.

"Medimos a taxa de natalidade ao longo da história e verificamos que, no pico da atividade do universo, há cerca de 11 mil milhões de anos, existiam cerca de 30 toneladas por minuto de estrelas a formar-se num determinado volume, enquanto que, hoje, num volume comparável, apenas se está a formar uma tonelada de estrelas por minuto", disse hoje à agência Lusa o cientista.

O investigador salientou a diminuição gradual do que chama o Produto Interno Bruto (PIB) cósmico, numa analogia à criação de riqueza económica, ou seja, a quantidade de novas estrelas que se está a formar.

Aliás, são as estrelas que dão o seu contributo para a criação de riqueza, de que são exemplo os metais preciosos. "Estamos numa época em que se formam poucas estrelas, e vão formar-se cada vez menos à medida que os anos passam. Mesmo que esperássemos um tempo infinito, o universo nunca vai formar mais do que 5% das estrelas que existem hoje", explicou. 

Fonte: http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=2873740

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