Cientistas chilenos estudam "superbactérias" extraídas da Antártica 
que, por sua resistência a condições extremas, seriam chave para 
derrubar a crescente resistência aos antibióticos, segundo pesquisa 
apresentada nesta quarta-feira (20) em Santiago.
 Após analisar 80 amostras de solo antártico, extraídas em duas viagens,
 em 2014 e 2015, foram identificadas mais de 200 bactérias de espécies 
como Pseudomonas e Staphylococcus, que têm "um amplo potencial de 
aplicação em medicina", explicou Maria Soledad Pavlov, doutorando em 
biotecnologia da Universidade Católica de Valparaíso e integrante da 
equipe de pesquisas.
 Os organismos microbianos que "geram estratégias para competir e 
sobreviver" ao clima extremo do continente branco seriam a chave para a 
criação de "antibióticos que tenham capacidades antimicrobianas 
diferentes das atuais", o que permitiria quebrar a atual resistência de 
algumas bactérias.
 "Estamos tentando gerar um produto biotecnológico interessante a partir
 destas bactérias antárticas, que possam suprir esta falta severa de 
antibióticos", disse Pavlov.
 Resistência a medicamentos
Segundo o estudo, o uso excessivo de antibióticos provocou o aparecimento de bactérias resistentes, muito difíceis de controlar com os atuais medicamentos ou antibióticos convencionais.
 A pesquisa chilena, desenvolvida com o apoio do Instituto Antártico 
Chileno (INACH), coletou amostras no arquipélago das Shetland do Sul e 
em setores continentais da Antártica, próximos às bases chilenas.
 Na etapa inicial da pesquisa, Pavlov advertiu que seriam necessários 10
 a 15 anos mais de estudos para poder usar o composto antimicrobiano 
gerado em medicina humana, enquanto que, para utilizá-lo em agricultura,
 o tempo diminui e seriam suficientes mais cinco anos de laboratório.
 

 

O estudo é para desenvolvimento de antibióticos ?????????
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