Posto de combustível de hidrogênio é visto em Berlim, em foto de 31 de março (Foto: AFP Photo/Clemens Bilan)
Enzimas permitem produzir hidrogênio a partir de glicose e xilose.
Técnica poderia acelerar produção de veículos a hidrogênio.
Cientistas norte-americanos conseguiram produzir hidrogênio a partir de
biomassa em um procedimento experimental que poderia reduzir
significativamente o tempo e os custos de produção do combustível -
muito promissor para os chamados "carros verdes".
A descoberta, publicada na revista norte-americana da Academia de
Ciências (PNAS), poderia ajudar a acelerar a produção em larga escala de
veículos a hidrogênio mais econômicos e que não emitem gases de efeito
estufa.
Atualmente, um dos maiores obstáculos para a produção em grande escala
de hidrogênio é seu alto custo, já que é produzido a partir do gás
natural.
Mas a distribuição do hidrogênio para usuários equipados com veículos movidos a células de combustível é outro desafio.
Espigas de milho e folhas
Ao contrário de outros métodos de produção de hidrogênio, os pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Virgínia (Virginia Tech) criaram um processo biológico que utiliza enzimas que permitem produzir hidrogênio rapidamente e com altos rendimentos a partir de glicose e xilose, açúcares abundantes em resíduos de espigas de milho e folhas.
"Nós mostramos o passo mais importante para uma economia baseada no
hidrogênio, ou seja, produzindo um hidrogênio acessível e limpo que vem
de biomassa local", explicou Percival Zhang, professor de engenharia de
sistemas biológicos em Virginia Tech.
Os pesquisadores disseram que já receberam um financiamento importante
para a próxima etapa do projeto, que consiste em demonstrar a capacidade
de produzir hidrogênio a partir de biomassa em escala industrial.
"Embora seja difícil prever o custo de produção em larga escala, esta
nova técnica representa uma abordagem revolucionária que oferece muitas
vantagens", afirmou Lonnie Ingram, diretor do centro para combustíveis
renováveis da Universidade da Flórida, que não participou da pesquisa.
O projeto foi financiado em parte pela empresa petrolífera Shell no
marco do programa GameChanger (ponto de inflexão) e da Fundação Nacional
de Ciência dos Estados Unidos.
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